Sancionada há um ano, a Lei 14.448/2022 instituiu o Agosto Lilás como o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, fazendo referência à Lei Maria da Penha, assinada em agosto de 2006.
Para promover essa discussão, trouxemos nesta publicação uma das faces da violência de gênero: a fome!
As mulheres não são mais afetadas apenas pela insegurança alimentar em si, mas também por todas as suas repercussões, incluindo a violência.
Apesar de avanços, a desigualdade de gênero ainda se faz presente em nossa sociedade. Devido ao machismo estrutural, que coloca a mulher em posição inferior a do homem, está enraizada a violência de gênero, que pode ocorrer de forma física, psicológica, moral, patrimonial e sexual.
Muitos fatores associados à insegurança alimentar são os mesmos que aumentam a exposição de mulheres à violência:
Muitas vezes, a violência está presente nos locais que deveriam ser os mais seguros às mulheres: as próprias casas. Isso se tornou ainda mais preocupante durante a pandemia de COVID-19, quando o isolamento social foi obrigatório e muitas mulheres ficaram sem as suas fontes de renda.
Privadas de liberdade financeira e confinadas com seus agressores, essas mulheres se viram em um ambiente de insegurança e violência. Uma vez que o machismo estrutural mantém o homem como o provedor da renda familiar e a mulher como a responsável pela alimentação, esta é condenada pela escassez de alimentos, ainda que seja tão vítima quanto seu parceiro.
A fome e a violência de gênero possuem raízes muito interligadas, e a luta por suas erradicações só será possível com a consciência das desigualdades sociais e suas complexidades!
⚠️ Violência doméstica é coisa séria! Se você passa por isso ou conhece alguém nessa situação, ligue para a Central de Atendimento à Mulher no número 180 e denuncie!
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Post por Gabi Manzini (@gabi_pman) e Alisson Machado (@alissondmach).