A  |  A+ |  A-
Projeto de pesquisa da USP trabalha junto com a Polícia para investigar novas drogas sintéticas

Iniciativa inédita vai promover intercâmbio entre universidades e polícias, favorecendo o desenvolvimento de pesquisas conjuntas (Imagem: Divulgação INSPEQT)

Maurício Yonamine, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (FCF-USP), iniciou recentemente sua pesquisa em união com a Unicamp e a Polícia Federal para identificar as Novas Substâncias Psicoativas (NSP) e criar uma rede de conhecimento e monitoramento delas. O projeto INSPEQT (Investigação de Novas Substâncias Psicoativas em Química E Toxicologia Forense) está acontecendo graças ao edital da FAPESP do Programa de Cooperação Acadêmica em Segurança Pública e Ciências Forenses (PROCAD).

É um esforço conjunto das universidades e da perícia criminal para conhecer melhor as NSP e seus efeitos no corpo, a fim de impactar positivamente o combate ao tráfico e a segurança das pessoas. “As NSP têm desafiado as abordagens tradicionais de monitoramento, vigilância, controle e medidas de proteção à saúde pública com relação ao tráfico e abuso de drogas. Dificuldades específicas incluem a grande quantidade e diversidade de substâncias classificadas como NSP, a velocidade com que elas entram e saem do mercado ilícito, as diferentes formas de apresentação das drogas, a dificuldade de identificação química das NSP e o desconhecimento da potência e gama de seus efeitos tóxicos em usuários”, afirma o professor.

Os resultados da INSPEQT serão publicados em revistas internacionais, contribuindo com os avanços científicos da área, e também haverá a produção de eventos sobre a área forense. Além disso, o projeto colabora com a formação de recursos humanos de alto nível em ciências forenses e segurança pública, além do aprimoramento profissional e científico da equipe envolvida, formada por pesquisadores e peritos criminais.

Fonte: FCF-USP