Artes: Caroline Heleno, coordenadora do Centro de Referência em Alimentação e Nutrição (CRNutri) do CSE Geraldo de Paula Souza da FSP-USP
A campanha Novembro Azul, realizada por diversas entidades no mês de novembro, busca conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças masculinas, com ênfase para o câncer de próstata. Nesse período, outras doenças masculinas também são lembradas, o que inclui a prevenção e o tratamento das ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
Nesta semana, abordaremos a sífilis, num texto preparado por profissionais do Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública da USP. Saiba mais sobre essa doença e acompanhe os próximos posts sobre a campanha.
VOCÊ SABE O QUE É A SÍFILIS?
A sífilis é uma doença causada pelo Treponema pallidum. Quando não tratada pode evoluir para formas graves podendo acometer diversos órgãos e sistemas.
Transmissão: Contato sexual ou para o feto durante a gestação.
Sintomas: A maioria das pessoas não tem sintomas e podem, sem saber, transmitir a infecção a seus parceiros. Na gestação pode apresentar consequências graves como abortamento, parto prematuro, manifestações congênitas e/ou morte do recém-nascido. A sífilis é dividida em estágios:
Primária (“cancro duro”): Ferida única e indolor que ocorre no local de entrada da bactéria (genital, colo uterino, anus, boca ou outros).
Secundária: Manchas vermelhas no corpo. Pode haver lesões semelhantes a verrugas, queda de cabelo/sobrancelha.
Latente: período em que não se observa nenhum sintoma. O diagnóstico é feito pelos exames de sangue.
Terciária: pode surgir entre 1 e 40 anos depois do início da infecção. É comum o acometimento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular. Além disso, pode haver formação de gomas (tumorações) na pele ou qualquer tecido. As lesões podem causar desfiguração, incapacidade e até morte.
O envolvimento do sistema nervoso central pode ocorrer durante qualquer estágio da sífilis com alterações oculares, auditivas, neurológicas e psiquiátricas.
O tratamento é realizado com antibiótico prescrito pelo médico.
Como prevenir? Utilização de preservativo (camisinha) em todas as relações sexuais.
Se você apresenta qualquer um desses sintomas ou teve uma relação sexual desprotegida, é fundamental procurar seu médico para o diagnóstico e o tratamento!
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.