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Novas concepções de surdez são temas de pesquisa na FSP-USP

Imagem: Site do periódico “Cadernos de Saúde Publica” da FIOCRUZ.

Identificar como as concepções orgânico-biológica e a socioantropológica. se expressaram nas políticas de saúde voltadas às pessoas com deficiência auditiva/surdez no Sistema Único de Saúde (SUS), foi o objetivo da Tese de Doutorado “Políticas de saúde e concepções de surdez e de deficiência auditiva no SUS: um monólogo?”, de autoria da fonoaudióloga Carla Soleman, sob a orientação da Profa. Aylene Emilia Moraes Bousquat, docente do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e que foi tema de artigo publica na Revista “Cadernos de Saúde Pública” (CSP) da FIOCRUZ.

O foi selecionado também para uma entrevista com os autores no “CSP Cast”, o Podcast dos Cadernos de Saúde Pública e foi tema do Episódio “CSPcast#21 – Concepções de Surdez e deficiência auditiva no SUS”. Participaram do programa as pesquisadoras Carla e Aylene, além da condutora da entrevistra,  Bárbara Goular, professora associada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pesquisadora do CNPQ e editora associada do CSP.

A pesquisa foi realizada de forma documental com foco nas políticas de saúde voltadas à deficiência auditiva/surdez de 1990 a 2019. Os documentos (n = 185) foram identificados na Biblioteca Virtual em Saúde e no Sistema de Legislação da Saúde. Desses, foram selecionados 11 que versavam sobre normativas de implementação tecnológica ou ação prática na assistência com foco na deficiência auditiva/surdez, os demais tinham caráter fundamentalmente pontual.

Os resultados evidenciaram que todas as políticas analisadas foram pautadas na concepção orgânico-biológica, pois nenhuma referência às particularidades linguísticas e culturais do surdo foi identificada.

Os autores concluem que “essa lógica pode contribuir para dificultar o acesso dessa população ao sistema de saúde, especialmente ao aumentar a barreira comunicacional”. “Para que de fato se cumpram os princípios doutrinários do SUS é central que as políticas de saúde incorporem os aspectos socioculturais, refletindo em suas formulações o surdo como um cidadão que apreende o mundo pelas vivências e experiências prioritariamente visuais, no qual a língua de sinais é elemento central”, completam as pesquisadoras.

Ouça a entrevista no CSPcast, pela plataforma Spotfy: https://spoti.fi/3gJD6eD

Veja matéria publicada no Twitter do CSPcast: https://bit.ly/3t6nxCI

Veja matéria publicada no Face do CSPcast: https://bit.ly/3t5TH11

Acesso o artigo pelo link: https://bit.ly/3t23t4q

Mais informações com Profa. Auylene , pelo e-mail: aylenebousquat@usp.br

Foto da homepage: de Darelle por Pixabay