Perspectiva

A dimensão da fome

O quão grande é um número como 33,1 milhões? Essa é a quantidade de pessoas que estão sendo deixadas para trás, com fome.
São 33,1 milhões de violações a um direito humano básico. Veja, a seguir, uma perspectiva sobre o número de famintos no Brasil.
⇒ 33,1 milhões é um número pouco maior que o TOTAL DE HABITANTES DAS 7 CAPITAIS MAIS POPULOSAS DO BRASIL
⇒ É muito semelhante à POPULAÇÃO DO PERU, o quarto maior país da América do Sul
⇒ Se dispuséssemos 33,1 milhões de pessoas em fila indiana, com meio metro disponível para que cada uma delas pudesse se movimentar, seria possível formar quase… 4 FILAS ENTRE OS PONTOS EXTREMOS DE NORTE A SUL  OU DE LESTE A OESTE DO PAÍS
⇒ Seria possível lotar o Estádio do Morumbi, o maior do Estado de São Paulo, 459 VEZES… e ainda sobraria gente do lado de fora
Essa é a dimensão atual da fome no Brasil!
#DMASustentarea acaba aqui com essa reflexão, mas a luta por um sistema alimentar mais justo e sustentável continua. Vem com a gente!

#DMASustentarea#DMA#WorldFoodDay

Post por Alisson Machado

Mudanças climáticas

Como as mudanças no clima comprometem a segurança alimentar e nutricional

Os sistemas alimentares atuais são insustentáveis porque, dentre diversos fatores, impactam diretamente o meio ambiente, colocando em risco a própria produção de alimentos e, consequentemente, a Segurança Alimentar e Nutricional.
E não se engane! As mudanças do clima não são um problema futuro. Elas já acontecem e já afetam a produção de alimentos, inclusive no Brasil. Veja abaixo o porquê.

O aumento da temperatura e a mudança no padrão de chuvas já têm afetado a produção de alimentos nos continentes localizados mais próximos à linha do Equador, como é o caso da América do Sul, África e sul da Ásia

O aquecimento global pode afetar a produção de frutas, legumes e verduras em todo o mundo, já que o calor excessivo é capaz de reduzir o crescimento desses alimentos e causar perdas e redução da qualidade nutricional
O aumento de CO2 na atmosfera também pode alterar a composição nutricional dos alimentos, com redução da quantidade de proteína, ferro e zinco

Ou seja, além de reduzir a produtividade, as mudanças do clima também afetam a qualidade do que tem sido produzido

EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS, como enchentes, inundações, ciclones, vendavais e ondas de frio, também afetam a produção de alimentos, já que há destruição de lavouras e perda da produção

E como as pessoas são impactadas?

De acordo com o relatório publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), haverá aumento geral nos preços dos alimentos, afetando ainda mais pessoas que já estão em situação de vulnerabilidade
Segundo o mesmo relatório, as mudanças do clima podem levar 183 milhões de pessoas à fome em todo o mundo nas próximas décadas

Por isso, o desenvolvimento de sistemas alimentares mais justos e sustentáveis é indispensável

Isso inclui práticas mais sustentáveis de produção de alimentos, diminuição de perdas e desperdício, e redução imediata da emissão de gases de efeito estufa e do desmatamento

Saiba mais sobre o impacto das mudanças do clima sobre a segurança alimentar baixando o relatório desenvolvido pelo IPCC em nossa referência abaixo!

#DMASustentarea#DMA#WorldFoodDay

Post por Alisson Machado

 

Referência:
Mbow C, Rosenzweig C, Barioni LG, Benton TG, Herrero M, Krishnapillai M, et al. Food security. In: Shukla PR, Skea J, Calvo Buendia E, Masson-Delmotte V, Pörtner HO, Roberts DC, et al. Climate change and land: an IPCC special report on climate change, desertification, land degradation, sustainable land management, food security, and greenhouse gas fluxes in terrestrial ecosystems. IPCC; 2019. p. 437-550.

Commodities

Porque tantas pessoas passam fome no Brasil

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos em nível global. Não à toa, ganhou a alcunha de celeiro do mundo. Apesar disso, 33 milhões de brasileiros passam fome. Contraditório, não?

Entenda o porquê desse paradoxo neste post!

