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Infecções por fungos vêm crescendo no ambiente urbano e ganham o foco do debate no dia 29 de julho
Acompanhe a transmissão em: YouTube

A transmissão estará ativa na data e horário do evento.

No dia 29 de julho, a partir das 9h30, o XII Ciclo de Atualização em Zoonoses e Saúde Pública da FSP-USP traz dois temas de interesse sanitário que têm ganhado cada vez mais importância no ambiente urbano. 

Na primeira palestra, “Esporotricose humana no município de São Paulo”, Vivian Ailt, médica ligada à Coordenadoria de Vigilância Sanitária (COVISA), da Prefeitura do Município de São Paulo, aborda os aspectos da esporotricose e as formas de transmissão dessa grave doença a humanos, tendo em vista o crescimento do fenômeno tanto na capital quanto nos municípios da Grande São Paulo.

A forma mais comum da doença é uma infecção cutânea, causada pelo fungo saprófita Sporothrix schenciiu, presente no solo e em vegetações. Desde os anos de 1980, os gatos domésticos ganharam importância na transmissão da esporotricose ao homem, especialmente no Brasil. No município de São Paulo, em 2011, foram identificados os primeiros casos de esporotricose em felinos e em humanos, na região de Itaquera, registrados na Coordenadoria Regional de Saúde Leste. 

A partir de 2018, houve um aumento significativo do número de casos em felinos, acompanhado do aumento de casos em humanos. Frente a este importante problema de saúde pública, foram estabelecidas unidades de referência para atendimento dos casos humanos e orientações sobre o manejo clínico, diagnóstico laboratorial e vigilância da doença no município. 

A especialista convidada é médica do Núcleo de Doenças Transmitidas por Vetores e Outras Zoonoses da Coordenadoria de Vigilância Sanitária (COVISA) da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de São Paulo e irá abordar  a situação epidemiológica da esporotricose no município de São Paulo e as ações da Prefeitura no enfrentamento à doença. 

 

Na segunda palestra, o pesquisador e Diretor Técnico do Núcleo de Micologia do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo, Lucas Xavier Bonfietti, irá abordar o tema “Histoplasmose e Criptococose”. A histoplasmose é uma doença fúngica de caráter clínico agudo ou crônico, causada pela inalação de esporos de Histoplasma capsulatum. Esse agente fúngico apresenta dimorfismo térmico e está presente na forma filamentosa em solo contaminado por excretas de aves ou morcegos – quando numa temperatura aproximada de  25°C- e na forma leveduriforme em seres humanos ou animais -quando numa temperatura aproximada de 37°C.

Classificada como micose sistêmica, a criptococose é considerada uma das doenças fúngicas mais graves da atualidade e com alta letalidade. Estima-se que a doença leve a óbito cerca de 625 mil pessoas ao ano. Tem sido descrita em todos os continentes ao redor do mundo e acomete, sobretudo, indivíduos portadores do vírus da imunodeficiência humana.

A infecção ocorre a partir da inalação de propágulos infectantes de leveduras capsuladas dos complexos de espécies Cryptococcus neoformans/C. gattii dispersos no ambiente. Apesar da importância clínica da criptococose, devido aos altos índices de falha terapêutica e recidivas, os tratamentos disponíveis são limitados e de difícil acesso em todo o mundo.

Os debates contarão com a mediação do biólogo Paulo Roberto Urbinatti, pesquisador na área de Entomologia Médica do Laboratório de Entomologia em Saúde Pública do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, e do Biólogo Gladyston Costa, Analista em Saúde do Núcleo de Vigilância, Prevenção e Controle de Fauna Sinantrópica – DVZ/COVISA/SMS/SP.

Foto na home: PxHere

 

XII Ciclo de Atualização em Zoonoses e Saúde Pública

DATA: 29 de julho

HORÁRIO: 9h30 

 

Palestrantes

TEMA 1: Esporotricose humana no município de São Paulo 

Vivian Ailt – Médica do Núcleo de Doenças Transmitidas por Vetores e Outras Zoonoses/DVE/COVISA/SMS/SP

TEMA 2: Histoplasmose e Criptococose

Lucas Xavier Bonfietti – Pesquisador Científico e Diretor do Núcleo de Micologia do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo

Mediadores

Paulo Roberto Urbinatti – biólogo e pesquisador na área de Entomologia Médica do Laboratório de Entomologia em Saúde Pública do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

Gladyston Costa – DVZ/COVISA/SMS/SP.