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Histórico


 

Em 19 de dezembro de 1912 foi assinada a lei que estabelecia a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. Pela aproximação da escola de Medicina e Cirurgia de São Paulo com a Fundação Rockefeller, foi sugerida a criação da cadeira de higiene.

No dia 9 de fevereiro de 1918, foi assinado o acordo para criação de um Instituto de Higiene, anexo a Faculdade de Medicina e Cirurgia.
Samuel Taylor Darling, que era técnico consagrado em campanhas sanitárias, foi o primeiro regente da cadeira de higiene, desde a sua fundação até 1921.

Em sequência, a regência da cadeira de Higiene e a direção do instituto, foram destinadas à Wilson George Smillie. Nesse mesmo período, seguiram para os Estados Unidos, com bolsas fornecidas pela Fundação Rockefeller, Geraldo Horácio de Paula Souza e Francisco Borges Vieira, com o intuito de frequentarem recente criado curso da Escola de Higiene da Universidade de Johns Hopkins, em Baltimore.
Em 1922, Smillie regressou aos Estados Unidos e o Instituto de Higiene passou a ser dirigido por Paula Souza, professor catedrático da Cadeira de Higiene da Faculdade de Saúde Pública.
No dia 26 de dezembro de 1924, o Laboratório da Cadeira de Higiene da Faculdade de Medicina foi oficializado, o que tornou o Instituto de Higiene uma instituição distinta da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo.
Pelo Decreto 4955 de 1° de abril de 1931, assinado por Lins de Barros, propôs-se a transformação do Instituto de Higiene em Escola de Higiene e Saúde Pública do Estado, subordinado à Secretaria de Educação e Saúde Pública.

A partir do decreto 6283 de 25 de janeiro de 1934 a Universidade de São Paulo foi criada e o Instituto de Higiene pleitou fazer parte da mesma com vistas à ampliação do ensino e da ação da Universidade.

Em 1938, pelo Decreto 9279 a Escola de Higiene e Saúde Pública foi incorporada à Universidade de São Paulo e subordinada, novamente, à cadeira de Higiene da Faculdade de Medicina.

Em 1939, a partir da solicitação de Paula Souza foi criado o Centro de Estudos sobre Alimentação, anexo ao Instituto de Higiene. A partir desse fato, no dia 24 de Outubro de 1939, pelo Decreto 10.617, foi criado o curso destinado à formação de nutricionistas, instituído no Centro de Estudos sobre Alimentação.

A partir do Decreto 10.617, foram estabelecidas normas disciplinares referentes ao Curso e Nutricionistas. Este tinha duração de 1 ano letivo em período integral e contava com aulas teóricas e práticas. Para admissão no curso os candidatos tinham que fazer exame vestibular. Podiam prestar esse exame: Educadores sanitários, diplomados em Farmácia e pelo Instituto Profissional Feminino (mestras de Educação Doméstica e Auxiliares de Alimentação). O curso também exigia estágios em locais e serviços onde atuavam nutricionistas.

O Curso de Nutricionistas capacitava os formados a exercer cargos de nutricionistas em hospitais, escolas, parques infantis, fábricas, restaurantes, entre outros e a reger cadeiras de nutrição em escolas elementares públicas ou particulares.

Em 10 de julho de 1945, mediante o Decreto-Lei 14857, a Escola passou a denominar-se Faculdade de Higiene e Saúde Pública (FHSP), integrando-se aos demais estabelecimentos de nível superior com caráter universitário autônomo.

No dia 6 de setembro de 1946, foi aprovado o emblema de autoria de Paulo Lopes Leão, que destaca a deusa Higea e que passou a marcar os documentos da nossa faculdade.

No dia 31 de agosto de 1949, foi fundada, no Distrito Federal, na cidade do Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN).

Em 1964, o MEC fixou o primeiro currículo mínimo e determinou a duração de três anos para todos os Cursos de Nutricionistas do país.

