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Abrasco se posiciona sobre o uso do critério de ineditismo na recusa de artigos derivados de teses e dissertações

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco),  por meio do Fórum de Editores, divulgou em seu site uma nota de posicionamento sobre a publicação científica no que se refere ao uso do critério do ineditismo na recusa de artigos derivados de teses e dissertações.

“A Abrasco, através do Fórum de Editores de Saúde Coletiva, posiciona-se contrariamente às práticas editoriais que acarretam barreiras ao depósito de produções acadêmicas em repositórios institucionais, pois elas comprometem a democratização do conhecimento, incentivam periódicos predatórios e contradizem os princípios da ciência aberta. Defendemos que a disseminação livre de teses e de dissertações — longe de ser um obstáculo — é parte essencial das melhores práticas de pesquisa, ensino e impacto social da ciência, bases que fundamentam a comunicação científica”, diz trecho da carta.

O documento é resultado de discussões entre pares do Fórum, devido ao fato de que algumas revistas têm recusado artigos elaborados a partir de dissertações e teses, por considerar, a partir do critério de ineditismo, que eles constituem plágio do próprio autor (autoplágio).

Em razão disso, foi iniciada uma prática por parte de concluintes de mestrado/doutorado, com assentimento dos programas de pós-graduação, de deixar o texto da dissertação/tese não disponível por um tempo determinado, para possibilitar a publicação dos artigos nesse meio tempo, sem incorrer no risco de cair no autoplágio.

Desta forma, o Fórum de Editores da Abrasco, compreendendo esse movimento como preocupante, dialogou e elaborou a carta, no sentido de se posicionar contrária a essa prática.

O documento pode ser lido na íntegra aqui.