Na véspera de uma data tão importante, hoje trazemos uma reflexão proposta na nossa Revista Sustentarea sobre desigualdades sociais e alimentação saudável.
Sabemos que as mulheres são historicamente delegadas como responsáveis pela produção, aquisição e preparo de alimentos. Apesar disso, as mulheres negras continuam sendo o grupo mais exposto à insegurança alimentar e a uma alimentação menos saudável.
Por que isso acontece? É um questionamento que abre a reflexões mais profundas sobre raça, classe e gênero no acesso à alimentação saudável.
Em um dos números da Revista Sustentarea, Deborah Fadul e Gabriela Rigote trouxeram um diálogo muito importante quando falamos de alimentação saudável e sustentável:
quem tem acesso a esses alimentos?
No Brasil, dentre os fatores associados à insegurança alimentar estão a pobreza e a desigualdade – racial e de gênero. É apresentado assim o racismo estrutural.
Para entendermos melhor esse conceito, podemos analisar os dados da Caisan e Rede Nova São Paulo 2020, que mostram que mulheres negras e moradoras da periferia são o grupo mais afetado e que sofrem diretamente com a falta de acesso a alimentos adequados.
Ou seja…
Por uma questão de gênero, classe e raça, uma grande parte da população se vê impedida e/ou com muitas barreiras de acessar locais de produção e venda de alimentos saudáveis
No texto, as autoras abordam como os aspectos socioeconômicos impactam de diferentes formas entre homens e mulheres negras, sendo estas últimas a mais afetadas pelas desigualdades de acesso
Assim, as mulheres que ancestralmente são responsáveis pela produção de saberes tradicionais da alimentação brasileira, são postas em posições desiguais e inferiores no consumo de alimentos saudáveis
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Post por Gabriella Manzini