Consumo de carne é o maior inimigo da alimentação sustentável no Brasil
Estudo mostra que 50% do impacto ambiental causado por hábitos alimentares no País vem da carne vermelha
Alimentação e sustentabilidade, dois termos com universos de complexidade distintos que, quando unidos, expandem ainda mais a discussão e sua importância para a sociedade. Muitas informações sobre esses conceitos circulam entre a população, mas nem sempre embasadas suficientemente em evidências, ou com fontes confiáveis. Desse problema surgiu a iniciativa do SustentAREA – núcleo de extensão universitária da USP – em criar um manifesto (disponível neste link) que sintetize as informações circulantes que são verdadeiramente úteis.
“O manifesto surge como síntese de diversas evidências científicas na área, mostrando o que é alimentação sustentável, sua importância para o mundo e, além disso, mostra como essa forma de alimentação pode ser feita pela população através de ações diárias simples”, contou ao Jornal da USP no Ar a nutricionista, Doutora em Nutrição em Saúde Pública, Aline Carvalho, da Rede Alimentar SustentAREA. A professora responsável pelo projeto é Dirce Marchioni, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.
Aline explica que a união de termos em “alimentação sustentável” forma um conceito complexo a se resolver, mas que pode ser definido basicamente como uma alimentação que tem baixo impacto no meio ambiente e que tem uma relação positiva com a saúde. A nutricionista pontua que não é simples compilar todas as informações disponíveis e chegar a conclusões definitivas nessa área, entretanto, o SustentAREA conseguiu construir um caminho a se seguir dentro da alimentação sustentável ao analisar algumas peculiaridades da dieta brasileira.