O Guia Alimentar para a População Brasileira completa 10 anos em 2024, como um instrumento de referência nacional e internacional. O documento publicado em 2014, produzido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (NUPENS) da USP e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), é fonte de informação e de recomendações para a sociedade em geral, e deve orientar profissionais de saúde e tomadores de decisão sobre políticas públicas.
Veja, abaixo, o selo comemorativo Nupens celebra os 10 anos do Guia Alimentar!
Motivos para celebrar
– O Guia é referência científica, para o Brasil e para o mundo
A classificação Nova tem linguagem universal , pode ser utilizada como parâmetro para qualquer dieta. Na América Latina seis países usam a Nova, trazendo recomendações explícitas para que as pessoas evitem o consumo de alimentos ultraprocessados. O primeiro foi o Brasil (2014), influenciando os Guias posteriormente publicados no Uruguai (2015), Equador (2018), Peru (2019) Chile e México (2023). Há também países fora da América Latina que utilizam o conceito de alimentos ultraprocessados em suas recomendações alimentares populacionais, como Bélgica, Canadá e , mais recentemente, Índia.
– O Guia é indutor de políticas públicas
Tais como: decreto nº 11.936,de 5 de março de 2024, que regula a nova Cesta Básica Nacional; a Rotulagem Frontal em vigor (a “lupa”); a proibição de ultraprocessados nas escolas no município do Rio de Janeiro (2023); o decreto 11.821, de 12 de dezembro de 2023, que se baseia na classificação Nova de alimentos para orientar ações de promoção da alimentação adequada e saudável no ambiente escolar; a resolução nº 6/2020, publicada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), limita a compra de produtos ultraprocessados e incentiva o consumo de alimentos in natura no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
– O Guia é para todas as pessoas
Na introdução do documento, determina-se que esteja presente “nas casas das pessoas, nas unidades de saúde, nas escolas e em todo e qualquer espaço onde atividades de promoção da saúde tenham lugar, como centros comunitários, centros de referência de assistência social, sindicatos, centros de formação de trabalhadores e sedes de movimentos sociais”.
– O Guia segue atual e necessário
As evidências científicas ficaram ainda mais robustas. Em fevereiro de 2024, uma revisão guarda-chuva publicada na revista científica British Medical Journal indicou evidências convincentes de que o consumo de ultraprocessados está associado a 32 agravos à saúde — como morte relacionada a doenças cardiovasculares; transtornos mentais comuns, como depressão; diabetes tipo 2; obesidade; problemas de sono.