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Bebês no 1º ano de vida têm proteção contra malária, mostram dados do Estudo MINA publicados na revista científica PLOS

Em mais uma etapa do “Estudo MINA – materno-infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia ocidental brasileira”, os levantamentos realizados com 1539 crianças no município de Cruzeiro do Sul (AC) constatou que os bebês estão relativamente protegidos da malária durante o primeiro ano de vida. Depois desse período, porém, os casos de infecção voltam a aumentar e tornam as crianças mais suscetíveis à anemia, condição que pode comprometer o desenvolvimento infantil justamente porque é o período crítico do desenvolvimento neurológico. 

O estudo de base populacional busca identificar os determinantes da saúde materno-infantil nos primeiros mil dias de vida da criança. Os problemas são encontramos em outras regiões do Brasil e em países de baixa e média renda. Porém em Cruzeiro do Sul, há o fator adicional de ser uma área endêmica de malária. 

Os pesquisadores acreditam que a menor prevalência de malária no primeiro ano de vida pode estar associada com a transferência de anticorpos maternos ao longo da gestação. Segundo eles, a anemia na infância é uma condição preocupante: na maioria dos casos, está associada à deficiência de ferro, e pode comprometer o desenvolvimento físico e neurológico, principalmente quando ocorre dos nove meses aos dois anos de idade.

Os resultados, publicados no dia 15 de julho na revista científica PLOS Neglected Tropical Diseasesestão detalhados na matéria do jornalista André Julião, publicada no site da Agência Fapesp e também na matéria do Jornal da USP, sobre como a doença é negligenciada.