O artigo “The environmental impact of beef and ultra-processed food consumption in Brazil” (em tradução livre: O impacto ambiental do consumo de carne bovina e de alimentos ultraprocessados no Brasil), recém-publicado no periódico Public Health Nutrition, da Cambridge University, identificou uma associação positiva entre o consumo de carne bovina e alimentos ultraprocessados com impactos ambientais, entre eles, o aumento da pegada de carbono e da pegada hídrica do Brasil. A publicação é de autoria de Gabriela Lopes da Cruz, aluna de doutorado do Programa de Pós-graduação em Nutrição em Saúde Pública, sob a orientação da professora Maria Laura Louzada, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.
O artigo analisou dados de compras de alimentos da população brasileira no período de 2017-18, explorando sua associação com impactos ambientais avaliados por meio das pegadas de carbono e hídrica. Foi investigado o efeito combinado do consumo de alimentos ultraprocessados e de carne bovina e seus impactos no meio ambiente.
Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados para avaliar a associação entre quintis de carne bovina e alimentos ultraprocessados nas em totais de energia adquirida e as pegadas ambientais, controladas por variáveis sociodemográficas.
O estudo também identificou que padrões alimentares com menor consumo de carne bovina e alimentos ultraprocessados apresentaram a maior redução nas pegadas de carbono e hídrica no país, concluindo que o alto consumo de carne bovina e alimentos ultraprocessados é prejudicial tanto à saúde humana quanto ao meio ambiente.
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foto na home: Mídia NINJA/CC