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Documento extraído de congresso latino-americano de saúde global enfatiza urgência de firmar a APS na lógica pós-pandemia

O novo cenário político global e a nova realidade sanitária imposta pela pandemia de Covid-19 foi o mote das discussões do VII Congreso Latinoamericano y del Caribe de Salud Global, realizado no Chile nos dias 16, 17 e 18 de novembro de 2022. O evento, sediado na Escuela de Salud Pública de la Universidad de Chile, é promovido a cada dois anos pela Alianza Latinoamericana de Salud Global (ALASAG), da qual a Faculdade de Saúde Pública da USP é integrante.

O encontro teve como resultado a Declaración De Santiago Sobre Salud Global Y Diplomacia De La Salud En América Latin, documento que firma a posição de 13 instituições acadêmicas de 9 países das Américas Central e do Sul, quanto aos rumos das sociedades no contexto pós-pandêmico. 

 “A declaração assinada em 2022 retrata muito as discussões do encontro científico, realizado nos dois primeiros dias, em que se buscou apresentar caminhos para a Saúde Global da região, no período pós-pandêmico”, afirma a professora Helena Ribeiro, do Departamento de Saúde Ambiental, que esteve no evento representando o Programa de Pós-graduação em Saúde Global e Sustentabilidade da FSP-USP.

O documento assinado pelas instituições incentiva os governos sul americanos a atuar regionalmente de forma multilateral, discutindo e priorizando problemas e desafios comuns, buscando o cumprimento em especial do ODS 3 (Saúde e bem-estar), tendo por base a estratégia de Atenção Primária à Saúde (APS), bem como pautando a Agenda 2030 e os 17 ODS. É necessário a busca de  “um novo modelo de produção da saúde, com base na estratégia de Atenção Primária à saúde e com ênfase na promoção, prevenção e atenção à saúde, e que promova a ação intersetorial para atender à determinação social”, traz o texto.

O documento enfatiza a importância dos determinantes sociais da saúde e o compromisso de  “não deixar ninguém para trás”.  “A ALASAG está totalmente mobilizada para apoiar os esforços regionais nesta direção (…) Sabemos que a saúde individual e coletiva é totalmente dependentes de causas que transcendem a esfera indivíduo-doença, e que se localizam nas condições políticas, sociais, econômicas e ambientais em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e morrem – os determinantes sociais da saúde”, traz o texto. 

Acesse o documento na íntegra.

Mais informações sobre o congresso.