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Pesquisa da FSP-USP sobre poluição do ar é tema de reportagem da Agência FAPESP

Thiago Nogueira, professor do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública, e outros pesquisadores da USP estão elaborando mapas que indicam as regiões da cidade de São Paulo com os maiores índices de poluição atmosférica e os períodos de pico de emissão. Esses pesquisadores conseguiram identificar a concentração de material particulado a que motoristas e passageiros estão expostos na cidade em diferentes trajetos e horários através do uso de equipamentos portáteis, como contadores de partículas a laser e aparelhos de GPS instalados em carros.

Os resultados revelaram que os moradores da região oeste da capital estão expostos a uma concentração maior de um poluente atmosférico chamado carbono negro, enquanto as regiões com melhores condições de qualidade do ar possuem uma maior concentração de áreas verdes. Em contrapartida, as regiões com qualidade intermediária do ar tinham maior presença de edifícios altos.

O projeto também realizou uma comparação entre os níveis de exposição a material particulado em dez cidades globais, incluindo São Paulo. Através dessa comparação, observou-se que os níveis de exposição atmosférica nos meios de transporte em São Paulo foram menores do que os registrados nas outras nove cidades participantes, localizadas na África, na Ásia e na América do Sul.

“Temos no Brasil o Proconve [Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores], que vem, a cada etapa, estabelecendo a exigência do uso de combustíveis mais limpos e motores mais eficientes no país”, explica o professor, citando uma das razões para essa diferença de São Paulo em relação a outras cidades.

Alguns dos resultados dos projetos foram apresentados durante um painel de apresentação de oportunidades de estudos sobre cidades inteligentes realizado nesta terça-feira (09/04), na abertura da FAPESP Week Illinois, em Chicago (Estados Unidos). O encontro tem como objetivo criar oportunidades de cooperação científica e tecnológica entre pesquisadores do Estado de São Paulo e do centro-oeste norte-americano.

Para mais informações sobre o projeto dos pesquisadores da USP e do encontro, acesse a matéria da Agência Fapesp.