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ICPCovid Brasil apresenta novos resultados na véspera do início da Fase 3

Arte da pesquisa: ICPCOVID-19.

Um consórcio internacional formado por 20 países já dará início à terceira fase da pesquisa que estuda o comportamento e as condições de vida da população durante os períodos de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. O International Citizen Project Covid-19 (ICPCovid) é liderado pelo Prof. Dr. Robert Colebunders, da Universidade de Antuérpia, na Bélgica. No Brasil, o projeto é liderado pela ex-aluna da Faculdade de Saúde Pública, Dra. Edlaine Faria de Moura Villela, Professora da Universidade Federal de Jataí/Goiás e conta com uma rede de colaboradores, entre eles o Dr. Eliseu Alves Waldman e a Dra. Ana Paula Sayuri Sato, ambos Professores da Faculdade de Saúde Pública da USP, e a Dra. Rossana Verónica Mendoza Lopez, também ex-aluna da instituição.

A terceira fase do estudo terá início dia 15 de maio. O questionário é simples e rápido, e apresentará novas questões muito importantes. Todos podem participar, independente de terem participado ou não da primeira fase. Para preencher o questionário, bem como ter acesso ao protocolo de pesquisa, basta acessar o link: www.icpcovid.com/pt-br/country/brasil

 

Conheça alguns resultados preliminares

A primeira e segunda fases da pesquisa já somaram mais de 30.000 questionários respondidos online e trazem uma perspectiva bastante interessante sobre o impacto do distanciamento social na vida dos brasileiros. 

“Tivemos a participação de pessoas de todos os estados brasileiros. Observamos que estados com menos participantes na primeira fase marcaram presença na segunda fase, como é o caso do estado de Goiás. Os participantes das duas primeiras fases, em sua maioria (54%), residiam em áreas urbanas, mas contamos com a participação de moradores de área rural também”, afirma a professora Edlaine.

Do total de entrevistados, a idade média dos participantes foi de 47 anos, sendo a maioria (73%), mulheres. Quanto ao nível educacional, 88% possui graduação. Com relação à atividade profissional, 70% dos participantes trabalham, 32% deles atuam no setor da saúde. 

O estudo tem mostrado que o isolamento tem sido respeitado pela maioria, pois mais de 50% passaram a trabalhar em casa diante da pandemia, o que pode ter contribuído para atrasar o pico da pandemia no Brasil. No entanto, 33% dos participantes tiveram contato físico com pessoas fora da sua casa há mais de uma semana. 

Em relação as medidas preventivas individuais, a maioria dos participantes demonstrou aderir a tais medidas de forma satisfatória, 93% mantem a regra social de ficar distante das outras pessoas. 95% das pessoas cobre a boca e o nariz quando espirra e, em seguida, lava as mãos (69,6%). Observou-se o aumento do uso da máscara facial, comparando os dados da primeira e segunda fase.

“Um resultado que chamou nossa atenção é que pessoas apresentaram maior preocupação com a própria saúde na segunda fase da pesquisa”, destacou a coordenadora do estudo. 

O Observatório de Epidemiologia e Serviços de Saúde (EpiServ), também coordenado pela professora Edlaine, recentemente ganhou um site, o qual tem sido atualizado semanalmente pelos discentes envolvidos no ICPCovid. No momento, o EpiServ acaba de implantar sua Sala de Situação de Saúde. Acesse: episerv.com.br

Ademais, está sendo feito um estudo global sobre o impacto da pandemia no cotidiano de pessoas que vivem com HIV/AIDS e de pessoas com epilepsia.

 

Seguem os links para participação dos grupos específicos: 

 

Continue apoiando-nos nessa pesquisa. 

Participe aqui a partir do próximo dia 15/05/2020: www.icpcovid.com/pt-br/country/brasil

Participe conosco desse processo! Divulgue aos seus pares, amigos e familiares!

Fonte: CPq. da FSP-USP.