Mariane Helen de Oliveira, doutoranda em Nutrição em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP) teve seu trabalho sobre nova curva de crescimento de altura para idade publicado na revista internacional American Journal of Human Biology no dia 10 de janeiro. O trabalho foi desenvolvido junto ao Laboratório de Avaliação Nutricional de Populações (LANPOP) da FSP-USP e assinado numa coautoria de Joana Araújo, da Universidade do Porto, e Elisabete Ramos, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, sob orientação do professor Wolney Lisboa Conde do Departamento de Nutrição da FSP-USP.
Intitulado “A new height-for-age growth reference and its efficiency in the classification of the nutrition status of multiethnic children and adolescents” (em tradução livre: Uma nova referência para crescimento de altura para ida e sua eficiência na classificação do status nutricional de crianças e adolescentes multiétnicos), o trabalhou apresentou pela primeira vez uma curva de crescimento de altura-para-idade construída com dados longitudinais de crianças e adolescentes multiétnicos. Além disso, o artigo também comparou a eficiência da nova curva em relação às curvas internacionais de crescimento de altura-para-idade.
Para realizar essa comparação, o trabalho utilizou 91.063 dados de 17.641 indivíduos de quatro estudos longitudinais: Young Lives (Etiópia, Índia, Peru, Vietnã), Millennium Cohort Study (Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte), ELANA – Estudo Longitudinal de Avaliação Nutricional de Adolescentes (Rio de Janeiro – Brasil) e EPITeen – Epidemiological Health Investigation of Teenagers in Porto (Porto – Portugal).
Como resultados, o estudo constatou que as curvas de crescimento MULT apresentaram meninos mais altos entre as idades de 5 a 14 anos e 16,5 a 20 anos e meninas mais altas entre as idades de 5 a 12 anos e 15 a 20 anos em comparação com as curvas do CDC e da OMS. A faixa etária de 2-5 anos apresentou a prevalência de déficit de altura mais próxima entre curvas de crescimento, variando de 7,07% a 7,97% e houve uma concordância quase perfeita entre a OMS e a MULT (CCC> 0,99 & K> 0,90) para esta faixa etária.
O trabalho de Mariane também foi premiado como o melhor na categoria Comunicação Oral, no XX Congresso de Nutrição e Alimentação & II Congresso Internacional de Nutrição e Alimentação, realizado nos dias 23 e 24 de setembro pela Associação Portuguesa de Nutrição.
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