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Novo curso de difusão aborda intersetorialidade e integração territorial de políticas sociais

A Faculdade de Saúde Pública (FSP-USP), a Escola de Enfermagem (EE-USP) e a Faculdade de Educação (FE-USP) anunciam a abertura de inscrições para o curso “Educação, saúde e assistência social: redes complementares na proteção social básica”, entre os dias 15 e 27 de julho.

O curso é direcionado a profissionais dos serviços de educação, saúde e assistência social, estudantes de pós-graduação e terá 90 horas de duração, sendo 60 horas teóricas e 30 horas práticas. Ele acontecerá na FSP-USP às quintas-feiras, entre 19h e 23h, no período de 10 de agosto a 14 de dezembro de 2023.

O curso é desdobramento do projeto “Inovação e Políticas Sociais: Integração de Conhecimentos na Formação Interdisciplinar no Território”, financiado pela Pró-Reitoria de Graduação da USP, e desenvolvido pelas três unidades da USP que organizam o curso. Esta parceria se iniciou em 2020, por demanda da rede de escolas públicas que constitui o Núcleo de Avaliação Institucional da Faculdade de Educação (NAI-FEUSP), na busca por construir respostas ao desafio multidimensional trazido pela pandemia de COVID-19.

Sobre o papel das escolas e sua possibilidade de articulação, Sonia Kruppa, professora da Faculdade de Educação da USP e coordenadora do NAI-FEUSP, menciona que “a escola está presente nos territórios urbanos com significativa capilaridade – muitas vezes como a única materialização dos direitos sociais que, embora consagrados em lei, estão distantes da população que vive nas periferias urbanas e nos bolsões de pobreza”, afirma.

O curso aposta na reunião de saberes acadêmicos e cotidianos, constituídos na própria execução das políticas públicas de proteção social básica e tem dois objetivos centrais, a colaboração com a articulação intersetorial entre as políticas de educação, saúde e assistência social nos territórios de seus equipamentos e serviços locais, e a percepção de especificidades que possam colaborar na construção em contextos específicos.

“Ótimos exemplos de articulação intersetorial iniciam localmente, pela aproximação de equipamentos em torno de demandas específicas”, comenta Leonardo Musumeci, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. “Pensando nisso, a proposta busca, recapitulando a longa experiência de territorialização do campo da saúde, inicialmente, compreender os territórios para, então, buscar adaptar os serviços a eles”, afirma.

O curso também se propõe a articular formação inicial e continuada de estudantes de distintas graduações da universidade, além de profissionais que trabalham em equipamentos públicos da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

“Apesar de estudos e experiências de gestão pública demonstrarem a importância da gestão intersetorial de políticas em áreas sociais, as práticas acadêmicas de formação e a atuação profissional ainda se mantêm relativamente isoladas”, ressalta Cleide Lavieri Martins, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP.

A participação de estudantes de graduação na formação se dará pela matrícula via sistema JupiterWeb na disciplina PRG0021, de mesmo nome.

Para mais informações e acesso às inscrições, acesse: http://sites.usp.br/naifeusp/prg-0021-2