De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2024, o Brasil teve, em 2019, 177.929 mortes atribuíveis ao alto índice de massa corporal (IMC). Segundo o documento, as projeções mostram que metade das crianças (50%) brasileiras terão IMC muito elevado em 2035, além de aproximadamente 140 milhões de adultos convivendo com o excesso de peso no país, no mesmo período. Com o objetivo de enfrentar essa grave epidemia no Brasil, uma rede de 25 instituições e pesquisadores, incluindo a professora Cláudia Moreno, do Departamento de Saúde e Sociedade da Faculdade de Saúde Pública da USP, assinam um ofício encaminhado ao Secretário da Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Dr. Felipe Proenço, e ao Secretário da Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Dr. Adriano Massuda, encaminhado às autoridades no dia 21 de junho de 2024.
O objetivo do documento é propor uma melhor organização e coordenação dos cuidados da pessoa com obesidade no Sistema, além de vislumbrar o cumprimento da meta 3.4, do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3) da Agenda 2030 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é a redução em um terço das mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis.
O documento ressalta estratégias para prevenção e tratamento da obesidade; recomenda que o Ministério da Saúde revisite suas diretivas nas PORTARIA Nº 424, DE 19 DE MARÇO DE 2013 e PORTARIA Nº 425, DE 19 DE MARÇO DE 2013 relativas à Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade (LCSO), e estabeleça um plano de ação claro para atendimento das recomendações da OMS.
Além disso, o grupo pontua a necessidade de ampliação das equipes e-MULTI, apoia o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da obesidade, entre outras recomendações, na tentativa de “diminuição das filas na Atenção Especializada e hospitalar para cuidado da condição”.
O ofício é uma iniciativa do FórumCCNTs – Fórum Intersetorial das condições crônicas não-transmissíveis (CCNTs).
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