Dentre diversos motivos, isso acontece porque o Brasil produz, sobretudo, commodities que são utilizadas para diversos fins que não a alimentação

Veja, a seguir, os alimentos que mais foram produzidos no país em 2021 (em toneladas)

Observe a grande diferença que existe entre os três alimentos mais produzidos e os demais do ranking

Só para se ter uma ideia, se produz quase 247 vezes mais cana-de-açúcar do que feijão no Brasil

Ainda considerando os três alimentos mais produzidos, boa parte é exportada, enquanto outra chega à mesa dos brasileiros como ingrediente (ex.: açúcar, óleo de soja, óleo de milho) ou como parte de alimentos ultraprocessados

Se em um primeiro momento a exportação desses alimentos parece ser positiva do ponto de vista econômico, devemos considerar também as suas consequências

De acordo com dados da plataforma Comex Stat, em 2021 o Brasil exportou cerca de 86,1 milhões de toneladas de soja – 63,8% do total produzido

Aqui entra a lei da oferta e procura. A soja está sendo exportada, mas a demanda no país continua a mesma. Logo, ela e seus subprodutos, como o óleo, ficam mais caros

Em 2021, o óleo de soja foi um dos produtos com maior aumento de preço

Agora, observe os dados sobre exportação e importação de arroz sem casca deste ano

Sim, é isso mesmo! O Brasil exportou pouco mais de 550 mil toneladas de arroz e precisou importar esse valor e um pouco mais apenas nos primeiros nove meses de 2022

Isso não apenas torna o alimento mais caro, mas também menos sustentável. Imagine todos os recursos naturais que foram utilizados nessa cadeia de produção, que é muito longa!

Tantas pessoas passam fome no Brasil porque, além da grande desigualdade social, o nosso sistema alimentar produz matéria-prima para a indústria

Parte dos alimentos que estão no dia a dia do brasileiro são exportados ou distribuídos de maneira desigual
Isso torna o alimento ainda mais caro em um período já marcado pelo aumento geral dos preços e perda do poder de compra

Saiba mais sobre o sistema alimentar brasileiro baixando o último número de 2021 da Revista Sustentarea em nosso site!

Post por Alisson Machado

#DMASustentarea#DMA#WorldFoodDay

Grupos alimentares

O que consegue comer quem passa fome

Você com certeza já escutou por aí que no Brasil não se passa fome ou que se dá um jeito para comer. Obviamente, isso não significa que essas pessoas não estejam em insegurança alimentar, até porque quem não come, não vive! 👀
Então, o que come quem está em situação de fome? 

Quem está em insegurança alimentar acaba tendo acesso reduzido aos alimentos tanto em quantidade quanto em qualidade

Vamos observar os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2017-2018.  Veja a diferença entre quem estava em segurança alimentar e quem passava fome
Se somarmos frutas, legumes e verduras, quem estava em insegurança alimentar grave tinha à disposição apenas 67 g/dia desses alimentos. Esse valor representa praticamente a metade de uma maçã
Vale lembrar que a recomendação de consumo de frutas e vegetais é de 400 g/dia para a OMS. Ou seja, essas pessoas não atingiam nem 20% da recomendação diária para esses alimentos
Se levarmos em consideração todos os grupos alimentares avaliados na pesquisa, quem estava passando fome tinha uma aquisição total de alimentos 113 kg menor do que quem estava em segurança alimentar. Isso representa 309 g a menos de alimentos todos os dias
O II VIGISAN (2021-2022) verificou se os entrevistados compraram ou não determinados grupos de alimentos nos três meses anteriores à pesquisa

Quase metade de quem estava em insegurança alimentar moderada ou grave não comprou alimentos básicos, como arroz (45,8%) e feijão (49,3%)

Esses percentuais são ainda maiores para outros grupos de alimentos – cerca de 64% para frutas, legumes e verduras e 70,4% para carnes

Os dados do II VIGISAN indicam a dificuldade de acesso até a alimentos da cesta básica, que ainda eram mais consumidos em 2017-2018, sinalizando o agravamento da insegurança alimentar no país

Não deixe de seguir a hashtag #DMASustentarea. Assim, você não irá perder nenhum conteúdo!

#DMASustentarea#DMA#WorldFoodDay

 

Post por Alisson Machado

Fome Brasil

Uma breve história da fome no Brasil

A fome é um problema social que aflige o Brasil há muito tempo. O país foi capaz de sair do Mapa da Fome da ONU em 2014, para o qual retornou oficialmente este ano, menos de uma década depois.
Apesar do impacto da pandemia de COVID-19, é importante entendermos que o aumento da pobreza e o desmonte de diversas políticas públicas foram fatores significativos para chegarmos a esse cenário.

