Inserir um título (8)

Políticas Públicas no Brasil e Sistemas Alimentares

Ouça esse post na voz de Monica Rocha.

No Brasil e em outros países, ainda estamos caminhando na discussão sobre políticas públicas e sistemas alimentares.

Antes as políticas eram fragmentadas, visando problemas separadamente, quando começamos a pensar de uma forma mais sistêmica nos últimos anos, a discussão das políticas públicas para sistemas alimentares ganhou força.

As evidências mostram que nenhuma política sozinha vai dar conta de um problema.

Como por exemplo, da obesidade, que é multifatorial.

São necessárias políticas intersetoriais com ações integradas.

O tema que vamos abordar aqui está baseado no relatório “As cinco dimensões dos sistemas alimentares no Brasil”, produzido pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), que realizou uma revisão de literatura sobre o tema, indicando ações para sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.

Mas afinal do que estamos falando?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (2021):

  • mais de 1,9 bilhão de adultos estão acima do peso no mundo. Destes, mais de 650 milhões são obesos.

No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019) mostram que:

  • 41 milhões de brasileiros estão com obesidade, sendo 22% dos homens e 29,5% das mulheres adultas.

Por outro lado,

  • mais de 800 milhões de pessoas enfrentam a fome no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, 2021).

Uma pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN, 2021) aponta que:

  • 116,8 milhões de pessoas estão em insegurança alimentar no Brasil, sendo que 19,1 milhões passam fome.

Os sistemas alimentares são responsáveis por:

70% da água extraída da natureza,

geram até um terço de gases de efeito estufa

causam 60% da perda da biodiversidade.

Resumidamente, estamos falando de um cenário de sindemia global, que é a sinergia existente entre as três pandemias (desnutrição, obesidade e mudanças climáticas) que coexistem, interagem entre si e compartilham fatores sociais comuns entre suas causas e consequências.

Swinburn et al, 2019

Segundo Swinburn e colaboradores, para atuar nessas três pandemias, existem cinco ciclos que se retroalimentam. As políticas de uma dimensão conversam com as políticas de outras dimensões.

Por isso, a importância de políticas intersetoriais.

Para cada um dos cinco ciclos são sugeridas ações específicas. Vamos ver a seguir?

1. Dimensão dos negócios: as commodities de alimentos para exportação enfraquecem o abastecimento interno.

É necessário priorizar as necessidades de abastecimento do mercado interno, além de valorizar e incentivar a agricultura familiar, promover cadeias curtas de abastecimento e a agroecologia.

Atualmente, temos cinco principais culturas agrícolas que ocupam 70% da área cultivada no país, que são elas: soja, milho, cana, feijão e arroz (IMAFLORA, 2021).

Quando se prioriza a produção em poucos alimentos, isso resulta em uma padronização dos que as pessoas comem e em perda da biodiversidade.

2. Dimensão abastecimento e demanda: a desigualdade no acesso e oferta de alimentos não viabiliza uma alimentação saudável.

São necessárias políticas tais como:

  • a elaboração e implementação de uma política nacional de abastecimento alimentar,
  • garantia de acesso e oferta de alimentos saudáveis e
  • desoneração tributária para a produção e comercialização de alimentos básicos in natura.

Segundo estudos,

a redução do preço de frutas e hortaliças, tanto pelo apoio à cadeia de produção dos alimentos quanto por medidas fiscais, é um promissor instrumento de política pública capaz de aumentar a participação desses alimentos na dieta brasileira.

As previsões indicam que os alimentos não saudáveis se tornarão mais baratos do que os alimentos saudáveis em 2026.

Se reduzimos os preços de frutas, legumes e verduras, estimularíamos o consumo dos mesmos. Porém, observamos uma tendência do aumento ao acesso a alimentos ultraprocessados e cada vez mais baratos.

Algumas iniciativas públicas e da sociedade civil mostram como essas ações são possíveis, como por exemplo,

Projetos como esses são uma garantia da segurança alimentar e nutricional para as comunidades e se tornam uma fonte de renda para os trabalhadores.

Além disso, estimulam circuitos curtos de abastecimento, valorizam a agricultura familiar e a agroecologia.

3. Dimensão ecológica: a produção em larga escala, ligada ao uso intensivo de agrotóxicos, monocultura e pecuária extensiva colaboram diretamente para as mudanças climáticas.

Para mudar esse cenário, é fundamental a implementação de políticas e programas que

  • valorizem as espécies da sociobiodiversidade brasileira;
  • retomem e fortaleçam as políticas públicas de mitigação das mudanças climáticas;
  • e fomentem as práticas agropecuárias de baixo impacto ambiental, tal como: diversificação na produção, incentivo à agroecologia, medidas de controle e redução do uso de agrotóxicos.

A agroecologia avançou a partir de políticas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa de Alimentação Escolar (PNAE), que são exemplos de práticas intersetoriais que promovem o acesso aos alimentos.

Há exemplos de políticas que contribuem positivamente para se alcançar uma transição para um sistema alimentar sustentável, entretanto, também há retrocessos, como por exemplo, o aumento do uso de agrotóxicos no Brasil. As evidências mostram um aumento do uso e dos diferentes tipos de agrotóxicos.

4. Dimensão saúde: os sistemas alimentares hegemônicos que privilegiam a monocultura e o consumo de alimentos ultraprocessados estão adoecendo a população.

O que poderia ser feito?

