Cópia de SOFI 2023

Segurança alimentar e nutricional no mundo

Quais são os desafios e oportunidades para a garantia da segurança alimentar e nutricional considerando os espaços urbanos e rurais? Esse é o tema do SOFI de 2023, relatório lançado anualmente pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e seus parceiros publicam um relatório que apresenta o estado da segurança alimentar e nutricional no mundo e discute estratégias globais para enfrentamento da fome e da má nutrição. O tema central do relatório de 2023 foi a relação entre urbanização, sistemas alimentares e dietas saudáveis no contínuo urbano-rural.

O aumento da urbanização, com quase sete em cada dez pessoas projetadas para viver nas cidades até 2050, está impulsionando mudanças nos sistemas alimentares em todo o contínuo urbano-rural. Essas mudanças representam desafios e oportunidades para garantir que todos tenham acesso a uma alimentação saudável ​​e sustentável.

Oportunidades do contínuo urbano-rural

Os vínculos mais estreitos entre os atores e segmentos dos sistemas alimentares criam oportunidades de maior desenvolvimento econômico e acesso a dietas saudáveis. Essas oportunidades podem ser aproveitadas por meio de investimentos em infraestrutura, bens públicos e capacidades aprimoradas que melhoram a conectividade rural-urbana.

As abordagens para a governança dos sistemas alimentares devem garantir a coerência das políticas entre os contextos locais, regionais e nacionais. Além disso, o investimento público precisa ser aumentado para desenvolver tecnologias e inovações para ambientes alimentares mais saudáveis ​​e elevar a disponibilidade e acessibilidade de alimentos saudáveis e sustentáveis.

Referência:
FAO, IFAD, UNICEF, WFP, WHO. The state of food security and nutrition in the world 2023: urbanization, agrifood systems transformation and healthy diets across the rural-urban continuum. Rome: FAO; 2023.

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Post por Mariana Ting (@mari_ting) e Letícia Maximiano (@leticia.maximiano).

Explica 14 Chamada - Quadrado

Sustentarea Explica | (U)ltraprocessados

Sustentarea Explica

(U)ltraprocessados

Açúcares refinados, gorduras e sódio em excesso, e uma ampla gama de aditivos químicos compõem a tabela nutricional e a lista de ingredientes de diversos produtos que estão disponíveis em abundância nos supermercados: os ultraprocessados – embora essa mistura de ingredientes esteja associada ao aumento das doenças crônicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

Mas afinal, o que são ultraprocessados e por que são considerados vilões para quem busca uma alimentação saudável e sustentável? A gente te conta neste episódio.

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Referências

1. Artigo: Carlos Monteiro et al.  The UN Decade of Nutrition, the NOVA food classification, and the trouble with ultra-processing. Public Health Nutrition (2018) | Link 

2. Artigo: Carlos Monteiro et al.  Ultra-processed foods: what they are and how to identify them. Public Health Nutrition (2019) | Link 

3. Documento: Diálogo sobre ultraprocessados: soluções para sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis | Link 

4. Documento: Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a população brasileira (2014) | Link

5. Livro: Michael Pollan. O dilema do onívoro: Uma história natural de quatro refeições (2007).

6. Palestra: Carlos Monteiro no USP Talks. Alimentação Saudável: A ameaça dos ultraprocessados (2019) | Link 

7. Palestra: Patrícia Jaime na Semana da Alimentação. Guia Alimentar da População Brasileira (2021) | Link 

8. Site: Ministério da Saúde. In natura, processados, ultraprocessados: Conheça os tipos de alimentos | Link 

Materiais Sustentarea

Post Sustentarea: Classificação NOVA – Guia Alimentar
| Link

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Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Patrícia Mello, Nadine Marques, Mariane Hase Ueta e Pamela di Christine

Edição de áudio

Mariana Ting

Locução de vinhetas e Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

Cópia de Insegurança alimentar e violência de gênero (1)

Fome e violência contra a mulher

Sancionada há um ano, a Lei 14.448/2022 instituiu o Agosto Lilás como o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, fazendo referência à Lei Maria da Penha, assinada em agosto de 2006.

