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Sem bolsas-salário e sem vacinação, residentes em saúde entram em greve nacional 

Em Plenária Nacional realizada no dia 03 de maio, o Fórum Nacional dos Residentes em Saúde (FNRS) deliberou pela greve nacional a partir do dia 4 de maio. Até o fechamento desta matéria, 36 programas de residências multiprofissionais em saúde já haviam aderido ao movimento, incluindo o programa em Saúde Coletiva e Atenção Primária e o programa de Medicina Preventiva e Social, ambos da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Os profissionais de saúde contratados como residentes alegam falhas no pagamento de bolsa-salário e bonificações e reivindicam vacinação desses profissionais, além  da reativação da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS). O FNRS, que promove o movimento, é uma articulação entre residentes de saúde de todo o país e visa promover um espaço de troca entre residentes multiprofissionais da área da saúde.

Segundo Júlia de Campos Cardoso Rocha, ex-aluna do Bacharelado em Saúde Pública da FSP e atualmente integrante do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e Atenção Primária da FMUSP, os profissionais  do programa de Saúde Coletiva e da Atenção Primária da FMUSP receberam a bolsa-salário no sábado (8), junto aos residentes ingressantes, mas ainda falta receber o retroativo do mês de março. “Mesmo assim, isso ainda não muda a paralisação e nem o indicativo de greve”, afirma a residente.

Na segunda-feira, dia 10 de maio, às 14h, os residentes do Distrito Federal fizeram um ato em frente ao Ministério da Saúde para uma demonstração pública da situação dos residentes e também para protocolar, presencialmente, uma Carta de Greve junto ao Ministério da Saúde, com as pautas e reivindicações. 

No dia 11 de maio houve uma mobilização  nacional dos residentes  com tuitaço e atos locais durante toda a manhã e às 15h,  a Live da greve.

Ainda no dia 11 de maio, foi realizada assembleia com os residentes dos dois programas (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e Atenção Primária e da Residência em Medicina Preventiva e Social) para reavaliar o cenário e continuação do movimento.

Houve a deliberação de realização da paralisação de forma parcial, ao mesmo passo da garantia de direitos, mantendo as atividades onlines e suspendendo as atividades presenciais propostas até o dia 14 de maio, momento em que haverá uma Assembleia Nacional dos Residentes em Saúde com pauta de manutenção da greve nacional. Os os plantões no NUVE serão mantidos em apoio aos colegas da Medicina Preventiva e Social.

No dia 14 de maio está programada a plenária de reavaliação do movimento. É possível acompanhar a programação no perfil do Instagram https://www.instagram.com/fnrs2021/, onde o FNRS divulga também os boletins diários.

Em carta da greve nacional de trabalhadores residentes em saúde, os profissionais alegam a banalização quanto ao atraso das bolsas-salário, com repetição dos atrasos de forma crônica nos últimos anos pelo Ministério da Saúde. 

Já os residentes da FMUSP deliberaram paralisação nos dias 10 e 11 de maio, com devidas programações que inclui a plenária com indicativo de greve e reavaliação do cenário da luta local e nacional no dia 11 de maio.

Leia a carta da greve na íntegra neste link.

Leia a carta dos residentes da FMUSP neste link