Promoção e proteção do aleitamento materno e alimentação complementar

políticas e ações para o desincentivo ao consumo de produtos ultraprocessados

ações de educação alimentar e nutricional

políticas e ações para a promoção e proteção de ambientes alimentares saudáveis, por meio de medidas regulatórias (publicidade, rotulagem e taxação)

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNICEF detalhou práticas de exploração utilizadas pela indústria de fórmulas infantis estimada em 55 bilhões de dólares.

Segundo o documento, mais da metade dos pais, mães e mulheres grávidas está exposta a essas práticas de marketing abusivas que comprometem a nutrição infantil e violam compromissos internacionais.

Além disso, políticas e intervenções alimentares visando reduzir o consumo de produtos ultraprocessados devem considerar a influência dos supermercados no consumo desses produtos.

Um padrão de compra baseado no varejo tradicional constitui uma ferramenta importante para promover uma alimentação saudável no Brasil.

Machado et al,

Ou seja, os supermercados são o principal local de compra dos brasileiros. Destaca-se como esses locais são organizados de forma a induzir a aquisição de certos alimentos.

No caso das medidas regulatórias, os estudos indicam que tributação de bebidas adoçadas, a rotulagem frontal dos alimentos e a publicidade dos alimentos contribuem para sistemas alimentares mais saudáveis.

No Brasil, a rotulagem em formato de lupa foi aprovada em 2020 e pode ser considerada um avanço. Todavia, não existe nenhuma legislação nacional sobre a publicidade de alimentos, além dos diversos conflitos de interesse envolvidos nessa agenda.

5. Dimensão governança: retrocessos nas políticas públicas brasileiras voltadas à segurança alimentar e nutricional (SAN) e ao SISAN minam a transição para sistemas alimentares saudáveis.

Sugere-se:

  • a estruturação de mecanismos de descentralização de Segurança Alimentar e Nutricional para auxiliar estados e municípios a priorizar a transição para sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis;
  • definir um código de conduta e processos que previnam conflitos de interesse e a interferência privada nas decisões de interesse público, como espaços multi-atores (multistakeholders);
  • defesa do marco legal brasileiro alinhado ao atendimento de SAN e do Direito Humano à Alimentação Adequada.

Um exemplo de tais práticas com impacto negativo é a interferência de corporações no PNAE e o que ocorreu durante a Cúpula de Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas (ONU) com a participação da indústria.

Também podemos citar o caso da extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea),

Por fim, uma reflexão:

“Até o momento, nossa compreensão dos sistemas alimentares é incompleta”, afirma o especialista. A maioria dos dados existentes se concentra na agricultura – onde começa a cadeia alimentar. Na outra ponta dessa cadeia, as escolhas individuais e os padrões de consumo são fragmentados. Não temos uma imagem clara da porção intermediária da cadeia: o que está acontecendo entre a fazenda e a mesa?”

James Lomax, gerente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

Esse texto foi escrito por

Mônica Rocha, nutricionista, mestre em Políticas Públicas em Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz, consultora da ASBRAN, agente PNAE (CECANE UNIRIO), mentora do Sustentarea

cumaru

Receita: Curau com cumaru

Está na hora de conhecer essa semente incrível da Amazônia na sobremesa mais típica das festas de São João ou Festas Juninas!
Cópia de caponata Reels Caponata com coração de bananeira (1)

Ingredientes

    • 3 espigas de milho verde
    • 1 xícara de leite
    • 2 colheres de sopa de açúcar
    • canela em pó à gosto
    • 1 semente de cumaru

Modo de preparo

    1. Comece ralando as espigas de milho para obter uma pastinha.
    2. Em seguida, bata a pastinha de milho ralado com todo o leite no liquidificador.
    3. Coe essa mistura. Despeje a parte líquida em uma panela e acrescente o açúcar.
    4. Coloque em fogo médio e mexa com um batedor de arames sem parar, até que a mistura engrosse.
    5. Leva em torno de 10 minutos. Assim que engrossar, desligue o fogo e misture vigorosamente.
    6. Despeje a mistura nos potes que serão servidos e leve à geladeira.
    7. Após gelar, o curau está pronto! Polvilhe canela em pó e rale a semente de cumaru à gosto para que ela adicione um aroma espetacular e… sirva!

Rendimento: 3 potinhos de sobremesa de curau

Observação: quanto mais maduras (amarelas) as espigas de milho estiverem, mais docinho o curau vai ficar!

Você também pode colocar uma sementinha de cumaru para ferver com o leite e o milho, mas cuidado para não deixar muito tempo pois ela pode amargar o seu curau.

Conte para a gente o que você achou dessa versão de curau!

 

1

4 maneiras de usar quentão em receitas!

Você já tentou usar o quentão em alguma receita?

Nesse friozinho junino, o quentão é sempre uma boa pedida não é mesmo?️

Para quem gosta dessa bebida típica, separamos algumas maneiras diferentes de usá-la que talvez vocês ainda não conheciam.

Brigadeiro de Quentão

Ingredientes

  • 1 lata de leite condensado cozido
  • 200g de creme de leite
  • 1 colher de sobremesa de farinha de trigo
  • 30 ml de quentão

> Rende 25 unidades

> Pronto em 30 minutos

Modo de preparo

  1. Em uma panela coloque todos os ingredientes com exceção do quentão e leve ao fogo até dar ponto de brigadeiro para enrolar.
  2. Nesse momento adicione a cachaça e mexa mais um pouco.
  3. Transfira para um outro recipiente e cubra com filme plástico. Deixe esfriar completamente antes de enrolar.
  4. Enrole e passe no granulado que preferir. Sirva-se!