Em quase 20 anos, nunca se passou tanta fome no Brasil.

 

A fome é uma mazela brasileira antiga

Antes mesmo do conceito de Segurança Alimentar e Nutricional existir, a fome já era tema de diversas obras: Os sertões (1902), de Euclides da Cunha; A bagaceira (1928), de José Américo de Almeida; e O quinze (1930), de Rachel de Queiroz, são exemplos da literatura que trataram sobre o tema no começo do século XX
Em 1946, Josué de Castro, médico e geógrafo pernambucano, publicou um clássico da literatura brasileira:

GEOGRAFIA DA FOME

Nessa obra, o autor já apontava que a fome era um problema decorrente da desigualdade social e econômica. Josué de Castro também foi revolucionário ao apresentar um mapa mostrando a distribuição da fome ao longo do território brasileiro

 

A fome continuou

Agora, vamos dar um salto temporal para 2004, ano em que a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) foi aplicada pela primeira vez na PNAD – Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios

Na época, a insegurança alimentar grave atingia 12,0% da população, ou seja, quase 22 milhões de pessoas

Essa situação mudou

Em 2013, a fome atingiu o seu menor patamar – 6,1%. A prevalência de insegurança alimentar grave foi reduzida pela metade em relação a 2004
Em 2014, mais uma conquista: o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU
Veja, ao lado, o gráfico com a evolução da (in)segurança alimentar avaliada pela EBIA

Mas, novamente, estamos no Mapa da Fome

Em 2018, a fome já havia aumentado no Brasil, atingindo 10,1% da população
Em 2022, 33,1 MILHÕES de brasileiros estão em insegurança alimentar grave
Em quase vinte anos, o brasileiro nunca passou tanta fome como agora

#DMASustentarea#DMA#WorldFoodDay

 

Por Alisson Machado

EBIA

Como avaliar a (In)Segurança Alimentar?

A definição do que é Segurança Alimentar e Nutricional evoluiu ao longo do tempo. Logo, a sua forma de avaliação também.
Há quase vinte anos, a forma mais aceita de se avaliar a (in)segurança alimentar no Brasil é a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA).

Abaixo, entenda o que é a EBIA e quais são os níveis de insegurança alimentar.

A EBIA é um questionário adaptado e validado especificamente para esse fim, e é utilizada em estudos há quase vinte anos
Atualmente, o instrumento possui 14 questões e é capaz de avaliar se o domicílio da pessoa respondente está ou não em segurança alimentar
Também é possível estimar o nível de insegurança alimentar, que é classificada em leve, moderada ou grave

Já sabe, né? Siga a hashtag #DMASustentarea para não perder nenhum conteúdo desta semana!

#DMASustentarea#DMA#WorldFoodDay

Por Alisson Machado

Dia da alimentação

Dia Mundial da Alimentação

Hoje, 16/10, é comemorado o Dia Mundial da Alimentação. A data foi escolhida em homenagem à criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e, mais do que nunca, representa um momento para refletirmos sobre essa prática que faz parte das nossas vidas desde que nascemos.

O tema da campanha deste ano é “Não deixar ninguém para trás”, fazendo referência a um problema que tem aumentado em todo o mundo nos últimos anos: a insegurança alimentar.

É pensando nisso que o Sustentarea trará pelo menos uma postagem por dia sobre o tema ao longo desta semana. Fique atenta ou atento e siga a hashtag #DMASustentarea para não perder nenhum conteúdo!

#DMASustentarea#DMA#WorldFoodDay

Post de divugação (2)

Intertemporada | #01 Sustentabilidade social

Já está disponível o 1º episódio da intertemporada 2022-2023 do podcast Comida que Sustenta. 

Neste episódio conversamos sobre a primeira mesa do Encontro Sustentarea: Sustentabilidade social: fome, desigualdades alimentares e sistemas agroecológicos

Aperta o play!

