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Momento é crítico e qualquer alternativa fora do isolamento exige testes em massa, mostram participantes do 7º webinar FSP-USP. ASSISTA O VÍDEO!

O Estado de São Paulo, com a ajuda do Instituto Butantan (IB), anunciou a regularização do seu passivo de testes para a COVID-19, algo em torno de 20 mil exames acumulados. O IB comanda, desde o dia 3 de abril, a plataforma de laboratórios que zerou a fila e agora quer agilizar os testes da doença para ajudar nas tomadas de decisão sobre a pandemia no Estado de Paulo. O diretor do IB, titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Dimas Covas, falou do plano estratégico de combate à epidemia de COVID-19 para o Estado de São Paulo durante o 7º webinar FSP-USP, realizado no dia 29 de abril.

Com o tema “Como ampliar os testes para COVID-19 no Brasil? Quais estratégias e recursos são necessários?”, os especialistas convidados ressaltaram que o afastamento social tem sido fundamental para o preparo do sistema de saúde. É ainda uma medida que permite gerenciar a crise na Região Metropolitana de São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil e detentora de um número assustador de casos. 

Em paralelo ao isolamento, outras medidas de contenção e combate à epidemia são necessárias, entre elas, a testagem estrategicamente programada. “Até o momento, o Estado aguardava uma diretiva Federal e não havia uma estratégia planejada, com base na demanda; não havia previsão de fases, quantitativos ou critérios”, disse o diretor do IB.

Em contrapartida, o atual plano que deverá balizar as diretivas do Estado de São Paulo contempla, entre outras medidas, os critérios de testagem para COVID-19, incluindo quantidades de vacinas, intervalos de aplicação dos testes, bem como a definição das populações testadas e a logística de todo o sistema, mostrou do professor. “Isso é o que está na mesa no momento”, disse.

“No atual cenário, qualquer alternativa fora do isolamento irá exigir testagem em massa e sem isso não há como evoluir para nenhum outro tipo de intervenção que não seja o isolamento”, disse Júlio Croda, especialista em C&T de Produção e Inovação em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) do Mato Grosso do Sul (MS). 

Segundo Croda, “a testagem em massa é importante porque há um quantitativo importante de assintomáticos, 86% segundo alguns estudos”, frisou o cientista.

O 7º webinar FSP-USP está disponível na íntegra no Canal da FSP-USP no YouTube.