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Mensagem do Reitor da USP sobre o retorno das atividades presenciais na USP

O interesse maior da USP é a proteção da vida e da saúde da comunidade

Iniciamos, nesta semana, o segundo semestre letivo dos cursos de graduação da Universidade, inicialmente de maneira remota na maioria das unidades, mas já vislumbrando número maior de atividades presenciais. Esse é um fato a ser comemorado, pois conseguimos, desde o início da pandemia, manter nosso compromisso com a sociedade e com nossos alunos, tanto os de graduação quanto os de pós-graduação, não frustrando suas aspirações.

Isto foi possível graças ao apoio de expressiva maioria de nossos servidores técnicos e administrativos e à dedicação e ao esforço de nossos docentes, além da compreensão dos estudantes, que, com grande empenho, mantiveram suas atividades, e, em muitos casos, ainda colaboraram, e continuam colaborando, com o desenvolvimento de ações junto à comunidade.

o é o correto falarmos em retomada dos trabalhos, porque a USP, de fato, não parou. No ano passado, conseguimos graduar um número de alunos de graduação similar ao de anos anteriores, a produção científica aumentou e, na pós-graduação, apesar das dificuldades das atividades práticas, a maioria dos estudantes está conseguindo cumprir seu programa, com pequenos atrasos até previstos pelas agências de fomento. Estes fatos devem ser amplamente propagados.

Curiosamente, a Universidade e, eu, em particular, estamos sendo duramente criticados por parte da imprensa pela posição prudente que foi adotada. A decisão de que apenas as pessoas imunizadas (que tenham recebido a segunda dose ou dose única da vacina há, pelo menos, 14 dias) retornarão às atividades presenciais está sendo considerada muito conservadora.

Esse posicionamento é de pessoas que desconhecem o funcionamento de uma instituição como a USP. Novamente, solicito o apoio da comunidade para ampla divulgação de nossas especificidades.

Inicialmente, deve-se destacar que temos quase 90 mil alunos, dos quais 60 mil na graduaçãoe que eles costumam participar, em um mesmo dia, de aulas com turmas com composições distintas, e, muitas vezes, em edifícios e Unidades diferentes. Nessas condições, os cuidados sanitários devem ser mais criteriosos. Tivemos exemplos negativos no exterior que não precisamos repetir.

Sabe-se, também, que pessoas mais jovens têm menos probabilidade de se infectar e, mesmo com o vírus, o desenvolvimento da doença geralmente é menos grave. No entanto, esses jovens podem ser vetores da transmissão para seus colegas, servidores, docentes, familiares e todas as pessoas de seu convívio, que, mesmo imunizadas, têm probabilidade de se contaminar e até desenvolver modos graves da doença.

Em resumo: estamos sendo prudentes porque o interesse maior da USP é a proteção da vida e da saúde de toda a comunidade.

Por fim, quero reforçar que a pandemia não está superada. O número de infectados e de óbitos diários ainda é grande. Dessa forma, os protocolos de biossegurança devem ser estritamente observados: uso correto de máscaras, higienização das mãos, distanciamento social e evitar aglomerações. A USP vai intensificar a divulgação da importância da vacinação e dos cuidados preventivos. Importante mencionar que as diretrizes estabelecidas pela Universidade podem ser alteradas conforme a evolução da doença e de suas variantes.

O cuidado individual é imprescindível para a prevenção de toda a população e, assim, para a superação da pandemia. Cuidem-se para que todos possam estar devidamente protegidos.

Vahan Agopyan, reitor da USP

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Mensagem enviada por: Gabinete do Reitor. Segue em conformidade
com a resolução 03 da CTI, que dispõe sobre a difusão de e-mails
para a comunidade USP.
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