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Filmes e Documentários (II)

A indicação filmográfica dessa semana vai tratar de um tema bem duro, a insegurança alimentar e nutricional.

🎦 Desde 2014 o Brasil se encontra fora do mapa da fome, segundo relatório da FAO (Food and Agriculture Organization), foi um grande passo possível através do aumento da renda familiar e da articulação entre governo e sociedade por meio de equipamentos de vigilância como o recém extinto CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional). 

Parece uma realidade distante, mas pesquisas vêm indicando um aumento da pobreza e da extrema pobreza nos últimos anos, o que sugere um possível retorno a esse obscuro passado.

Através de dois retratos, ficcional e documental, as filmagens expõem uma realidade, não isolada, do semiárido brasileiro.

🎥  O drama “Vidas Secas”, baseado no romance homônimo de Graciliano Ramos, retrata com uma fotografia memorável as agruras de uma família animalizada e sua cachorra personificada de nome Baleia, em meio a escassez de recursos do sertão. A lógica invertida entre ser-humano e animal é intencional como forma de voltar o olhar do expectador à condição de bicho em que essas pessoas são obrigadas a não-viver, aprendendo a abrir mão de algo tão humano quanto o livre-arbítrio.

🎥 O documentário Garapa”, de José Padilha (diretor de obras premiadas como Tropa de Elite, Estamira e Ônibus 174) acompanha por algumas semanas três famílias do Ceará em estado de extrema vulnerabilidade alimentar. Ganhou o nome da mistura de açúcar com água que em alguns dias é a única alimentação que essas famílias tem. 

▶️ Os dois estão disponíveis no Youtube, clique para assistir >> “Filme Vidas Secas – 1963” e “Garapa Documentário Completo HD

A aridez do clima, a falta de comida e a falta de assistência levam a uma aridez das relações empobrecendo ainda mais o ambiente que os cerca. As vidas secam. Dessa forma, nos levam a uma profunda reflexão acerca dos impactos da falta de alimentação adequada sobre a saúde, vista por todos os seus vieses (física, psíquica, social).

Não erradicamos a fome no Brasil, o que vem acontecendo nesses anos é um trabalho árduo para a implementação de programas, políticas, e dispositivos legais que garantam um direito humano que é primário para a fruição dos demais, o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável, cuja garantia é, prevista por lei, obrigação do Estado.

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