Prêmio Luiza Matilda: Araraquara atinge indicadores de prevenção da sífilis congênita e do HIV. Foto: Arquivo Pessoal.

 As enfermeiras Marisa Marques Monteiro, responsável pelo Programa de IST/AIDs do Serviço Especial de Saúde de Araraquara (SESA) da FSP-USP, e Saliane Ribeiro, coordenadora do Programa Municipal de IST/AIDs de Araraquara (SP), representaram o município de Araraquara durante a outorga do Prêmio Luiza Matilda – 4ª edição, que foi concedido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo a 236 municípios paulistas que atingiram os indicadores selecionados para a transmissão vertical do HIV e/ou Sífilis. Desse total, 137 atingiram a premiação para sífilis congênita; 73 para transmissão vertical do HIV e apenas 26 ganharam a dupla premiação por atingir a meta dos dois indicadores -caso de Araraquara. 

“Atingir as metas de prevenção e controle dessas doenças é fruto de um trabalho contínuo e diário que depende fortemente do vínculo institucional entre as equipes para garantir a qualidade das informações e das ações de prevenção”, afirma Marisa. 

O diretor do SESA-Araraquara, Dr. Walter Figueiredo, parabenizou a equipe envolvida no programa. “Esse reconhecimento, bem como de outros em nosso serviço que também já foram reconhecidos pelos órgãos competentes, nos estimula a buscar a cada dia mais a qualificação de nossas atividades, o que possibilita o aperfeiçoamento de nossa missão enquanto centro de saúde escola da FSP-USP, no ensino, pesquisa e extensão”, disse.

A equipe de vigilância do SESA realiza a busca ativa na comunidade e a captação diagnóstica junto ao Centro de Testagem do município, além de passar diariamente na maternidade municipal para avaliar as gestantes que deram entrada no serviço. A partir da definição de caso e avaliação na maternidade, é estabelecida uma conduta com relação à mãe e ao recém-nascido. Se a mãe é adequada ou inadequadamente tratada, segue-se o protocolo de tratamento para cada caso. A criança com sífilis congênita é acompanhada no SESA por um período e depois segue acompanhada na Atenção Básica. 

“Tudo isso depende de uma integração de informações e de ações para que todo o esquema funcione, tanto no caso do HIV quanto no caso da sífilis congênita. Vamos acompanhando passo a passo na busca da redução do número de casos. Isso é a vigilância”, explica Marisa.

Segundo Marisa, Araraquara possui atualmente 330 casos de sífilis adquirida, 38 gestantes com sífilis, além de quatro crianças com diagnóstico de sífilis congênita, informa.

A cerimônia de premiação aconteceu no dia cinco de dezembro, durante a 7ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis e Sífilis Congênita Congênita, realizada no Centro de Convenções do Ibirapuera, na capital paulista. O evento foi realizado pelo Programa Estadual de IST/Aids-SP, em parceria com a Área Técnica da Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

 

Da esq p/dir.: enfermeiras Saliane Ribeiro e Marisa Marques Monteiro. Foto: Arquivo Pessoal.

 

Cerimônia de outorga do Prêmio Luiza Matilda – 4ª edição, no Centro de Convenções do Ibirapuera (SP), no dia 5 de dezembro. Foto: Arquivo Pessoal.

 

 

 

Com vigilância epidemiológica do SESA, Araraquara é premiada por indicadores de prevenção da sífilis congênita e transmissão vertical do HIV