Artigo publicado no American Journal of Preventive Medicine por pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição (Nupens) estima que 57 mil pessoas morrem prematuramente a cada ano por consumirem alimentos ultraprocessados, o que corresponde a 10,5% de todas as mortes precoces de adultos entre 30 e 69 anos no Brasil. Além disso, o consumo desses alimentos está associado a duas mil mortes evitáveis por ano no Brasil. É a primeira vez que a ciência chega a uma estimativa de mortes prematuras atribuíveis ao consumo desses alimentos
Esses alimentos têm sido associados a um risco aumentado de doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT), como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer, bem como mortalidade por todas as causas.
Os professores Leandro Rezende e Eduardo Nilson, pesquisadores do Nupens e autores do artigo, foram entrevistados em reportagem publicada no Jornal da USP sobre a pesquisa. O estudo utilizou dados de mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) .
“O aumento de consumo de ultraprocessados está associado a 2 mil mortes evitáveis a cada ano. Para evitar esse aumento, o consumo deveria ter permanecido igual ao da década passada e não aumentado em 20%.”, afirmou o professor Eduardo Nilson.
O professor Eduardo Nilson afirma que, de acordo com dados de 2017/2018 do IBGE, houve um aumento de 20% de consumo de calorias vindas de ultraprocessados em relação ao mesmo tipo de levantamento realizado em 2007/2008.
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