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Pesquisa identifica prevalência de multimorbidade e aponta estratégias para reorganização da atenção à saúde

“Multimorbidade no município de São Paulo (SP): prevalência, padrões e fatores associados”, tese de doutorado recém-defendida por Ricardo Goes de Aguiar na FSP-USP, identifica padrões de multimorbidade no município de São Paulo (SP) e a associação com condições socioeconômicas, de saúde, estilo de vida e utilização de serviços de saúde.

Multimorbidade compreende a combinação de duas ou mais condições em saúde e é apontada como prioridade nas agendas dos formuladores de políticas públicas.

Ricardo Goes de Aguiar [Imagem / Arquivo Pessoal]

Orientada pelo Professor Chester Luiz Galvão Cesar, aposentado da FSP-USP, o trabalho identifica 22 condições de morbidades, sendo que 42,2% da população com mais de 19 anos de idade convivia com multimorbidade, segundo dados de 2015, mostra o estudo.

Segundo o pesquisador, as doenças são tratadas de forma isolada. Mas quando ocorrem sobrepostas, a condição pode levar à interação medicamentosa, trazendo efeitos adversos indesejáveis ou mesmo perigosos. Sendo assim, é necessário uma visão integrada dos profissionais de saúde para que seja oferecido um atendimento não apenas biológico, mas que também considere os determinantes sociais.

“A ideia dos estudiosos da multimorbidade é ver o indivíduo como um todo, tentando fazer um atendimento que considere desde a anatomia e a fisiologia até os determinantes sociais no indivíduo”, afirma o pesquisador, em reportagem do Jornal da USP.

 

Segundo o trabalho, o conhecimento da carga de doença e da complexidade do problema no município pode subsidiar a reorganização da atenção à saúde para os indivíduos com multimorbidade, pois é premente garantir o acesso a ações e serviços adequados às suas necessidades, como a transição para uma abordagem interprofissional centrada na pessoa.

Acesse aqui a matéria do Jornal da USP e clique aqui para ter acesso à tese na integra.