Para promover essa discussão, trouxemos nesta publicação uma das faces da violência de gênero: a fome!

As mulheres não são mais afetadas apenas pela insegurança alimentar em si, mas também por todas as suas repercussões, incluindo a violência.

Apesar de avanços, a desigualdade de gênero ainda se faz presente em nossa sociedade. Devido ao machismo estrutural, que coloca a mulher em posição inferior a do homem, está enraizada a violência de gênero, que pode ocorrer de forma física, psicológica, moral, patrimonial e sexual.

Muitos fatores associados à insegurança alimentar são os mesmos que aumentam a exposição de mulheres à violência:

Muitas vezes, a violência está presente nos locais que deveriam ser os mais seguros às mulheres: as próprias casas. Isso se tornou ainda mais preocupante durante a pandemia de COVID-19, quando o isolamento social foi obrigatório e muitas mulheres ficaram sem as suas fontes de renda.

Privadas de liberdade financeira e confinadas com seus agressores, essas mulheres se viram em um ambiente de insegurança e violência. Uma vez que o machismo estrutural mantém o homem como o provedor da renda familiar e a mulher como a responsável pela alimentação, esta é condenada pela escassez de alimentos, ainda que seja tão vítima quanto seu parceiro.

A fome e a violência de gênero possuem raízes muito interligadas, e a luta por suas erradicações só será possível com a consciência das desigualdades sociais e suas complexidades!

⚠️ Violência doméstica é coisa séria! Se você passa por isso ou conhece alguém nessa situação, ligue para a Central de Atendimento à Mulher no número 180 e denuncie!

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Post por Gabi Manzini (@gabi_pman) e Alisson Machado (@alissondmach).

Cópia de Consumo de carne - 2108 (1)

Como é o consumo de carne pelos brasileiros?

O consumo excessivo de carne, especialmente de carne vermelha, traz uma série de impactos na saúde humana e planetária. Esses impactos vão desde a emissão elevada de gases de efeito estufa e perda de biodiversidade até um maior risco para doenças crônicas, como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares.

O consumo de carne bovina, suína e de aves foi introduzido no Brasil pela colonização europeia no século 16, sendo relativamente recente na história da América do Sul. A chegada de animais no território trouxe impactos na ecologia local, conflito com povos indígenas e alterações na cultura alimentar.

Hoje, mesmo regiões que não tinham a carne vermelha como parte da dieta são marcadas pela ingestão desse alimento como parte integral da cultura alimentar. Os dados das duas últimas POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares – mostram que o consumo de carne no Brasil passou por várias mudanças ao longo da última década.

Essas alterações podem estar diretamente relacionadas às variações no preço. O peixe, por exemplo, ficou 2 vezes mais caro. Já as categorias que tiveram um aumento no consumo (porco, aves e carnes processadas) foram aquelas que tiveram o menor aumento de preço.

Por isso, fica a observação: Mesmo que uma ingestão mais baixa de carne esteja associada a uma menor pegada de carbono e redução do risco de doenças relacionadas à alimentação, a diminuição do consumo não deve ser comemorada quando o indivíduo não teve outra escolha.

Outro ponto é que, mesmo que a carne tenha um papel sociocultural relevante, o seu consumo deve ser reduzido, sobretudo em populações com maiores recursos e que podem pagar por uma alimentação saudável e variada. Há diversos substitutos de origem vegetal que podem ser incluídos na alimentação e que estão relacionados a um menor impacto ambiental e melhores condições de saúde!

Referência:

Hase Ueta M, Tanaka J, Marchioni DML, Verly Jr E, Carvalho AM. Food sustainability in a context of inequalities: meat consumption changes in Brazil (2008-2017). Environ Dev Sustain. 2023.

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Post por Gabriel Ferrari (@gabrieltoninf) e Letícia Maximiano (@leticia.maximiano).