Bolo de Quentão

Ingredientes

  • 1 pacote de mistura para bolo de fubá
  • 3 ovos
  • 1 xícara de leite
  • 1/2 xícara de quentão
  • 50 g de coco ralado
  • 1 colher de gengibre fresco ralado
  • Canela e açúcar para polvilhar

> Rende 12 pedaços

> Pronto em 60 minutos

Modo de preparo

  1. Coloque na batedeira a mistura para bolo, os ovos inteiros, o leite, o quentão, o coco ralado e o gengibre.
  2. Bata em velocidade alta por 5 minutos.
  3. Despeje em assadeira untada. Leve ao forno pré-aquecido (180°C) e asse por cerca de 35 minutos.
  4. Desenforme sobre o prato em que for servir quando estiver morno, polvilhe com canela em pó e corte em quadradinhos.

Quentão de Morango

Ingredientes

  • 1½ litro de aguardente (cachaça)
  • 50 g de cravo e canela em pau (misturados)
  • 150 g de gengibre
  • 2 kg de morangos
  • 200g de açúcar
  • 3 litros de água

> Serve 3 pessoas

> Pronto em 40 minutos

Modo de preparo

  1. Em uma panela funda, coloque a água e o gengibre. Leve ao fogo baixo.
  2. Quando começar a ferver coloque os morangos cortados ao meio, açúcar, o cravo, a canela e deixe ferver por aproximadamente 30 minutos.
  3. Em seguida, adicione a aguardente e deixe ferver por mais 5 minutos.
  4. Coe e sirva-se!

Cupcake de Quentão

Ingredientes

  • 1 Xícara (chá) de Açúcar
  • 100g de Manteiga
  • 1 Barra de Chocolate ao Leite
  • 1 Xícara (chá) de Quentão
  • 1 Colher (sopa) de Fermento

> Rende 6 cupcakes

>Pronto em 60 minutos

Modo de preparo

  1. Bata as claras em neve. Em uma panela, derreta o chocolate em banho maria.
  2. Em um terceiro recipiente, bata a manteiga e o açúcar até obter uma mistura cremosa.
  3. Sem parar de bater, acrescente gradativamente as gemas. Adicione então o chocolate derretido.
  4. Intercalando, acrescente à mistura o quentão e a farinha, sempre batendo.
  5. Agora sem bater, junte as claras em neve, utilizando uma espátula para mexer.
  6. Adicione o fermento e mexa mais um pouco manualmente.
  7. Despeje a massa nas forminhas e leve ao forno preaquecido por mais ou menos 35 minutos.
  8. Decore como quiser e sirva-se!

Gostou das receitas?

Conta nos comentários se você já fez!

Post por: Ingrid Watson (@ingridwatson.nutri)

Que alimento é esse Gengibre

Que Alimento é Esse? Gengibre

Zingiber officinale

Esse é o nome científico do gengibre, um tubérculo originário do sul da Ásia que chegou ao Brasil por volta do século XVI através dos portugueses e holandeses. Adapta-se bem a climas úmidos e quentes

Principais produtores:

São Paulo, Paraná e Espírito Santo

👉 Sua safra é alta entre os meses de Maio e Junho

 

Seu rizona é a parte mais utilizada, sendo popularmente conhecida por suas propriedades medicinais, ajudando na digestão, na prevenção de náuseas e vômitos e em gripes e resfriados.

👉 Confira uma receita deliciosa de quentão no nosso site: https://bit.ly/quentaosustentarea

Você sabe uma outra forma interessante de como utilizar o gengibre?
Conta para gente aqui nos comentários

Post por: Karina Ejiri (@karinaejiri)

Referências bibliográficas:
1- Livro: 101 culturas Manual de tecnologias agrícolas – 2ª ed
2- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP)

ODS 10 facebook e pagina (1)

ODS 10 | Redução das desigualdades

Já está disponível o 10º episódio da segunda temporada do podcast Comida que Sustenta. 

Neste episódio conversamos sobre o ODS 10 – REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES

Aperta o play!

ODS 10 facebook e pagina

Convidados

Felipe Roitberg

Médico, especialista global em oncologia e saúde pública. Atualmente é consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Suzete Bessa

Professora de arquitetura da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Coordenadora do projeto "arquitetura resiliente", entre outros.

Pedro

Cozinheiro do Congolinária, um restaurante familiar que serve comida típica da República Democratica do Congo.

Materiais

Clique e saiba mais sobre os tópicos abordados em cada quadro do episódio!

Neste episódio abordamos uma manchete que era grande fake news: 

“Venezuelanos imigrantes recebem treinamento para invadir casas no Brasil”.

Ela foi verificada e identificada como falsa pela Agência Lupa em 13 de setembro de 2021, numa matéria produzida por Carol Macário.

Para desvendar ponto a ponto, veja a matéria na íntegra | lupa.uol.com.br/jornalismo/2021/09/13/verificamos-ong-treina-venezuelanos/ 

Quer saber mais sobre o ODS 10 – Redução das desigualdades?

