A dieta mediterrânea (DM) tem sido associada a diversos benefícios para a saúde, incluindo possíveis efeitos positivos sobre sintomas de depressão e ansiedade. Artigo recém-publicado no “Mediterranean Journal of Nutrition and Metabolism” mostrou que a maior adesão a essa dieta esteve associada a menores escores de depressão entre os participantes da pesquisa de uma Clínica de Nutrição da cidade de São Paulo.

Assinado por Lara Natacci, pós-doutora pelo Departamento de Nutrição da FSP-USP, sob a orientação da professora Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres, do mesmo departamento, o artigo é resultado da pesquisa de pós-doutorado de Lara, realizada nos meses de maio e junho de 2022.

Trata-se de um estudo transversal realizado com 199 adultos (média de idade = 31,35 anos; 71,36% mulheres), usuários de uma Unidade Básica de Saúde de São Paulo. Foram avaliados sintomas de saúde mental por meio do Inventário de Ansiedade e Depressão de Beck e a adesão à DM com um questionário de frequência alimentar com 78 itens. Também foram analisados padrões de sono. 

Os resultados mostraram que a maior adesão à DM esteve associada a menores escores de depressão. A ingestão de gordura saturada e a razão entre ácidos graxos monoinsaturados e saturados (MUFA/SFA) também se associaram significativamente aos sintomas depressivos.

A pesquisa indicou que pessoas com menor adesão à dieta mediterrânea apresentaram sintomas mais intensos de depressão e ansiedade. Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que são necessários estudos com amostras maiores para confirmar os achados.

Acesse o artigo na íntegra:
Mediterranean diet and mental health symptoms among Brazilian adults from a health care center
(https://doi.org/10.1177/1973798X251348259)