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Docentes da USP lançam um alerta sobre a situação das instituições de longa permanência para idosos

Foto: USP Imagens/ Cecília Bastos

Em carta enviada à imprensa e publicada pela Folha de S. Paulo e pelo site SlowMedicine, as professoras Helena Akemi Wada Watanabe, do Departamento de Prática de Saúde Pública da FSP-USP, Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, docente da FSP-USP e da Escola de Enfermagem (EE) da USP, e Marisa Accioly Domingues, do curso de Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, chamam a atenção para a falta de estrutura e de recursos humanos nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), diante da necessidade de cuidados específicos frente à pandemia do novo Coronavírus.

As ILPIs, ou o que foi até há pouco tempo chamado de “asilos”, abrigam cerca de 90 mil idosos vivendo em 3.600 instituições  no País, de acordo com censo Ipea de 2010, correspondendo a quase 1% da população brasileira. 

A carta, segundo as docentes, “é um grito por aqueles que não podem mais gritar”, no sentido de chamar a atenção para a necessidade de insumos, material, pessoal, ou seja, recursos em geral, mobilizando “uma ação imediata”, dada a falta de recursos dessas instituições. 

Segundo o documento, as Vigilâncias Sanitárias de alguns estados e a própria ANVISA elaboraram materiais para a prevenção nesses locais, prevendo o isolamento de abrigados que tenham suspeita de contaminação pelo vírus. Porém, “a maioria dessas instituições não possui estrutura física ou quadro de pessoal capacitado para o cuidado a pessoas nessas condições” e também “não tem ou está com dificuldades de encontrar equipamentos de proteção individual (EPIs)”. As docentes chamam a atenção também para a necessidade de estabelecer um sistema de referência hospitalar para a ocorrência de casos mais graves.

Artigo publicado na Folha de S.Paulo.

Artigo publicado na SlowMedicine.

Leia a carta na íntegra aqui.