 

1. Relatório do Laboratório das Desigualdades Mundiais lançado em dezembro de 2021 | www.bbc.com/portuguese/brasil-59557761

2. Publicação especial do Sustentarea sobre o ODS 10 | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/10/06/ods-10/

3. ODS 10 e os desertos alimentares | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/10/07/ods-10-e-os-desertos-alimentares/ 

4. Acompanhe as métricas no Brasil | odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=10 

 

Saiba mais:

• Acompanhe o Arquitetura Resiliente: Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Arquitetura e Fluxos Migratórios com a Coordenação da Prof. M. Suzete Bessa. | www.instagram.com/arquiteturaresiliente

Receita | MIKATE (bolinho de chuva congolês)

 

Ingredientes:

500 gramas de farinha de trigo

200 gramas de açúcar

½ colher (chá) de sal

10 g de fermento biológico seco

500 ml de água morna

 

Modo de Preparo:

1. Em um pote misture a água, o fermento e um pouco de açúcar e reserve por 15 minutos. Coloque a farinha numa vasilha, acrescente o açúcar e o sal, misture e faça um buraco no meio;

2. Despeje a mistura de água e fermento no meio, misture o líquido e o seco gradativamente até obter uma massa elástica e homogênea;

3. Cubra  a massa e deixe dobrar de volume, isso vai levar cerca de 1h ou 2h;

4. Esquente uma panela com óleo e deixe aquecer bem;

5. Coloque uma colher na água, pegue a massa com colher e coloque para fritar;

6. Mergulhe frequentemente a colher na água, deixe fritar até que doure dos dois lados. Escorra em papel toalha e sirva.

 

Dicas:

• Ótima opção para o café da manhã, da tarde, com mingau de fubá, pasta de amendoim ou com chá.

 

Fonte: Pedro

Instagram: @congolinaria

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, com apoio da pró-reitoria de cultura e extensão Universitária da USP

 

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Danielle Freitas 

O Sustentarea é coordenado por Aline Martins de Carvalho e Dirce Marchioni, professoras do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Edição

José Vieira dos Santos Júnior

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Larissa Leal, Valentina Moreira e Gabriele Bernardoni

_Dia Mundial dos Oceanos 2022

08 de Junho – Dia Mundial dos Oceanos

Dia 08 de Junho foi celebrado o dia Mundial dos Oceanos! Conheça um pouco mais sobre a sua origem

Essa data comemorativa foi criada em 1992 durante a Conferência das Nações Unidas e é celebrada desde então em muitos países. Em 2008, a ONU oficializou a comemoração em seu calendário.

Esta data tem como principal objetivo relembrar a todos da importância dos oceanos para o equilíbrio da vida no Planeta Terra.

Vale também ressaltar os inúmeros serviços ecossistêmicos que os oceanos proporcionam, como sua contribuição para o equilíbrio climático, como sumidouro de carbono e produtor de oxigênio, além de fornecedor de alimentos e matérias-primas.

E infelizmente, vemos na atualidade os impactos e ameaças que os Oceanos sofrem como, a poluição por resíduos, a destruição de habitats e o esgotamento da biodiversidade marinha.

Por este motivo, é importante a conscientização para implementação de medidas que os protejam. Esse ano, o tema proposto foi “Revitalização: ação coletiva para o oceano” com total foco em soluções.

Por isso, listamos iniciativas que você pode adotar no dia-a-dia para ajudar a biodiversidade marinha:

    • Use produtos com embalagens reutilizáveis ou biodegradáveis.
    • Não jogue lixo no chão, e sempre que possível, o remova colocando-o em local apropriado.
    • Recicle o lixo e o descarte adequadamente.
    • Economize água e energia.
    • Escolha comprar de empresas que tenham projetos sustentáveis – Conscientize e mobilize a sua rede de contatos sobre o assunto

Ajude a Vida Marinha!!

Por Ingrid Watson (IngridWatson.Nutri)

Referências bibliográficas:

1- https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2022/06/dia mundial-dos-oceanos-por-que-se-celebra-o-8-de-junho https://www.calendarr.com/brasil/dia-mundial-dos-oceanos/ https://news.un.org/pt/story/2022/06/1791572 h

Insegurança alimentar2

Qual é a cara da fome no Brasil de 2022?

Saíram os resultados do II VIGISAN sobre a fome e os resultados são alarmantes.

Em um ano, 14 milhões de pessoas entraram em situação de insegurança alimentar grave, totalizando 33 milhões de pessoas com fome no Brasil.

Mas a fome não atinge a todos da mesma forma. Confira abaixoquais são as populações mais afetadas pela insegurança alimentar no Brasil e comente quais projetos você conhece que estão lutando contra essa situação.

33 MILHÕES estão em insegurança alimentar grave, ou seja, fome

São 14 milhões de pessoas a mais com fome em apenas um ano.

25,7% da população da Região Norte passa fome, seguida do Nordeste, com 21%

Isso é mais do que o dobro da Região Sul, em que 9,9% das pessoas estavam em situação de insegurança alimentar grave

Post por @alissondmach

Slide4

Sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis no curso de versão da FSP

Através do interesse e de esforços mútuos de dois coletivos sediados na Faculdade de Saúde Pública da USP: o NACE Sustentarea e da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis, o curso de verão recebeu o tema:

Ouça esse Post pela voz de Ana Garbin, Membra do Sustentarea
Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis (SASS)
O SASS 2022 aconteceu de forma virtual e contou com participantes do Brasil todo e de diferentes áreas de formação.

Foram 5 dias (07/02 – 11/02) onde os desafios e ações necessárias para a transformação dos Sistemas Alimentares permearam as discussões, sempre refletindo sobre:

o respeito aos  os limites planetários,

a promoção da saúde através de uma alimentação saudável e que suportem a sustentabilidade em todas as suas dimensões.