ECO 06 Estático quadrado

Sustentarea Eco | Sistemas Agrícolas Tradicionais do Brasil

Sustentarea Eco

Sistemas Agrícolas Tradicionais do Brasil: diversidade para resistência

A produção e exportação de produtos agropecuários voltados, principalmente, para o mercado de grãos e carnes, tem promovido a monocultura como principal sistema de cultivo agrícola brasileiro, privilegiando e concentrando a produção a um número limitado de culturas, desconsiderando o potencial de diversidade de produtos agrícolas do país. Como resistência a esse modelo predominante, os Sistemas Agrícolas Tradicionais (SAT), resistem com práticas baseadas no conhecimento intergeracional, transmitidas e reinventadas por muitas gerações. 

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Material Sustentarea 'ecoado' no episódio

O episódio ecoa a matéria “Sistemas Agrícolas Tradicionais do Brasil”, uma produção da Revista Sustentarea [vol. 5, n.4], realizada em 2021. A matéria foi escrita por Vanessa Costa Cançado Silva e Letícia Machado – membras do Sustentarea
| Link para download 

Outros materiais

Revista Sustentarea – todas as edições
| www.fsp.usp.br/sustentarea/revista-sustentarea/ 

 

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Apresentação

Ana Lucia Romito
Graduanda em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da USP.

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Ana Lucia Romito

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Ana Lucia Romito e Nadine Marques

Edição de áudio

Mariana Ting

Locução de vinhetas e Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

Explica 13 Chamada - Quadrado

Sustentarea Explica | (S)istemas agroflorestais

Sustentarea Explica

(S)istemas Agroflorestais

Você sabia que existem sistemas de produções agrícolas capazes de combinar uma grande diversidade de espécies vegetais em uma mesma área, otimizando o uso da terra e oferecendo vantagens tanto no âmbito ecológico quanto econômico?  Conhecidos como Sistemas Agroflorestais, essa prática tem promovido um ambiente equilibrado e saudável para a produção agrícola, contribuindo para a segurança alimentar da população, ao possibilitar o acesso a uma ampla variedade de alimentos para o próprio consumo. As peculiaridades, funcionamento e importância da implementação desse sistema a gente te explica nesse episódio.

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Referências

Artigo: Agroflorestas ajudam a preservar a água | link

Site: Mundo Agroflorestal – Transformando vidas e paisagens com árvores | link 

Publicação: Sistemas agroflorestais para o uso sustentável do solo: considerações agroecológicas e socioeconômicas | link

Publicação: Sistemas-agroflorestais | link 

Audiovisual: Água se planta 2 – Episódio 1. O primeiro passo: Concentrar energia e gerar biomassa. Plantando Água | A Revolução da Agricultura Sintrópica | link

Materiais Sustentarea

Post Sustentarea: Sistemas produtivos: Agroecologia, agrofloresta e biodinâmico | link 

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Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Patrícia Mello, Nadine Marques, Mariane Hase Ueta e Pamela di Christine

Edição de áudio

Mariana Ting

Locução de vinhetas e Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

Cópia de Post - Mudanças na alimentação da população brasileira

Como a alimentação do povo brasileiro mudou na última década?

Quando falamos de comida brasileira, é comum lembrarmos do arroz e feijão como nossa marca registrada. Entretanto, um estudo conduzido com dados de duas POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares – demonstrou que talvez essa famosa dupla já não esteja tão presente em nossas mesas como imaginávamos. Por meio dos dados dos inquéritos alimentares, coletados por todo o país em 2008-2009 e 2017-2018, os pesquisadores observaram a evolução do consumo alimentar no Brasil.

Observando o infográfico, notamos como a frequência de consumo de arroz, feijão, frutas e laticínios diminuiu

De forma positiva, vemos também que a frequência de ingestão de alguns ultraprocessados foi reduzida, e a de hortaliças teve um pequeno aumento

A redução de carne bovina, também observada, não é um ponto necessariamente negativo, tendo em vista seu elevado impacto ambiental e associação com doenças crônicas. Contudo, sabemos que essa diminuição tem relação com o aumento do preço, e não acontece de forma espontânea para toda a população – ou seja – não temos como comemorar esse resultado.