Post de divugação

encontro sustentarea

Programação no episódio

Visita Guiada

Alimentação saudável e luta pela terra: soberania e segurança alimentar no Armazém do Campo

Pamela di Christine
organizadora

Nutricionista e Mentora do Sustentarea
Saiba mais: armazemdocampo.shop/

Oficina Culinária

Mandioca: da raíz ao polvilho

Neide Rigo
Oficineira

Nutricionista, cozinheira e pesquisadora de alimentos brasileiros

Mesa temática | Sistemas alimentares e aspectos sociais

Mariana Hase Ueta
Mediadora

Mentora do Sustentarea e pesquisadora da Universidade Técnica de Dresden (Alemanha)

 
Semíramis domene
Palestrante

Professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Eryka Silva Galindo
Palestrante

Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça

leile teixeira
Palestrante

Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, com apoio da pró-reitoria de cultura e extensão Universitária da USP

 

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

O Sustentarea é coordenado por Aline Martins de Carvalho e Dirce Marchioni, professoras do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Edição

Larissa Leal

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Gabriele Bernardoni

Sustentarea na indicação ao prêmio de destaque profissional do CRN

A mentora do Sustentarea Ana Paula Branco do Nascimento e a coordenadora Aline Martins de Carvalho foram indicadas ao prêmio “Dra. Eliete Salomon Tudisco” – Destaque Profissional do Ano do Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-3).

Esta é uma premiação realizada desde 1993 pelo CRN-3, correspondente aos profissionais de São Paulo e Mato Grosso do Sul, para evidenciar o trabalho de um(a) nutricionista durante o ano anterior.

Em 2022, para entrar na indicação, o participante deveria trabalhar com algum dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Por isso, nossa mentora e coordenadora foram indicadas pelos seguintes projetos:

MULTIPLICA ODS – Aline Martins de Carvalho

A professora Aline Carvalho foi mencionada pelo desenvolvimento do “Multiplica ODS”, o qual tem por objetivo promover discussões e ações visando atingir os ODS, especialmente o ODS 12  – produção e consumo responsável.

O projeto intenciona atingir o público jovem brasileiro com acesso a internet partindo da compreensão de que este é um grupo engajado em promover mudanças em seu ambiente familiar, de estudo e de trabalho.

Para este propósito, foram elaboradas três iniciativas com formas de aprendizado e experiências diferentes:

  • Através do podcast ‘Comida que Sustenta’ foi criada uma temporada com 17 episódios, os quais abordaram cada um dos ODS, sua relação com os sistemas alimentares e como podem ser desenvolvidos na prática. Isto foi realizado por meio de entrevistas com chefes de cozinha, pesquisadores, ativistas de movimentos sociais, empreendedores, entre outros profissionais e especialistas.
  • Além disso, foi desenvolvido e ministrado um curso online e gratuito para jovens brasileiros sobre ODS e sistemas alimentares dividido em seis módulos. Cada um destes foi construído com as ODS que se relacionavam às temáticas propostas, tais como “dimensão social da sustentabilidade” e “dimensão econômica da sustentabilidade”. O curso foi idealizado com a colaboração de profissionais da academia e de organizações internacionais, bem como com materiais de apoio tais quais podcasts, vídeos, apostilas e formulários.
  • Para finalizar, em uma proposição mais prática e vivencial, foram organizadas visitas educativas e oficinas culinárias no Espaço de Práticas Integrativas em Sustentabilidade da USP. Estas discutiram temas como Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), Leguminosas, Mel e produção de alimentos.

HORTA DAS FLORES – Ana Paula Branco do Nascimento

O projeto coordenado por Ana Paula Branco do Nascimento promoveu ações com a comunidade que frequenta a Praça Alfredo Di Cunto, conhecida como Horta das Flores e contou com o apoio de graduandos dos cursos de nutrição e biologia, os quais dialogaram sobre aspectos nutricionais e ambientais de uma horta comunitária. 

O objetivo destas atividades foi proporcionar educação a este grupo sobre os ODS, principalmente, a importância de espaços verdes urbanos para atingir metas relacionadas à segurança alimentar.

Para isto, foram desenvolvidas 3 práticas.

  • Primeiramente, foi ensinado sobre a preparação do solo dos canteiros para o plantio de alimentos.
  • Em seguida, escolheram e cultivaram Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) demonstrando a sua importância na biodiversidade e segurança alimentar e nutricional.
  • Por fim, realizaram palestras que permitiram aos participantes trocarem experiências sobre a contribuição de hortas urbanas para a sustentabilidade.

Na última oficina, após uma exposição sobre biodiversidade de alimentos, PANC e sustentabilidade, houve degustação de PANCs cultivadas na horta, como ‘peixinho’ servido com patê de ora-pro-nóbis, e divulgação de uma cartilha com receitas doces e salgadas deste tipo de planta desenvolvida pelo grupo do projeto.

