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Projeto de pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP desenvolve ações de vigilância alimentar e nutricional no ABC

Desde o início de 2018, pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP USP), em conjunto com profissionais das secretarias municipais de saúde da região do Grande ABC paulista, desenvolvem ações que visam a promoção da alimentação adequada e saudável, das práticas corporais e da atividade física. 

As atividades fazem parte do projeto de pesquisa, extensão e formação Apoio e análise para a implementação das ações na atenção básica da linha de cuidado para sobrepeso e obesidade nos municípios do Grande ABC paulista.

Para promover saúde, prevenir doenças e agravos e reduzir a mortalidade prematura por Doenças crônicas não transmissíveis, é de fundamental importância o conhecimento, a avaliação e o monitoramento da situação de saúde de uma população e, assim, planejar e executar intervenções eficazes.

A coordenação do projeto que tem recursos do CNPq é da professora Patrícia Constante Jaime, do Departamento de Nutrição da FSP USP, e visa, ainda, a gestão do cuidado e manejo da obesidade, com abordagem coletiva e de articulação interprofissional e intersetorial, para implementação da linha de cuidado para sobrepeso e obesidade na Atenção Básica no SIstema Ùnico de Saúde (SUS).

O projeto contempla ações com foco nos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema, com o apoio das Secretarias Municipais de Saúde dos municípios e do Departamento Regional de Saúde I Grande São Paulo (DRS I), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Os profissionais dos demais municípios, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, também participarão das atividades, para que possam partilhar experiências e ações.

 As atividades do projeto estão sendo desenvolvidas em quatro eixos: Pesquisa e Desenvolvimento, Formação, Avaliação e Monitoramento e Difusão Científica e Disseminação. Patrícia Constante Jaime explica que o primeiro componente é o avaliativo, que procura “entender a situação e como os municípios se organizam, quais ações são possíveis, quais os gargalos e fortalezas para a implementação da linha de cuidado”, afirma. O segundo componente é o desenvolvimento de processo de educação permanente “para que os profissionais e gestores locais se sintam mais confiantes e competentes para desenvolverem as ações necessárias”, diz. Depois, acontece o processo de avaliação da experiência, impactos e resultados. Além disso, “há o componente de disseminação de boas práticas e tecnologias desenvolvidas, tanto educacionais quanto de gestão”, finaliza a coordenadora.      

A executora do projeto, a Universidade de São Paulo (USP), está representada pelo Departamento de Nutrição, pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição (Nupens), pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Documentação em Cidades Saudáveis (Cepedoc), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) e pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (Gepaf), da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH).

Os pesquisadores esperam como resultados o diagnóstico situacional sobre as potencialidades e fragilidades da linha de cuidado para sobrepeso e obesidade nos municípios e, assim, desenvolver um plano de apoio pactuado com os gestores.

A partir das atividades de pesquisa, extensão e formação, espera-se alcançar um diagnóstico situacional sobre as potencialidades e fragilidades da linha de cuidados nos municípios e um plano de apoio pactuado com os gestores com foco na educação permanente. 

São ainda resultados esperados o desenvolvimento de tecnologias de formação válidas e aplicáveis no contexto da atenção em saúde do SUS e a qualificação do cuidado dos profissionais de saúde, com aumento de conhecimento, autoeficácia, eficácia coletiva, habilidades e competências na prevenção e no manejo do sobrepeso e obesidade. 

Espera-se o fortalecimento das ações intersetoriais nos municípios e entre os municípios do Grande ABC com foco na promoção da alimentação saudável, atividade física e práticas corporais na prevenção da obesidade.  

A produção de evidência de natureza qualitativa e quantitativa  vai aprimorar os modelos de gestão local, os processos de trabalho e a qualificação da assistência para prevenção e controle da obesidade na Atenção Básica no SUS.