O Dia de Ação Internacional Pela Saúde da Mulher (28 de maio) foi definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde em 1984, durante o Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos. Na ocasião, o tema da morte materna apareceu com toda a sua magnitude, exigindo ações para superar sua invisibilidade e a subnotificação dos agravos. Em 1987, a Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe propôs que, a cada ano, no dia 28 de maio, uma temática nortearia ações políticas para prevenir mortes maternas evitáveis e a Organização Mundial da Saúde (OMS) e países membros também assumiram compromissos para a redução da mortalidade materna , com a criação do Dia de Ação. 

Passadas essas décadas, como podemos avaliar os avanços nas tendências de óbito e na qualidade da informação? Porque continuamos com taxas altas e estagnadas? Qual o estado atual dos Comitês de Morte Materna e da vigilância de óbito, no Brasil e no mundo? Como o problema é agravado pela pandemia de COVID-19, tanto pela vulnerabilidade ao vírus (na comunidade e nos hospitais), quanto pelos disrupção dos serviços de saúde? Como fazer a vigilância do óbito no contexto da pandemia? Que dados temos, e quais as fontes? O que precisamos para proteger a segurança de profissionais e de pacientes e famílias no parto hospitalar neste momento? Como o contexto da pandemia muda a experiência das mulheres e suas famílias na relação com serviços? Qual o impacto da pandemia nos sempre frágeis direitos das mulheres no parto e pós-parto? O que as grávidas e suas famílias devem saber para atravessar esta crise de forma mais segura (ou menos insegura), física e emocionalmente?

11º webinar FSP-USP: “Saúde da mulher e mortalidade materna em tempos de COVID-19”

Data: 28/05/2020

Horário: 16-18h

Palestrantes:

Denise Niy – Editora, Doutora em Saúde Pública, integrante da ONG Parto do Princípio, facilitadora do Projeto APICE-ON e coordenadora do Grupo MaternaMente

Melânia Amorim – Médica, professora de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Campina Grande (PB) e professora da pós-graduação IMIP – UFPE

Sandra Valongueiro – Médica, mestra em Demografia (UFMG) e doutora em Sociologia (Universidade do Texas – Austin). Atualmente atua como pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva – UFPE

Mediação: Simone G Diniz, professora titular do Departamento de saúde e Ciclos de Vida, Faculdade de Saúde Pública.