Cópia de Transição agroecológica 2905

Transição agroecológica para sistemas alimentares mais sustentáveis

O modelo convencional de produção de alimentos, que predomina atualmente, caracteriza-se pela artificialização dos ecossistemas agrícolas, pautados no uso elevado de insumos químicos e agrotóxicos.

Diversos impactos socioambientais são decorrentes desse sistema de produção, levando a agroecossistemas desequilibrados e cada vez mais vulneráveis, especialmente às mudanças do clima.

Em contraposição a esse modelo, buscando resgatar e valorizar as funções ecológicas que a biodiversidade cumpre na natureza, surge a agroecologia.

A transição agroecológica, ao redesenhar os sistemas de produção, se apresenta como caminho promissor para que os sistemas alimentares consigam garantir disponibilidade e acesso a esses alimentos e, ao mesmo tempo, conservar os recursos naturais dos quais dependem para se sustentar.

Para fazer essa transição, é preciso reconhecer a importância dos agricultores familiares para a oferta dos alimentos que consumimos.

Estes produtores são responsáveis por grande parte do valor de produção de mandioca (80%), abacaxi (69%), feijão (42%), banana (48%) e café (48%), para citar alguns exemplos.

A agroecologia também é um movimento político, logo, a transição não acontece apenas na produção. É fundamental envolver gestores públicos, profissionais de assistência técnica e extensão rural, mercados, agentes financeiros, entre tantos outros.

É preciso reformular os mecanismos existentes, adotar novas práticas, premissas e modelos de negócio e re-equilibrar as relações entre os diferentes elos da cadeia de alimentos.

O estado de São Paulo possui uma importante política pública nesse sentido, o Protocolo de Transição Agroecológica. Criado em 2016, o protocolo tem o objetivo de promover boas práticas agroambientais e o uso sustentável dos recursos naturais. Em 2022, se instituiu o Certificado de Transição Agroecológica e Produção Orgânica em São Paulo, abrindo novos caminhos para seu reconhecimento no mercado.



Post por Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV, Gabriel Ferrari (@gabrieltoninf) e Letícia Maximiano (@leticia.maximiano).

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