No início do curso, os participantes foram convidados a pensarem – individualmente – em uma palavra que representasse SISTEMAS ALIMENTARES. A partir daí formou-se a seguinte nuvem de palavras

Após essa reflexão demos início às palestras:

  • A professora Aline Martins de Carvalho propôs uma reflexão teórica ao pensamento sistêmico e complexo e aos modelos conceituais sobre sistemas alimentares.
  • Com a professora Patrícia Jaime discutimos sobre os sistemas alimentares através da perspectiva dos direitos humanos e da segurança alimentar e nutricional (SAN), os modelos e componentes dos sistemas alimentares e a sindemia global de desnutrição, obesidade e mudanças climáticas.
  • A professora Thais Mauad e o professor Ricardo Abramovay falaram sobre os impactos da agropecuária sobre a agenda da sustentabilidade e o impacto das tecnologias sociais e outros modelos sociais de abastecimento de alimentos relacionados a potencialidade e aos limites do abastecimento populacional.
  • Recebemos o professor Walter Belik que tratou das dinâmicas e estruturas que determinam o abastecimento e distribuição de alimentos no Brasil, frente aos seus desafios atuais. Falamos  sobre a comercialização, as relações com desigualdades e iniquidades de acesso e como deve ser feita a transição para sistemas alimentares mais justos.
  • A professora Camila Borges trouxe um olhar sobre o ambiente alimentar, tratando de suas definições atuais, características e potencial norteador de políticas públicas.
  • Com o professor Carlos Monteiro e a professora Tereza Campello os temas foram mudanças no padrão alimentar do brasileiro e o aumento no consumo de ultraprocessados, os fatores que explicam a volta da insegurança alimentar e nutricional no país e os indicadores que mostram  a permanência dessa situação e as respostas públicas para o enfrentamento da dupla carga de má nutrição e promoção da alimentação adequada e saudável.

Fechamos o curso com chave de ouro

  • Contamos com palestras da doutora Ana Paula Bertoletto que trouxe os caminhos para quebrar a inércia política e promover mudanças nos sistemas alimentares e na sindemia global, e foram apresentados os conceitos de advocacy e exemplos de participação social no Brasil e no mundo.
  • O mestrando Nilton Stanguini trouxe um olhar sobre a resistência ao cenário da fome nas favelas em tempos de pandemia, com destaque para o Movimento Fazendinhando.

E não parou por aí!

Tivemos diversos momentos de rodas de conversas, nas quais diversos pontos de extrema relevância foram abordados e discutidos.

Foram propostas atividades em grupos que levantaram outras discussões entre os participantes e os palestrantes.

Para encerrar, foi proposto que os participantes pensassem novamente em uma palavra que definisse SISTEMAS ALIMENTARES. Com isso, uma nova nuvem de palavras se formou e pudemos comparar as mudanças entre as nuvens do primeiro e do último dia.

O curso me proporcionou ampliar o olhar sobre os sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, suas interfaces, processos, atributos, entraves.
Estudar os processos a luz do conhecimento científico e a conjuntura política nacional e internacional foi enriquecedor. Tive a satisfação nessa semana de estar em contato com os maiores pesquisadores na área de políticas publicas, saúde coletiva, alimentação e nutrição do país, e refletir as dimensões dos SASS e de sua complexidade, caminhos e desafios. Foi motivante com muitas discussões atuais e pertinentes.

Janaina L. Dantas

Esse foi apenas um dos feedbacks que recebemos, mas já dá para perceber que o curso foi demais né?

Se você não pode participar, não se preocupe.

Acesse aqui o E-book com os resumos das palestras, falas dos palestrantes, indicações de leitura e muito mais.

Texto escrito por

Giovanna Garrido, aluna do 7o semestre de nutrição pela FMU, presidente-fundadora de Liga Acadêmica de Nutrição Materna e Infantil – FMU, membra do GEIAS-USP e do NACE-SUSTENTAREA. Giovana foi monitora do SASS-2022 e responsável pela elaboração do e-book.

IMG-20190606-WA0042 (1)

Melhores momentos Sustentarea: Ciclo de palestras

Hoje temos mais um post em comemoração aos 10 anos do Sustentarea! 🥳

Vamos relembrar um evento incrível que promovemos em 2019: nosso Ciclo de Palestras “Caminhos da Sustentabilidade”.

Foi realizado entre junho e novembro de 2019 e contou com 5 encontros, alcançando mais de 5 mil pessoas nas mídias sociais e mais de 300 pessoas ao longo do evento. Abordou a temática da sustentabilidade em cada aspecto do sistema alimentar.

No 1º encontro a coordenadora do Sustentarea profª Dr. Aline Martins de Carvalho apresentou a palestra “Alimentação sustentável: contexto atual”, explorando o que é sustentabilidade na alimentação e como podemos adotar uma alimentação mais sustentável no dia a dia.

O 2° encontro do Ciclo de Palestras contou com a palestra de Ravi Orsini sobre o tema da sustentabilidade na cadeia de produção de alimentos e a palestra da Profª Dra. Thais Mauad sobre sistemas alternativos de produção, como agricultura urbana, plantas alimentícias não convencionais (PANC) e orgânicos.

O 3º encontro teve como tema o “Cenário político brasileiro: alimentação e sustentabilidade em pauta”, no qual foram apresentadas políticas e programas voltados à alimentação e nutrição e que apresentam uma interface voltada à sustentabilidade.

O 4º encontro foi realizado na Faculdade de Saúde Pública, no Dia Mundial da Alimentação. Teve como tema “Comer sustentável: indivíduos, comunidades e empresas” e contou com os convidados Projeto Pé de Feijão, Horta da FSP, Mãe Terra, Instituto Feira Livre, Soli Orgânicos e Kombutea.

O 5º encontro do Ciclo de Palestras foi marcado pela oficina culinária “Comer Sustentável”, dando uma ótima oportunidade para que os participantes colocassem em prática alguns assuntos abordados durante as palestras anteriores.

