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FSP-USP recebe evento com jovens das comunidades de Paraisópolis e Heliópolis

No dia 24 de agosto, das 15h às 18h, a Faculdade de Saúde Pública (FSP-USP) recebeu evento com 22 jovens e convidados das comunidades de Paraisópolis e Heliópolis, localizados na zona sul de São Paulo. A apresentação e roda de conversa aconteceram na Sala Paulo Fortes. Por fim, foi servido um coffee break, oferecido pela Nutri Jr, empresa júnior do curso de Nutrição da FSP-USP, no subsolo do prédio da biblioteca.

O encontro marca o encerramento de dois cursos de extensão oferecidos nas comunidades. As atividades foram realizadas no contexto de uma pesquisa sobre a adaptação de jovens ao pós-Covid (FAPESP, proc.n. 2021/07399-2). Dentre os participantes do evento, estavam presentes os membros da ONG Pró-Saber (Paraisópolis) e do projeto De Olho na Quebrada (Heliópolis), observatório sobre políticas públicas na comunidade.

Como afirma o professor Leandro Giatti, do Departamento de Saúde Ambiental da FSP-USP, o projeto é importante por investigar as relações entre a dificuldade de acesso à educação, lazer e alimentação durante a pandemia e como a juventude criou respostas à esses problemas.

 

 

 

“Os jovens geralmente são tratados em um sentido marginalizado, mas nós entedemos que eles são também atores políticos e agentes de mudanças”, comenta o professor.

Rafael Silvestre Barros, morador de Heliópolis, um dos jovens que estava presente no projeto, contou que os encontros promovidos pelo grupo o fez pensar sobre várias questões relcionadas com a sua vida pessoal e com a pandemia. Ele acabou se distanciando de sua mãe, trabalhadora da saúde, durante a crise da COVID-19, pelo medo de contaminação.

“As vezes nós não temos tempo para refletir sobre a situações que vivemos e eu consegui fazer isso a partir das dinâmicas e dos encontros”, relata Rafael.

Luciana Bizzotto, pós-doutoranda em Saúde Pública pela FSP-USP, afirma que o diferencial da pesquisa é o seu caráter participativo. “A pesquisa propõe a escuta dos sujeitos, o que é muito desafiador e ao mesmo tempo transformador”, conclui a pesquisadora.