Quer saber mais sobre o projeto acesse: Destaque Profissional

Conheça também nosso podcast:

Este texto foi feito por mim,

Letícia Atademos de Oliveira, naturóloga, membra do Sustentarea e  graduanda em Nutrição.
Projetos - Ambiente alimentar

4 projetos que promovem ambientes alimentares mais saudáveis e sustentáveis

O que comemos é influenciado, dentre diversos fatores, por aquilo que está ao nosso redor – os ambientes alimentares. Portanto, é fundamental a promoção de ambientes alimentares que sejam mais saudáveis e sustentáveis.
Neste post, trouxemos 4 projetos que atuam nesse sentido. Confira!

Associação de Agricultores da Zona Leste

A associação, baseada em São Mateus, conta com 14 hortas distribuídas pela zona leste de São Paulo.

Os alimentos ali produzidos são comercializados em feiras orgânicas que acontecem na própria região. Confira os locais e as datas e não perca!

FAE - Feira dos Agricultores Ecologistas

Essa é para quem está em Porto Alegre!

A FAE existe há pouco mais de trinta anos e acontece todos os sábados no bairro Bom Fim, contando com 44 bancas de pequenos agricultores de 32 municípios do Rio Grande do Sul.

Eats for You

Delivery não precisa ser sinônimo de fast food, não é mesmo?

Aqui, todas as refeições são baseadas em alimentos in natura e minimamente processados e feitos em casa!

Acesse as redes sociais da plataforma e confira se a sua região já é atendida.

Raízs

Alimentos orgânicos direto na sua casa? É isso mesmo!

A Raízs funciona como um mercado que conecta pequenos produtores de alimentos ao consumidor final, promovendo circuitos de compra mais curtos.

Além da compra avulsa, também é possível adquirir cestas de alimentos, que são entregues periodicamente.

Você conhece mais alguma iniciativa semelhante a essas? Comente aqui!

Você também pode saber mais sobre ambientes alimentares baixando o último número da Revista Sustentarea! Não deixe de conferir!

Setembro amarelo

Agrotóxicos e saúde mental

Você sabia que há relação entre a exposição a agrotóxicos e prejuízos à saúde mental, incluindo suicídio? É este tema que trouxemos neste post para a campanha do #setembroamarelo. Veja abaixo o porquê disso.

Sabemos que o uso excessivo de agrotóxicos causa efeitos adversos à saúde… Mas o que poucos sabem é que os efeitos podem ser ainda mais graves nas pessoas que os manipulam, como os agricultores

Diversos estudos têm mostrado que as taxas de ideação suicida ou mesmo suicídio são maiores nos empregados da agricultura em relação aos trabalhadores de outras áreas

Mas não estamos falando de qualquer agricultor, e sim daqueles que estão expostos a agrotóxicos… E por que isso acontece?

Dois tipos de agrotóxicos – organofosforados e carbamatos – são inibidores da colinesterase
Essa inibição leva ao acúmulo de acetilcolina nas terminações nervosas, prejudicando o bom funcionamento do sistema nervoso
E, como consequência, pode haver o desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos, como depressão e ansiedade
Esses distúrbios podem levar, em última instância, à ideação suicida ou ao ato em si

Um estudo recente mostrou que a ideação suicida foi 2x maior em agricultores do Rio Grande do Sul que já haviam sido intoxicados por pesticidas em algum momento da vida

Resultado semelhante foi encontrado em agricultores de Minas Gerais

E O QUE PODE SER FEITO A RESPEITO?

⚠️ Saúde mental é coisa séria. Se você precisa se abrir, procure ajuda! Fale gratuitamente com o Centro de Valorização da Vida discando 188 ou pelo chat do site https://www.cvv.org.br/

Post por Alisson Machado

3 receitas com Puba

3 receitas com Puba

Você conhece a puba? É uma farinha feita com a massa da mandioca fermentada (ou pubada) e peneirada. Confira 3 formas diferentes de utilizar essa preparação em receitas!

Conta aqui para gente se você conhece mais alguma receita com puba 😉

ODS 17 Parcerias (11) (1)

ODS 17 | Parcerias e meios de implementação

Já está disponível o 16º episódio da segunda temporada do podcast Comida que Sustenta. 

Neste episódio conversamos sobre o ODS 17 – PARCERIAS E MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO

Aperta o play!

ODS 17 Parcerias (11)

Convidados

Lívia Machado Costa

Doutoranda na Universidade da Califórnia - Irvine. É fundadora e editora da Shumian, plataforma digital sobre a relação China e a América Latina.