As preparações culinárias abrangeram versões sem carne, o uso integral dos alimentos, uso de frutas com baixa quantidade de açúcar e também o uso das PANC.

As receitas preparadas resultaram em um especial ebook de receitas que pode ser acessado no link: https://www.fsp.usp.br/sustentarea/livros/

Capturar

Oficina culinária – Mandioca Junina

O USP Sustentabilidade e o Sustentarea apresentam mais uma oficina culinária, dia 23/06, às 14h no espaço NURI/Multiuso do CEPEUSP, dessa vez com o tema Mandioca Junina.

A oficina é gratuita e contará com demonstração e degustação de receitas juninas com mandioca, além de um bate-papo sobre a mandioca, suas propriedades e importância para o Brasil e para o povo brasileiro!

As inscrições podem ser feitas pelo link que estará disponível na bio do Instagram e os participantes receberão instruções de como chegar no local por WhatsApp, além de receberem o material-base da oficina com os temas discutidos e as receitas descritas depois da realização do evento.

ODS 9 - Facebook

ODS 9 | Indústria, inovação e infraestrutura

Já está disponível o 9º episódio da segunda temporada do podcast Comida que Sustenta. 

Neste episódio conversamos sobre o ODS 9 – INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA

Aperta o play!

ODS 9 - Facebook (1)

Convidados

Eduardo Purgato

Professor Associado da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, com experiência na área de ciência e tecnologia de alimentos. Diretor Executivo do Centro de Pesquisa Inovação e Difusão, o CEPID Food Research Center.

Luiza Amaral

Graduada em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da USP e especialista em gestão de qualidade e processos. Livuper de carteirinha desde 2016, atua como gerente de Pesquisa, desenvolvimento e inovação na Liv Up.

Rosana Aparecida Freitas

Graduada em química, Mestre e Doutora em Nutrição em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Pesquisadora do departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública e atuante na área de tecnologia de alimentos.

Materiais

Clique e saiba mais sobre os tópicos abordados em cada quadro do episódio!

Neste episódio abordamos uma manchete que gostaríamos que fosse fake news, mas infelizmente é notícia:

“Desinvestimento gera perda incalculável de recursos humanos para a ciência brasileira”.

O texto foi produzido por Thaís Cardoso e publicado em 24 de novembro de 2021, no site do Instituto de Estudos Avançados do Polo Ribeirão Preto da USP, divulgando o USP Analisa.

Para desvendar ponto a ponto, veja a matéria na íntegra | sites.usp.br/iearp/desinvestimento-gera-perda-incalculavel-para-a-ciencia-brasileira/

 

Saiba mais:

Podcast USP Analisa | open.spotify.com/episode/7hJkq0pJEjyZpLNB2zO3rh?si=89ca12eddd304972&nd=1 

Canal no YouTube do USP Analisa | youtu.be/z_0LUwZqVy0 

Quer saber mais sobre o ODS 09 – Indústria, inovação e infraestrutura

1. Publicação especial do Sustentarea sobre o ODS 9 | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/09/28/ods-9-industria-e-inovacao/

2. ODS 9 – Inovação e a indústria de alimentos | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/09/29/ods-9-e-a-inovacao-na-industria-de-alimentos/ 

3. Acompanhe as métricas no Brasil | odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=9 

 

Conheça a Liv Up

• Site | www.livup.com.br/

• Instagram | www.instagram.com/livupoficial/ 

Receita | ESCONDIDINHO DE BRÓCOLIS 

 

Ingredientes:

3 xícaras (chá) de brócolis cru/congelado

7 batatas médias cortadas em rodelas

1 cebola picada

5 dentes de alho picados

2 colheres (sopa) de azeite extra virgem

mussarela/parmesão (opcional)

noz moscada (opcional)

cebolinha (opcional)

 

Modo de Preparo:

1. Coloque as batatas em uma panela, cubra com água e leve-as para cozinhar, até que fiquem bem molinhas, quase desmanchando;

2. Refogue a cebola e o alho picado no azeite até que dourem;

3. Pegue a quantidade necessária de brócolis e refogue, acerte o sal;

4. Tampe a panela e deixe em fogo baixo, até que o brócolis esteja al dente;

5. Amasse as batatas, adicione sal e azeite a gosto, noz moscada ralada e cebolinha;

6. Unte um refratário com azeite, coloque o brócolis refogado, por cima o purê, o queijo ralado e leve para assar em fogo alto até que se forme uma casquinha.


Dicas:

Use outros purês como de abóbora, mandioca, mandioquinha, batata doce;

Tenha legumes congelados no freezer, o processo de congelamento não altera as características sensoriais e nutricionais do alimento, além de tornarem o preparo mais prático;

Essa preparação pode ser congelada depois de pronta, para isso divida-a em porções menores e coloque em potes apropriados para congelamento, resfrie-a na geladeira sem a tampa, feito isso, coloque a tampa e leve ao freezer. Para servir, leve a preparação diretamente ao microondas por alguns minutos (o tempo dependerá do tamanho da porção e da potência do equipamento) ou em banho maria até que descongele totalmente e esteja pronta para o consumo.

 

Fonte: Rosana Aparecida Freitas

Instagram:@rosana_aparecida_manolio_soares

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, com apoio da pró-reitoria de cultura e extensão Universitária da USP

 

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Danielle Freitas 

O Sustentarea é coordenado por Aline Martins de Carvalho e Dirce Marchioni, professoras do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Edição

José Vieira dos Santos Júnior

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Larissa Leal, Valentina Moreira e Gabriele Bernardoni

Capa Blog- Ingrid

Tudo que você precisa saber sobre o novo Relatório do IPCC

Clique para ouvir esse post.

