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Gestão do conhecimento e da saúde na Universidade durante a pandemia é exemplo a ser seguido por esfera federal, defende diretor da FSP-USP em artigo

A pandemia de COVID-19 foi acompanhada de perto pela Universidade, que produziu extenso conhecimento, apesar da catastrófica gestão federal que levou a crises coletivas e individuais em toda a sociedade. Em artigo publicado no Jornal da USP, José Leopoldo Ferreira Antunes, professor e diretor da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, faz uma reflexão sobre a gestão do conhecimento e da saúde na maior universidade pública do Brasil.

Antunes mostra que a USP participou de cerca de um quarto de todos os estudos sobre COVID-19 realizados no País, indexados internacionalmente. A Universidade se rearranjou em poucos dias, colocando toda a sua comunidade em trabalho remoto, sem atraso no calendário escolar. Professores e alunos se adaptaram ao novo formato de aulas; foram distribuídos softwares, kits de acesso à internet e equipamentos para estudantes com dificuldades de conexão.

Durante a pior experiência coletiva de nossa geração, foi difícil qualificar a gestão da pandemia na esfera pública federal: “Um horror; deu tudo errado, até o que não podia acontecer, aconteceu. Do envio para o Amapá das vacinas destinadas ao Amazonas, à crise no abastecimento de oxigênio. Incompetência, má-fé, dolo – o que justifica interromper o monitoramento de casos, a oposição à vacina, a promoção de tratamentos ineficazes? Quantos casos poderiam ser evitados por meio da gestão; quantas vidas teriam sido salvas!”, escreve Antunes.

Gestão do cuidado com as pessoas. Promoção da saúde, produção científica, dedicação ininterrupta ao ensino. Nesses dois anos, a USP se manteve no caminho correto, jogou no time da proteção social. Que sirva de exemplo para nossos governantes”, afirma o professor.

“A Universidade e a gestão da pandemia”, publicado no dia 27 de julho de 2022, na seção “Artigos” do Jornal da USP, pode ser lido na íntegra aqui.

 

Fonte: Jornal da USP