Alguns pontos merecem destaque:

Apesar da diminuição da ingestão de alguns ultraprocessados, eles seguem na lista dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros. A redução do consumo de alimentos tradicionais, como arroz e feijão, e aumento do consumo de sanduíches, sinalizam piora na alimentação!

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Post por Gabi Manzini (@gabi_pman) e Alisson Machado (@alissondmach).

Doutorado (1)

Processo seletivo: Bolsas FAPESP de Iniciação científica e doutorado

O Sustentarea está com processo seletivo aberto para Bolsas FAPESP de Iniciação Científica e Doutorado vinculadas ao projeto “A complexidade dos sistemas alimentares brasileiros e a sindemia global: simulações e propostas de ação”, liderado pela professora Aline Carvalho de Carvalho (Departamento de Nutrição da FSP/USP e coordenadora do Sustentarea). As inscrições vão até 10/09/2023.

 

Bolsa para Iniciação Científica

As principais atividades do(a) bolsista serão:

– Auxiliar e contribuir com revisões da literatura sobre sistemas alimentares e sindemia global;

– Participar ativamente das reuniões e discussões do grupo.

Perfil do candidato(a)

– Deve estar cursando graduação em nutrição (ou área saúde) no estado de São Paulo;

– Deve ter bom desempenho acadêmico, evidenciado pelo histórico escolar;

– Deve estar em dia com os compromissos com a FAPESP (entrega de relatório e prestação de contas);

– Não receber outra bolsa de pesquisa;

– Estar ciente dos processos e responsabilidades com a FAPESP (https://fapesp.br/bolsas/ic e www.fapesp.br/sage);

– Ter interesse na temática de alimentação sustentável e sistemas alimentares e com experiência prévia em revisão de literatura.

Informações sobre a vaga

– Carga horária mínima: 12 horas semanais presenciais na FSP/USP;

– Duração: 12 meses (sem prorrogação);

– Valor da bolsa: R$ 853,80 + 10% de reserva técnica do valor anual da bolsa;

– Início previsto: outubro de 2023;

– Preencher o formulário de inscrição até dia 10/09/2023.

Bolsa para Doutorado

As principais atividades do(a) bolsista serão:

– Desenvolver modelagens matemáticas do sistema alimentar brasileiro e estimativa dos impactos do sistema alimentar na sindemia de desnutrição, obesidade e mudanças climáticas nas diferentes regiões e estados brasileiros;

– Participar ativamente das reuniões e discussões do grupo.

Perfil do candidato(a)

– Deve ter mestrado recém-concluído no prazo normal e excelente histórico escolar na graduação e na pós-graduação;

– O mestrado deve ter sido preferencialmente na área de Nutrição em Saúde Pública, Estatística, Computação ou áreas afins, incluindo publicação de artigos ou capítulos de livro como produção derivada da pesquisa do mestrado;

– Deve estar em dia com os compromissos com a FAPESP (entrega de Relatório Científico e Prestação de Contas);

– Deve estar ciente das normas, formulários e procedimentos disponíveis em www.fapesp.br/bolsas/dr e www.fapesp.br/sage;

– Não receber outra bolsa de pesquisa, salário ou remuneração.

Informações sobre a vaga

– Carga horária: dedicação exclusiva de forma presencial na FSP/USP;

– Duração de até 4 anos; 

– Valor da bolsa: R$ 3.694,80 (primeiro ano), R$ 4.572,90 (a partir do segundo ano) + reserva técnica e auxílio instalação (caso seja necessário);

– Início previsto: outubro de 2023.

