Fome - Mulher negra

Se a fome tivesse um rosto, ele seria o de uma mulher negra

Em 2022, dados do II VIGISAN mostraram que mulheres e pessoas negras foram as mais atingidas pela fome no país.

Contudo, quando pensamos em uma perspectiva interseccional, ou seja, na interação entre sexo e raça/cor de pele, vemos que o pior cenário de insegurança alimentar foi encontrado em mulheres negras.

Vamos aos resultados publicados no último mês pela Rede PENSSAN?

No Brasil, o acesso pleno aos alimentos foi maior nos lares chefiados por homens brancos – 58,3%

Esse percentual caiu para 47,5% quando o lar era chefiado por uma mulher branca, e para 39,7% e 30,1% quando a pessoa de referência era um homem ou mulher negra, respectivamente

Veja essa representação no infográfico a seguir!

 

Para a insegurança alimentar grave, esses percentuais foram inversos. Quando observamos a prevalência para homens brancos, 7,8% enfrentavam a fome

Esse percentual aumentou para 13,5% para mulheres brancas e 14,3% para homens negros. Já para as mulheres negras, esse valor foi de 22,0%, ou seja, 14,2 pontos percentuais a mais em relação aos homens brancos.

Esses resultados mostram como o machismo e o racismo estruturais têm afetado a vida de mulheres negras de forma sistemática, impactando também o acesso a alimentos em quantidade e qualidade suficientes

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