Em 1965, o curso de Nutricionistas da FHSP foi interrompido para adaptação às normas vigentes. Dessa forma, foram determinadas algumas medidas para o regime didático e escolar, dentre elas a duração mínima de três anos com regime de tempo integral e o acréscimo de 14 outras matérias além daquelas obrigatórias pelo currículo pleno, o que possibilitou o reínicio do curso em 1967.

A partir da lei n° 5.276, de 24 de abril de 1967, a profissão de nutricionista foi regulamentada e determinou-se que a profissão só poderia ser exercida após registro do diploma no órgão competente do Ministério da Educação e Cultura.

Em 1969, pelo novo Estatuto da Universidade de São Paulo, a FHSP passou a ser denominada Faculdade de Saúde Pública (FSP), nome que conserva até os dias atuais.

Em 8 de agosto de 1974, foi aprovado pelo Conselho Federal de Educação, o novo currículo para os Cursos de Nutricionistas do país, que teve como base as recomendações e conclusões da I e II Conferência de Treinamento de Nutricionistas da América Latina.

A partir dessas novas normas, em 1975, o Curso de Nutricionistas da FSP foi reformulado e passou a ter duração de quatro anos.

Desde 1977, o exame vestibular para ingressar nas unidades da Universidade de São Paulo passou a ser realizados pela Fundação Universitária para o Vestibular (FUVEST).

Em 1978 foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas (CFN e CRNs).

A denominação do Curso de Nutricionistas foi alterada para Curso de Nutrição, em 1983.

Em 1984, o número de vagas para ingressos no Curso de Nutrição da FSP dobrou, passando para 40 vagas.

No ano de 1989, a Faculdade de Saúde Pública comemorou o cinquentenário do seu Curso de Nutrição.

Em 1994, as mudanças na estrutura curricular definiram características do Curso de Nutrição da FSP, tais como: o currículo pleno conter 44 disciplinas obrigatórias, ministradas em 4 anos; carga horária distribuída entre crédito-aula, práticas desportivas e estágios curriculares supervisionados; estágios curriculares desenvolvidos em módulos de acordo com as principais áreas de atividade do nutricionista; oferecimento de disciplinas optativas.

Em 1995, o Curso de Nutrição passou a ser realizado em meio período, com duração de 10 semestres (cinco anos) com 40 vagas.

Com o estabelecimento das diretrizes curriculares para o curso de saúde instituído pelo MEC, em 1996, o Curso de Nutrição da FSP passa a ser estruturado a partir de projeto pedagógico específico.

Em 2001, foi criado o período noturno do Curso de Nutrição, oferecendo mais 40 vagas e totalizando 80 vagas anuais.

No dia 24 de outubro de 2009 o Curso de Nutrição da FSP completou 70 anos e foi realizado um seminário comemorativo.

Em abril de 2008, foi instituído o Grupo de Apoio Pedagógico (GAP) da Faculdade de Saúde Pública, com o intuito de reorganizar o projeto político-pedagógico (PPP) e reformular a estrutura curricular do curso.

Em 2012, a partir do trabalho desenvolvido pelo GAP, foi implantada nova estrutura curricular para o Curso de Nutrição da FSP, baseada em três Eixos Temáticos integradores das disciplinas e atividades: Atenção Dietética; Segurança Alimentar e Nutricional; Trabalho, Ciência e Cultura. Estes eixos estão organizados de modo a articular teoria e prática desde o início da formação e potencializar os compromissos com as necessidades de saúde da população.

Apesar de a inserção de uma nova estrutura curricular do Curso de Nutrição, a antiga estrutura curricular ainda está em exercício para ingressantes anteriores a 2012. Por isso, atualmente duas estruturas vigentes acontecem concomitantemente, o que ocorrerá até 2015, quando os ingressantes em 2011 completarão sua formação universitária.

Fontes:

Memória Histórica da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Nelly Martins Ferreira Candeias. 1998

Curso de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Evolução Histórica e Principais Eventos:
1939/1994. Maria Lúcia Ferrari Cavalcanti. 1996
Catálogo 2009. Graduação FSP USP.
Projeto Político Pedagógico Curso de Nutrição. Universidade de São Paulo. Cláudia Maria Bógus. 2011