Em 2024 é celebrado os 40 anos da criação de um programa pioneiro e inovador, resultado da confluência brasileira entre o feminismo e o movimento da Reforma Sanitária: o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM). Para refletir sobre os avanços e retrocessos do programa, a FSP-USP promove uma série de seminários. A programação começou no dia 08 de março e prossegue nos dias 12 e 19 de março, com encontros na sede do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde (na rua Bartolomeu Zunega, 44, em Pinheiros).

Outros eventos marcam as celebrações durante todo o mês de março, com a realização da FSP-USP em parceria com a Faculdade de Medicina (FMUSP) e Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. 

O encontro será pautado por algumas perguntas norteadoras: Quatro décadas depois, como estão as políticas de assistência à saúde da mulher, e qual o panorama da atenção à contracepção, aborto, gravidez, parto e pós-parto, a morbimortalidade materna, a saúde mental, a sexualidade, os cânceres femininos, entre outras?  Em que pontos avançamos, e em quais estagnamos ou mesmo retrocedemos? O que queremos em termos de políticas públicas de saúde para nosso presente e nosso futuro?

Vale ressaltar que o PAISM é um programa inovador em sua criação em muitos sentidos. Trouxe o conceito de integralidade na assistência à saúde, anos antes da criação do Sistema Único de Saúde, tendo o conceito sido consagrado como um dos princípios do SUS. O PAISM questionou a ênfase dada apenas à vida reprodutiva (em especial o foco “materno-infantilista”) na saúde da mulher. 

Em seu desenvolvimento, trouxe um conjunto amplo de questões de saúde relativas a todas as fases da vida: a sexualidade, as questões de saúde mental e ocupacional, a violência institucional e por parceiro íntimo, entre outras, enfim, tudo que diz respeito à saúde da mulher e sua assistência. Também considerou as diferenças entre as mulheres, de raça/cor da pele, geração e classe social, desde suas origens.

Passados 40 anos, como estão as políticas de assistência à saúde da mulher, e qual o panorama da atenção à contracepção, aborto, gravidez, parto e pós-parto, a morbimortalidade materna, a saúde mental, a sexualidade, os cânceres femininos, entre outras? Em que pontos avançamos, e em quais estagnamos ou mesmo retrocedemos? O que queremos em termos de políticas públicas de saúde para nosso presente e nosso futuro?

Programação

 TERÇA FEIRA 12/03/2024  

• 18h: Heloísa Buarque: Roda de conversa “Natureza / Cultura” 

TERÇA FEIRA 19/03/2024 

• 17h – 19h: Oficina: “Qual o papel do diafragma na contracepção atual?” com Simone Diniz e Flávia Pires