Evidências científicas mostram que o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2

Evidências científicas mostram que o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 – Foto: Steve Buissinne/Pixabay

O já robusto conjunto de evidências científicas que mostram o poder nocivo dos ultraprocessados na saúde humana é reforçado por mais um estudo. Publicado recentemente na revista Clinical Nutrition, da Elsevier, o estudo Ultra-processed food consumption and type 2 diabetes incidence: A prospective cohort study é assinado por Renata Levy, pesquisadora do Nupens, ao lado de seis colegas (três deles também integrantes do Núcleo).

Na pesquisa, Levy trabalhou com dados do UK Biobank — o banco de dados sobre saúde com informações de milhares de cidadãos britânicos — coletados entre 2007 e 2019. Ao todo, foram analisados dados de mais de 20 mil participantes, com idade entre 40 e 69 anos e que não tinham diabetes quando foram recrutados para o estudo.

A ideia era entender se o consumo de alimentos ultraprocessados tem relação com o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Por isso, além dos dados de saúde, também foram analisadas informações sobre a alimentação dos participantes, sempre com base na classificação NOVA, que separa os alimentos por nível de processamento.

Os resultados indicaram a associação entre um maior consumo de ultraprocessados e um maior risco de desenvolvimento da doença, indo ao encontro de pesquisas anteriores.

Separados em quatro grupos de acordo com a ingestão deste tipo de alimento, os participantes que consumiram mais ultraprocessados tiveram um risco 44% maior de desenvolver diabetes do tipo 2 em comparação ao grupo que menos consumiu estes produtos.

Além disso, a cientista observou que, para cada incremento de 10% de ultraprocessados na dieta, o risco de desenvolver diabetes do tipo 2 aumenta em 12%.

Veja a íntegra da pesquisa (em inglês).