A Revista de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da USP publicou recentemente um estudo mostrando que, durante a pandemia de COVID19, houve um aumento da mortalidade fetal no país e uma estagnação na tendência de queda anterior, acentuando vulnerabilidades preexistentes no sistema de saúde brasileiro.
O estudo, realizado por pesquisadores de seis instituições brasileiras, avaliou a evolução da mortalidade fetal no Brasil entre 1996 e 2021. O artigo “Tendência espaço-temporal da mortalidade fetal no Brasil, 1996-2021” foi publicado no Volume 59 da revista. Confira mais detalhes no release.
A mortalidade fetal é um dos indicadores de saúde materno-infantil amplamente utilizados para analisar as condições de vida de uma população. Isto porque reflete a ocorrência de fatores vinculados à gestação e ao parto, condições de acesso a serviços de saúde e a qualidade da assistência prestada às mulheres durante a gravidez.
O Brasil é um país com grandes desigualdades regionais, o que pode impactar negativamente em diversos fatores, incluindo a mortalidade fetal. Fatores como o baixo nível de escolaridade materna, más condições de moradia e saneamento, dificuldade de acesso aos serviços de saúde e baixa qualidade da assistência pré-natal tendem a ser mais prevalentes em regiões mais pobres, como o Norte e Nordeste, de acordo com o artigo.
Acesse o estudo na íntegra aqui.
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Mariana de Carvalho Dolcci (Email: madolci@usp.br)