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Estudo de docente da FSP-USP analisa tendências de mortalidade por aneurisma abdominal no Brasil

Imagem: Wikipedia – 

Investigar as tendências de mortalidade relacionada à mortalidade por Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) no Brasil de 2000 a 2016, foi o objetivo do estudo “Tendências na mortalidade relacionada ao aneurisma da aorta abdominal no Brasil, 2000-2016: um estudo de múltiplas causas de morte”, de autoria do Prof. Augusto Hasiak Santo, professor sênior do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

Um AAA, é um alargamento da aorta, o principal vaso sanguíneo que fornece sangue ao corpo, no nível do abdômen.

Mudanças notáveis ​​na epidemiologia do AAA ocorreram em muitos países nas últimas décadas, o que também afetou a mortalidade brasileira simultaneamente, o que motivou os autores a realizarem este estudo, que para isso utilizaram os dados anuais de mortalidade por AAA, extraídos dos bancos de dados públicos do Sistema de Informações sobre Mortalidade

O estudo detectou que no Brasil ocorreram 69.513 óbitos no geral, por este tipo de aneurisma de , entre os anos 2000 a 2016, correspondendo a taxas respectivamente de 2,45, 1,95 e 0,50 de óbitos por 100.000 habitantes; 65,4% homens e 34,6% mulheres; 60,6% na região Sudeste.

As idades médias de morte foram 71,141 aproximadamente sendo de 70  e 72 anos para homens e mulheres, respectivamente. Os casos aumentaram durante 2000–2008, seguidas por uma diminuição durante 2008–2016, resultando em um declínio de mudança percentual anual médio de -0,2 para todo o período de 2000–2016.

Como causas associadas, foram detectados choque (39,2%), hemorragias (33,0%) e doenças hipertensivas (26,7). Uma variação sazonal significativa, mais elevada durante o outono e seguida no inverno, foi observada nas mortes de AAA com rompimento e não rotura.

Este estudo destaca a necessidade de documentar com precisão as tendências epidemiológicas relacionadas ao AAA no Brasil. “Demonstramos o peso do AAA na mortalidade em indivíduos mais velhos e nossos resultados podem auxiliar no planejamento eficaz da prevenção e controle da mortalidade em pacientes com AAA”, afirma o Prof. Hasiak.

O estudo teve como co-autores os Drs. Pedro Puech-Lea, pesquisador do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina FMUSP e da pesquisaedora Mariana  Krutman, pesquisadora do Centro de Câncer do Hospital AC Camargo Cancer Center. O estudo foi publicado na revista científica “Clinics”, período eletrônico, editado pelo Hospital das Clínicas  da  Faculdade de Medicina  da  Universidade de São Paulo  (HC-FMUSP).

  • Veja aqui, o artigo na íntegra:

Mais informações com o Prof. Hasiak. E-mail: auhsanto@usp.br

Fonte: Prof. Hasiak e Google.

Imagem: Blausen, de Wikipedia Commons.