– Preencher o formulário de inscrição até o dia 10/09/2023

– Após este processo seletivo, será necessário realizar a inscrição no processo seletivo do Programa de Pós Graduação em Nutrição em Saúde Pública da FSP (para mais informações em relação ao processo do doutorado e documentos necessários, acesse: https://www.fsp.usp.br/pos/programas/nutricao-em-saude-publica/)

 

Dúvidas: mande um e-mail para giovannagarrido@usp.br ou laisfdias@usp.br

Cópia de Agronegócio (2)

Como o agronegócio foi formado no Brasil?

É quase impossível ser brasileiro e não ter escutado o termo agronegócio pelo menos algumas vezes na vida. Mas você já se perguntou como ele surgiu?

Se engana quem pensa que o agronegócio surgiu de forma espontânea. Muito antes de tentar ser pop em terras brasileiras, o setor foi criado nos Estados Unidos por um grupo de estudantes de Harvard.

O AGRONEGÓCIO NO BRASIL

O conceito de agronegócio (ainda agribusiness, na época) surgiu no Brasil na década de 1950. Vale citar que, em 1957, estava em processo a instalação das indústrias de base no Brasil, o que possibilitou uma internalização das unidades de fabricação de máquinas e equipamentos agrícolas.

O agronegócio se apoiou no discurso da luta contra a fome e a desnutrição no mundo, alavancada pela Revolução Verde, e surgiu na esfera pública brasileira vinculado ao âmbito alimentar. Já na década de 1970 se debatia a grande concentração de terras e a questão fundiária. Contudo, a reforma agrária foi deixada de lado visando a produtividade.

Mas nem sempre o agronegócio teve a força que tem hoje. Nas décadas de 1980 e 1990, esse setor recebia cada vez menos investimentos governamentais. Contudo, trazendo um discurso de combate à fome, a Associação Brasileira de Agribusiness – Abag – e, também os movimentos sociais, pressionaram o governo para maiores investimentos na produção agrícola.

No final dos anos 1990 e início dos anos 2000 o agronegócio ganhou força, passando a receber investimentos e ver a produção de commodities aumentar consideravelmente ao longo das décadas. Contudo, sabemos que a produção de alimentos, não apenas no Brasil, tem sido vista sobretudo do ponto de vista econômico, sem de fato considerar a segurança e a soberania alimentar da população.

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Post por Roberta Cronemberger (@roberta_cronemberger) e Alisson Machado (@alissondmach).

Explica 12 Estático - Quadrado

Sustentarea Explica | (R)evolução Verde

Sustentarea Explica

(R)evolução Verde

Você sabe o que é Revolução Verde e a sua influência no modelo agrícola atual? Neste episódio, a série ‘Sustentarea Explica’ viaja para as raízes desse marco histórico, que ocorreu entre as décadas de 1940 a 1970.

Esse novo modelo, que atraiu diversos investimentos da indústria, foi responsável por um notável aumento na produção agrícola em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento da Ásia, América Latina e África. No entanto, paradoxalmente, o número de pessoas enfrentando a fome e a desnutrição no mundo não foi reduzido de acordo com o que era esperado ou prometido. São esses aspectos positivos e contraditórios que fazem parte desse tema complexo, que o programa discute e te ajuda a entender de forma simplificada, esmiuçando as suas principais particularidades.

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Referências

1. Caderno: ‘Segurança Alimentar’ | Link

2. Artigo: Desafios para o sistema alimentar global | Link 

3. Documento: The State of Food and Agriculture | Link

4. Artigo: Cooperação científica internacional: estilos de atuação da Fundação Rockefeller e da Fundação Ford | Link

5. Livro: História das agriculturas no mundo | Link

6. Tese: A Implantação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil: seus limites e desafios | Link

Materiais Sustentarea

Post Sustentarea: Como chegamos até os Sistemas Alimentares atuais? | Link

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Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Patrícia Mello, Nadine Marques, Mariane Hase Ueta e Pamela di Christine

Edição de áudio

Mariana Ting

Locução de vinhetas e Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

Cópia de Agosto dourado (1)

6 motivos que tornam a amamentação tão importante

Pense em um alimento que vale ouro. Não dá para imaginar outro que não o leite materno, não é mesmo?

