O podcast Saúde é Pública irá abordar em nova minissérie temas de saúde ligados ao contexto feminino. No episódio 48, primeiro de uma sequência de três episódios sobre a temática, a professora Simone Diniz, do Departamento de Saúde, Ciclos de Vida e Sociedade, analisa o parto no Brasil, onde o alto número de cesarianas é considerado um problema de saúde pública.

Do total de partos realizados no país, 57% são do tipo cesárea. É a segunda maior taxa do mundo, ficando atrás apenas da República Dominicana (58%). A situação, além de onerosa para o sistema de saúde, não é o tipo mais saudável de nascimento. Há inúmeras evidências científicas mostrando os benefícios do parto normal ou natural. Em países europeus, a taxa de cesárea é de aproximadamente 26%. 

De acordo com a professora Simone, a alta taxa de cesarianas no país pode ser considerada uma questão cultural, já que, historicamente, “a assistência ao parto tem sido descrita como abusiva e violenta”. Sendo assim, muitas mulheres acreditam que “a cesárea é uma forma de escapar dessa experiência negativa”, afirma Simone.

Simone desmistifica algumas questões ligadas ao parto vaginal e discorre sobre as evidências científicas que mostram cada vez mais os benefícios do parto natural. Ela comenta também algumas políticas públicas  em vigor, como o programa Parto Adequado, criado em 2004 com o objetivo de promover modelos humanizados de atenção ao parto e nascimento.

No próximo episódio da série, a pesquisadora Andrea Del Pilar vai falar sobre contraceptivos injetáveis.

Ouça a entrevista na íntegra na sua plataforma de áudio favorita. O “Saúde É Pública” está disponível em diversos aplicativos, incluindo Spotify, Anchor e Youtube.

Saúde É Pública
Episódio 48: Parto e nascimento: por que o Brasil faz tanta cesárea?
Com Simone Diniz