Virginia Antonioli

Gestora ambiental (EACH-USP) e eng. ambiental (Universidade Anhembi Morumbi). Líder da agenda de Produção e Consumo Sustentável do WWF-Brasil.

Mônica Rocha

Nutricionista, consultora da Associação Brasileira de Nutrição, doutoranda em Nutrição em Saúde Pública pela FSP/USP e mentora do Sustentarea.

Materiais

Clique e saiba mais sobre os tópicos abordados em cada quadro do episódio!

Neste episódio abordamos uma notícia:

“Brasil ainda tem 35,5 milhões de pessoas sem acesso à internet”.

Para desvendar ponto a ponto, veja a matéria na íntegra | www.poder360.com.br/tecnologia/brasil-ainda-tem-355-milhoes-de-pessoas-sem-acesso-a-internet/

 

Saiba mais:

• Nexo Edu | www.nexojornal.com.br/edu/ 

Nexo Políticas Públicas | pp.nexojornal.com.br/ 

Nexo + Cátedra Josué de Castro | pp.nexojornal.com.br/parceiros/sobre/Ca%CC%81tedra-J.-CastroUSP 

Ponto Futuro | www.nexojornal.com.br/pontofuturo 

A falta de letramento digital na educação dos brasileiros – Época Negócios | epocanegocios.globo.com/colunas/Lifelong-Learning/noticia/2022/03/falta-de-letramento-digital-na-educacao-dos-brasileiros.html 

Quer saber mais sobre o ODS 17?

1. Publicação especial do Sustentarea sobre o ODS 17 | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/12/17/ods-17-parcerias-para-os-objetivos/

2. ODS 17 e as nossas parcerias | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/12/18/ods-17-e-as-nossas-parcerias/

3. Acompanhe as métricas no Brasil | odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=17

 

Outros materiais

Plataforma independente que busca aprofundar a relação entre a China e a América Latina | shumian.com.br/ 

Saiba mais:

• Acompanhe o Trabalho do WWF Brasil 
Instagram | www.instagram.com/wwfbrasil/ 
Site | www.wwf.org.br/

• Artigo “Measuring food systems sustainability in heterogenous countries: The Brazilian multidimensional index updated version applicability” | onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/sd.2376 

Receita | GRANOLA CASEIRA

 

Ingredientes:

2 ½ xícaras (chá) de cereais em flocos

Sugestão: aveia, arroz, centeio, quinoa, amaranto, flocos de milho

1 xícara (chá) de sementes

Sugestão: girassol, abóbora, gergelim, linhaça, 

1 xícara (chá) de castanhas

Sugestão: castanha-de-caju, do pará, amêndoa, baru ou amendoim 

1 xícara (chá) de frutas desidratadas 

Sugestão: uva passa, ameixa seca, banana passa

4 colheres (sopa) de óleo vegetal

Sugestão: azeite ou óleo de coco

4 colheres (sopa) de melado ou  2 colheres (sopa) de açúcar

temperos a gosto: canela, baunilha, etc

1 pitada de sal

 

Modo de Preparo:

1. Em uma travessa, espalhe todos os ingredientes e leve ao forno pré aquecido à 180ºC até que ela fique crocante e dourada, mexendo de vez em quando para que não queime;

 

Dicas:

• Ótima combinação para o café da manhã, junto com iogurtes, na salada de frutas ou com frutas amassadas e para o lanche da tarde;

• Boa opção para o lanche da tarde, acompanhada de mingau;

• Para a versão salgada, retire o melado/açúcar da receita e aumente o sal de acordo com o seu gosto e adicione especiarias como açafrão, pimenta, noz moscada;

• A versão salgada vai muito bem nas saladas, por cima do kibe.

 

Fonte: Mônica Rocha
Instagram | @comidacoisaetal/ 

 

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, com apoio da pró-reitoria de cultura e extensão Universitária da USP

 

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Danielle Freitas 

O Sustentarea é coordenado por Aline Martins de Carvalho e Dirce Marchioni, professoras do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Edição

José Vieira dos Santos Júnior

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Larissa Leal, Valentina Moreira e Gabriele Bernardoni

3 receitas com abacate 159

3 receitas com abacate

A safra de abacate está em alta neste mês de Setembro e para aproveitar esse alimento tão versátil trouxemos 3 receitas para você variar o consumo no dia a dia!

Viu só, super rápidas! Gostou? Aproveita para contar para gente outras formas que você gosta de usar o abacate em receitas!