É por isso que a cor de agosto é o dourado, já que a amamentação representa o padrão-ouro da alimentação até o sexto mês de vida!

E por que essa prática é tão importante? Veja os seis motivos destacados no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos!

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Post por Alisson Machado (@alissondmach).

Principal 06 Corte 60 seg - Quadrado

#06 | Sistemas alimentares do Norte

episódio #06

Sistemas alimentares do Norte

O sexto episódio principal da terceira temporada do podcast Comida que Sustenta reflete sobre as características principais do sistema alimentar da região Norte, encerrando a série de programas que discutem sobre os sistemas de cada pedacinho do país, com base no estudo do Índice Multidimensional para Sistemas Alimentares Sustentáveis Revisado (MISFS-R).

De acordo o MISFS-R, o Norte, assim como outras regiões do Brasil, possui características marcantes e preocupantes, como a insegurança alimentar na população, que tem sofrido com o baixo acesso aos alimentos, o que leva aos altos índices de desnutrição infantil; além de uma dieta pouco diversa, apesar do país possuir uma biodiversidade enorme com tradições culinárias tão diversas que têm sido esquecidas.

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episódio 06

CONVIDADAS & CONVIDADOS

O Encontro Sustentarea do mês contou com a participação especial:

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Suany Machado da Silva

Graduada em Agronomia pela UFRA, mestre em Extensão Rural pela UFV, e doutoranda em Ciências Sociais na área de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela UFRRJ. Integrante do Centro de Referência em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (CERESAN). Temas de pesquisa em alimentação, sistemas alimentares, movimentos populares e Amazônia.

Suany Indica:

• Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) | LINK

• Site ‘De olho no ruralista’ | LINK

• Podcast ‘Panela de Impressão’ com a Profa Elaine de Azevedo | LINK

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Tatiana Deane de Abreu Sá

Agrônoma, mestra em  Ciência do Solo e Bioclimatologia, doutora em Biologia Vegetal, e pós-doutorado em Agroecologia. Atua como pesquisadora na Embrapa Amazônia Oriental, desde 1972, em linhas de pesquisa associadas a Agrometeorologia, Ecofisiologia Vegetal e Agroecologia, já tendo ocupado os cargos de chefe geral da Embrapa Amazônia Oriental e de diretora executiva da Embrapa.

Tatiana Indica:

• Trajetórias tecnológicas associadas à agricultura (Grupo do Prof. Francisco Assis Costa) – NAEA/UFPA | LINK

• NAEA/UFPA – Paper 29/2020: A importância do direito à água e ao saneamento para o combate à Covid-19 | LINK

• Alimentos tradicionais e populações ancestrais da região: volume 6 (coordenado pelo Eduardo Neves) | LINK

• Livro: Vozes vegetais: diversidade, resistência e vozes da floresta, editora Ubu | LINK

• Centro de Estudos Ameríndios (CEstA-USP) | LINK

• Revista Brasileira de Agroecologia | LINK

Apresentação

Nadine Marques
Nutricionista, mestre e doutoranda em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP.

Apresentação

Pâmela di Christine
Graduada em Nutrição pela FSP/USP e Mestranda em Políticas Públicas e Desenvolvimento na UNILA.

E aí, bora cozinhar?

cuscuz de tapioca

ingredientes

Modo de preparo

Caso use o leite de coco caseiro, a quantidade utilizada deverá ser de 400ml, pois a consistência dele é mais líquida;

A tapioca granulada é facilmente encontrada em zonas cerealistas, casa do norte (comércio que vende produtos típicos da região norte/nordeste) e em supermercados.

Ótimo acompanhamento para um bom cafezinho!

Por grupo Vivências Biodiversas | Sustentarea.

Veja também:

Creme de tapioca e leite de coco com manga e maracujá – Blog Sustentarea | LINK

Pudim de tapioca com coco e calda de ameixa – Revista Sustentarea | LINK

Quer saber mais?

