A  |  A+ |  A-
Docente da FSP USP cria modelo para prever a infecção por SARS-CoV-2

Prof. Fredi Quijano – Arquivo pessoal.

O periódico europeu “Tropical Medicine & International Health”, importante revista científica internacional acaba de aceitar o artigo de pesquisa “Um modelo para prever a infecção por SARS-CoV-2 com base nos primeiros dados de vigilância de três meses no Brasil”, de autoria do Prof. Fredi Alexander Diaz-Quijano – docente do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, entre outros co-autores. Tropical Medicine & International Health é a revista oficial da Federação das Sociedades Europeias de Medicina Tropical e Saúde Internacional (FESTMIH: Federation of European Societies for Tropical Medicine and International Health).

O diagnóstico COVID-19 é um problema crítico, principalmente devido à falta ou atraso nos resultados do teste. Diante disso, o objetivo da pesquisa foi obter um modelo para prever a infecção por SARS-CoV-2 em pacientes suspeitos relatados ao sistema de vigilância brasileiro.

Foram analisados pacientes suspeitos relatados ao Sistema Nacional de Vigilância que correspondiam à seguinte definição de caso: pacientes com sintomas respiratórios e febre, que viajavam para regiões com transmissão local ou comunitária ou que tinham contato próximo com um caso suspeito ou confirmado. Foram descritos 1468 casos de COVID-19 (confirmados por RT-PCR) e 4271 pacientes com outras doenças. 

Com dados dos pacientes de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), os pesquisadores obtiveram um modelo adequado para o diagnóstico clínico do COVID-19 com base em dados de vigilância coletados rotineiramente. As aplicações desta ferramenta incluem identificação precoce para tratamento e isolamento específicos, uso racional de testes de laboratório e insumos para modelar tendências epidemiológicas.

Para o Prof. Fredi, “O modelo permitiu fazer um cálculo do número provável de casos de COVID-19 entre todos os notificados, o que seria uma ferramenta de grande utilidade para a vigilância epidemiológica perante a impossibilidade de testar todos os suspeitos em tempo real”.

“Outra aplicação potencial desse tipo de modelos é a detecção precoce de pacientes para seguimento clínico, isolamento e rastreamento de contato”, afirma ainda o Prof. Fredi.

  • Acesse aqui, o Pré-Print do artigo;
  • Acesse aqui, o artigo já publicado:

Mais informações com o Prof. Fredi, pelo e-mail: frediazq@usp.br