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Artigo da FSP-USP afirma que áreas verdes em Universidades podem amenizar problemas de saúde mental dos estudantes

O artigo Natural Environments in University Campuses and Students’ Well-being (em tradução livre: Ambientes naturais em campi universitários e bem-estar dos estudantes), recém-publicado na versão pré-print, identificou uma relação positiva entre a quantidade de vegetação do campus universitário e o bem-estar e a saúde mental de seus alunos. O estudo realizado pelas pesquisadoras do Programa de Pós-Graduação em Saúde Global e Sustentabilidade da Faculdade de Saúde Pública (FSP-USP) Helena Ribeiro, Keila Santana e Sofia Oliver teve como objetivo buscar soluções coletivas para a prevalência e a gravidade de transtornos de saúde mental dos estudantes, como depressão e ansiedade.

As autoras conseguiram identificar essa relação através de uma sistemática revisão de literatura, com buscas nas bases de dados Web of Science, Scopus, LILACS and SciELO, delimitando com as seguintes palavras chaves: “green areas” (áreas verdes) e “university campus” (campus universitário) e “mental health” (saúde mental). Com essas ferramentas, elas conseguiram identificar 32 artigos, dos quais somente dois artigos foram publicados antes de 2015, o que mostra que esse assunto ainda é um campo de estudo recente na literatura científica, como mostram dados nos gráficos abaixo.

A partir da análise deste vasto material bibliográfico, as pesquisadoras concluíram que existe uma relação benéfica entre o uso de espaços verdes nos campi universitários e o bem estar da saúde mental de seus estudantes, que pode ser explicada por diversos fatores, como a redução do ruído do tráfego rodoviário e o aumento da atividade física e coesão social. Apesar dos benefícios encontrados em seu estudo, elas também afirmam que os ambientes naturais do campus são amplamente subutilizados em programas ao ar livre e sugerem alguns programas e intervenções que utilizem essas áreas para restauração e alívio do estresse dos alunos, como a presença de jardins sensoriais terapêuticos, atividades florestais e janelas com vistas para a vegetação.

Para conferir o artigo na íntegra, acesse.

 

Estudos realizados sobre o assunto entre os anos 2009 e 2013 [Imagem: Reprodução/Artigo]

Estudos realizados por países sobre o assunto entre os anos 2009 e 2013 [Imagem: Reprodução/Artigo]