O novo relatório divulgado no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) trouxe consigo um cenário alarmante:  mudanças climáticas com impactos que podem ser irreversíveis se não começarmos imediatamente a implementar medidas para a redução de danos ambientais.

Para que vocês entendam, o IPCC é liderado por cientistas pré-estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar toda a ciência global relacionada às mudanças climáticas. Em 32 anos de existência,  já publicou cinco relatórios de Avaliação: o FAR (1990); o SAR (1995); o TAR (2001); o AR4 (2007); o AR5 (2013); e por último o AR6, que começou a ser publicado em 2021 e reúne as informações técnicas do grupo 3 (um dos 5 grupos que formam o IPCC) com os conhecimentos relacionados às ameaças que já estamos enfrentando hoje e também com o que podemos fazer para limitar aumentos de temperatura ainda mais preocupantes, a fim de evitar uma catástrofe a todo o planeta.

Foto Extraida Canva

O principal objetivo é que possamos formar políticas públicas que sejam capazes de combater as mudanças do clima que vem ocorrendo, mas para isso é preciso primeiro compreender quais são. Por este motivo, nós do Sustentarea, separamos os tópicos mais importantes que foram detalhados nesse documento:

  • Só na última década, tivemos o maior crescimento de emissões de gases estufa da história, atingindo cerca de 9,1 bilhões de toneladas a mais que na década anterior.
  • Já emitimos 2,4 trilhões de toneladas de CO2 até hoje, sendo que 42% desse número ocorreu entre 1990 e 2019.
  • As emissões globais de gases de efeito estufa atingirão seu pico em 2025, e precisam ser reduzidas pela metade até 2030.
  • As políticas públicas já existentes levarão o Planeta a um aquecimento de 3,2ºC, mais do que o dobro do limite necessário para que o aquecimento global seja estabilizado.
  • A produção de carbono gerada pelo setor industrial e pela queima de combustíveis fósseis precisaria de uma queda 25 vezes maior do que a atual para atingir a meta de 1,5ºC de temperatura necessária para estabilizar o aquecimento global.
  • A infraestrutura fóssil que temos hoje precisaria ser erradicada ou compensada para permitir o cumprimento da meta de 1,5ºC, o que pode impactar nos investimentos mundiais feitos em ativos como o petróleo, pré-sal, etc.
  • O uso da terra (redução da agropecuária e cessação de desmatamentos) tem potencial para reduzir as emissões de até 14 bilhões de toneladas até 2050.
  • A incorporação de conhecimentos indígenas às políticas públicas pode garantir a redução de gases de efeito estufa.
Foto extraída Canva

Com isso, podemos concluir que a emergência climática com a qual nos deparamos hoje requer a redução substancial do uso de combustíveis fósseis, preservação de florestas, uso de energias renováveis e uso de combustíveis alternativos, como o hidrogênio. Além disso, o relatório também incentiva a adoção de dietas saudáveis e sustentáveis, que promovam um baixo impacto ambiental.

Vocês sabiam que uma dieta baseada em alimentos de origem vegetal pode reduzir, e muito, o impacto ambiental? 

Como dizia Michael Pollan, escritor norte-americano, autor de O Dilema do Onívoro: “a adoção de uma dieta vegetariana em apenas um dia da semana por toda a população dos Estados Unidos seria o equivalente a tirar 20 milhões de carros da estrada.”

Entendem o porquê a nutrição é política, econômica, cultural e também essencial à sobrevivência humana? Talvez não consigamos mudar o mundo, as políticas, e tudo o que precisa ser cessado nesse primeiro momento. Mas, podemos fazer a nossa parte contribuindo para o meio ambiente em prol de um mundo melhor.

Eis aqui 4 dicas do que você já pode fazer hoje, começando por sua alimentação:

1 – Reduzir o consumo de carne, o que já reduz os gastos com a sua produção, diminui desmatamentos e também a poluição ambiental pelo metano.

2- Reduzir o consumo de produtos e alimentos industrializados, o que gera uma menor produção de carbono pelo setor industrial.

3- Produzir menos lixo – o reaproveitamento de alimentos ou o consumo integral destes seria uma boa estratégia para começar.

4- Priorizar alimentos orgânicos e agroecológicos.

 

 

Querem saber mais sobre o que podem fazer para contribuir para o meio ambiente?

Nos sigam nas redes sociais e acompanhem os projetos desenvolvidos pelo Sustentarea.

Esse post foi escrito por mim,

Ingrid Watson, membra do Sustentarea
Nutricionista Clínica e Pós-Graduanda em Nutrição Clínica.

“A alimentação sustentável é um tema que precisa ganhar mais espaço em um mundo que se depara com uma emergência climática tão substancial como a que vemos hoje”

 

1-4

PANC: Tupinambo

Você conhece o Tupinambo?

O Tupinambo é parente do girassol, sendo conhecido como tupinambor, alcachofra-girassol, girassol-batateiro e alcachofra-de-jerusalém. É originário da América do Norte e era cultivado pelos índios antes do primeiro contato com os europeus e recebia o nome de “skibwan” e “askipaw”, que significa coisa crua. É pouco comum no Brasil, sendo cultivado nas regiões mais frias.

Como identificar?

Se assemelha a outros tipos de rizoma como o gengibre e o açafrão-da-terra, geralmente é pequeno e seu tamanho se assemelha ao do inhame.

Como armazenar?

