A  |  A+ |  A-
Estudante de Nutrição da FSP-USP apresenta trabalho sobre desertos alimentares em evento acadêmico na Holanda

A estudante Beatriz Inês Ricardo, do último ano do curso de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP), foi uma das cinco alunas selecionadas para representar a Universidade de São Paulo (USP) no evento Project Presentation Day, realizado no dia 16 de junho na Universidade de Groningen (Holanda). A participação foi resultado de sua destacada atuação no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC (PIBIC) e da Menção Honrosa recebida durante a edição 2024 do Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (SIICUSP).

Beatriz apresentou um pôster sobre seu trabalho intitulado “Tendência temporal de marcadores do consumo alimentar segundo exposição a desertos alimentares, entre 2015 a 2019”, sob a orientação da professora Bárbara Lourenço, do Departamento de Nutrição da FSP-USP, com a colaboração da pesquisadora e nutricionista Andressa Freire Salviano, doutora pela FSP-USP. O estudo foi financiado pelo PIBIC, do CNPq.

Beatriz (ao centro) junto com os representantes da USP no evento. Foto: arquivo pessoal.

Beatriz destaca que a escolha de estudar na FSP-USP foi motivada pelo interesse em compreender as dinâmicas da alimentação com um olhar voltado à transformação social. “Ingressar na Faculdade de Saúde Pública foi um acerto pois através dos conhecimentos adquiridos pelas disciplinas, extensões, Iniciação Científica e todas as oportunidades aqui ofertadas, pude fortalecer a noção da alimentação como um ato político, um direito de todos os indivíduos, e que deve ser ofertada de forma adequada e com qualidade”, afirma.

Ao concluir a graduação, a estudante sente que suas expectativas foram atendidas. “A Beatriz que queria promover uma ponte entre a comunidade acadêmica e a sociedade sai com a sensação de que é só o começo dos diversos caminhos que serão trilhados para esse fim, com a certeza de que sim, vale a pena lutar pelas políticas públicas da alimentação”, finaliza.

A pesquisa analisou os hábitos alimentares de crianças, adolescentes e adultos, de acordo com a exposição municipal a desertos alimentares — regiões com acesso limitado a alimentos saudáveis. Os resultados indicaram padrões alimentares desfavoráveis entre os indivíduos expostos, com destaque para a menor ingestão de alimentos in natura e maior presença de ultraprocessados nas fases iniciais da vida, o que pode impactar a formação de hábitos alimentares ao longo do tempo. Os achados reforçam a relevância de considerar o contexto dos desertos alimentares no planejamento de ações de promoção da saúde.