ACESSE OS LINKS:

Outros Materiais

Made – Centro de pesquisa em macroeconomia das desigualdades FEA/USP | LINK

Made – WP 11: Desenvolvimento Sustentável, Acordos Verdes e Bioeconomias na Amazônia: delineamentos para a ação programática a partir da economia agrária | LINK

Made – NPE 40: Sistemas agroflorestais na Amazônia | LINK

Materiais Sustentarea

Como é o sistema alimentar da região Norte? | LINK

Quais são os alimentos mais produzidos na região Norte? | LINK

Como é a alimentação da região Norte? | LINK

Qual o impacto ambiental do sistema alimentar da região Norte? | LINK

Indicações

Artigo original do MISFS-R (em inglês) | LINK

NAEA –  Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA | LINK 

Livro: Alimentos regionais do Brasil | LINK

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Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea,  núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, coordenado pela Aline Martins de Carvalho, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine e Nadine Marques

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Grupo Vivências Biodiversas e Danielle Freitas 

Edição

Mariana Ting

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Clarissa Taguchi e Katharina Cruz

Cópia de Impacto ambiental do sistema alimentar do Norte (4)

Qual o impacto ambiental do sistema alimentar do norte?

No Brasil, as principais atividades responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa são o desmatamento e a agropecuária, contribuindo com 49% e 25% das emissões totais, respectivamente. Nesta publicação, mostraremos a emissão de CO2 do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, estados da Região Norte que foram agrupados por conta de semelhanças no sistema alimentar.

Outro estado que se destaca pelas emissões por desmatamento é o Amazonas, o terceiro maior emissor do país nesse setor. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, um fator que pode ter colaborado para esse cenário foi a pavimentação da BR-319, que liga Porto Velho à Manaus, já que a devastação ocorre em uma faixa de 50 km ao longo da rodovia.

Em Altamira, o maior emissor, foram lançados mais gases de efeito estufa pelo desmatamento do que o total emitido por todos os setores dos dois maiores municípios em população do país, São Paulo e Rio de Janeiro, juntos.

Boa parte dos maiores emissores estão no sul dos estados do Pará e Amazonas, na divisa com Mato Grosso e Rondônia, o segundo e quarto colocados na emissão de CO2 pelo desmatamento.

Você pode conferir os dados da emissão de CO2 no Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), iniciativa do @observatoriodoclima

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Post por Gabriel Ferrari (@gabrieltferrari) e Alisson Machado (@alissondmach).

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Reforma tributária: Como ela pode afetar a nossa alimentação?

A PEC 45/2019 da Reforma Tributária, aprovada na Câmara dos Deputados no último dia 07 de julho, prevê uma série de mudanças em impostos sobre consumo, essas mudanças podem alterar – e muito – os nossos gastos com alimentação.

Os itens que irão compor a cesta básica nacional e, portanto, isentos de impostos, serão definidos posteriormente, em lei complementar. A fim de evitar que essa medida beneficia os ultraprocessados, e considerando as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira, é preciso garantir que essa lista seja formada por alimentos in natura e minimamente processados.

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Post por Thamillys Rodrigues (@thamillysrs)

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A mandioca como parte do nosso dia a dia

Você conhece algum alimento que represente o Brasil melhor do que a mandioca?

Apesar de ser um alimento da sociobiodiversidade brasileira e ser a base da culinária dos povos originários há séculos, a mandioca e seus subprodutos, como a farinha, têm perdido espaço na mesa da população.

Sabemos que alguns fatores, como questões históricas, expansão do agronegócio, forte influência culinária de determinados países e a presença da indústria de alimentos, impactam o consumo alimentar

Desse modo, cada escolha alimentar é formada por determinantes relacionados direta e indiretamente às pessoas e aos ambientes alimentares

Aqui no site do Sustentarea, você pode encontrar algumas receitas com mandioca e seus subprodutos para incluir no café da manhã, almoço e janta. Te convidamos para, a partir delas, se inspirar e colocar a mandioca nos seus preparos do dia a dia!

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Post por Letícia Gonçalves (@le1ticia)