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Serviços de saúde também impactam o ambiente e o bem-estar humano, mostra artigo recém publicado

Os serviços de saúde, tão necessários para sustentar e melhorar o bem-estar humano, também causam impactos que contribuem para as ameaças relacionadas ao meio ambiente e à saúde humana. Uma pesquisa recém publicada na revista científica The Lancet Planetary Health mostra que o setor causa impactos ambientais globais numa proporção que varia entre 1% e 5% do total de impactos globais ambientais e, dependendo do indicador considerado, até mais de 5% em nível nacional. O artigo “The environmental footprint of health care: a global assessment” tem a co-autoria do pós-doutorando pelo Departamento de Epidemiologia da FSP-USP, Leonardo Suveges Moreira Chaves, que assina o trabalho com colegas da Universidade de Sydney, Austrália. 

A partir de uma Análise de Insumo-produto multirregional, os cientistas avaliaram a “pegada ambiental” do setor quanto às emissões de gases de efeito estufa, material particulado, poluentes do ar (óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre), risco de malária, nitrogênio reativo na água e uso escasso de água. Foi utilizado um banco de dados global da cadeia de suprimentos que contém informações detalhadas sobre os setores da assistência médica. Foram quantificados os danos ambientais diretos e indiretos da cadeia de suprimentos causados ​​pela demanda por serviços de saúde. 

O aumento dos gastos com saúde para mitigar os efeitos negativos à saúde dos danos ambientais é frequentemente promovido pelos profissionais de saúde. No entanto, as cadeias de suprimentos globais que alimentam a atividade aprimorada dos setores de assistência médica, por sua vez, iniciam ciclos adversos, aumentando o impacto ambiental da assistência médica, contrariando, assim, a missão da assistência médica.

Leia o artigo na íntegra aqui.

 

Imagem na home: Clker-Free-Vector-Images por Pixabay