Seu rizoma deve ser armazenado na geladeira

Uso culinário

Uma das receitas mais populares é o purê de tupinambo, mas o rizoma pode ser usado em saladas, conservas, sopas, pudins e assadas, como é feito com as batatas.

ONDE ENCONTRAR PANC EM SP?

📍 Horta da Faculdade de Medicina da USP – Av. Doutor Arnaldo, 455, Pacaembu

📍 Horta das Flores – Av. Alcântara Machado, 2200, Brás

📍 Horta das Corujas – Av. das Corujas, 39, Sumarezinho

Experimente novos sabores e inclua uma PANC na sua alimentação!

Baixe nosso e-book de Receitas com PANC!

Post Instagram Dia Internacional da Biodiversidade

Dia Internacional da Biodiversidade – 25 de Maio

 

A biodiversidade em sua essência diz respeito à preservação da vida na TERRA, entendendo todas as partes como fundamentais ao equilíbrio dos ecossistemas do planeta, sendo o ser humano integrante desse meio.

Sendo assim, preservar a biodiversidade é garantir a sobrevivência, também, da espécie humana!

Essa temática tem fortes vínculos com questões que a circundam, como as mudanças climáticas, preservação de rios e mares, fontes alternativas de energia, a preservação de áreas florestais, recuperação de coberturas verdes, agricultura sustentável, dentre outros.

Essas estratégias são importantes para mitigar os impactos ambientais gerados pelos atuais modos de vida que contribuem com o declínio de espécies da biodiversidade, como é o caso dos polinizadores como abelhas, morcegos e beija-flores, sendo peças-chave dos cultivos agrícolas do planeta.

A garantia da existência desses pequenos seres influi diretamente na nossa alimentação.

Precisamos parar, refletir e tomar atitudes que protejam a biodiversidade do PLANETA, uma delas é se alimentar de forma mais sustentável.

Você pode saber mais sobre a alimentação sustentável através da Revista Sustentarea através do link:
https://www.fsp.usp.br/sustentarea/revista-sustentarea/

Por: Matheus Paulo (@matheus__paulo) – Membro de Mídias Sociais do Sustentarea

Cópia de ODS 8 - (3)

ODS 8 | Trabalho decente e crescimento econômico

Já está disponível o 8º episódio da segunda temporada do podcast Comida que Sustenta. 

Neste episódio conversamos sobre o ODS 8 – TRABALHO DECENTE E CRESCIMENTO ECONÔMICO

Aperta o play!

Cópia de ODS 8 - (1)

Convidados

Cristina Marins

Antropóloga e pesquisadora da UFRJ. Estuda especialmente como a tecnologia digital afeta o trabalho e até a nossa alimentação.

Alfredo Santos Jr.

Ex-secretário nacional de juventude da CUT Brasil. Atualmente atua como Secretário de Finanças da CUT Bahia e diretor de imprensa do Sindiquimica - Bahia.

Melissa Tarrão

Graduanda em Nutrição da FSP/USP, membra do Sustentarea com interesse de pesquisa na temática de precarização do trabalho e alimentação.

Materiais

Clique e saiba mais sobre os tópicos abordados em cada quadro do episódio!

Neste episódio abordamos uma manchete que era parte de uma grande e articulada fake news: 

“Breque dos Apps é só para quem já está com a vida ganha”.

Para desvendar ponto a ponto, veja a matéria na íntegra | apublica.org/2022/04/a-maquina-oculta-de-propaganda-do-ifood/

 

Saiba mais:

Site da plataforma de checagem de fake news | http://a639-189-39-62-17.ngrok.io/ 

Plataforma web detecta fake news em português de forma automática – Agência FAPESP | agencia.fapesp.br/plataforma-web-detecta-ifake-news-i-em-portugues-de-forma-automatica/38004/  

Desemprego no Brasil | www.ibge.gov.br/explica/desemprego

Quer saber mais sobre o ODS 08 – Trabalho decente e crescimento econômico ?

1. Publicação especial do Sustentarea sobre o ODS 8 | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/09/21/ods-8-emprego-e-crescimento/

2. ODS 8 – Exemplos de restaurantes inclusivos | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/09/22/ods-8-e-os-restaurantes-inclusivos/ 

3. Acompanhe as métricas no Brasil | odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=8

 

Outros materiais

Mulheres ganham em média 20,5% menos que homens no Brasil | Dia das mulheres – Portal G1 | g1.globo.com/dia-das-mulheres/noticia/2022/03/08/mulheres-ganham-em-media-205percent-menos-que-homens-no-brasil.ghtml 

Saiba mais:

• Acompanhe o Trabalho da CUT Bahia | www.instagram.com/cutbahia/ 

 

Saiba mais sobre o Podcast Corres do Comer | jornal.usp.br/universidade/podcast-aborda-a-relacao-entre-alimentacao-e-precarizacao-do-trabalho/  

Disponível no Spotify  

 

Receita | BOLO DE MILHO COM ERVA-DOCE

 

Ingredientes:

3 ovos

1 xícara (chá) de farinha de milho

1 xícara (chá) de óleo de soja

1 xícara (chá) de leite integral

2 colheres (sopa) de erva doce

1 xícara (chá) de milho verde ou 1 e ½ espigas de milho verde in natura ou 1 lata de milho em conserva

¼ xícara (chá) de açúcar (opcional)

1 pitada de sal

1 colher (sopa) de fermento em pó

 

Modo de Preparo:

1. Pré-aqueça o forno à 180ºC por 15 minutos;

2. No liquidificador, bata os ovos por 3 minutos, adicione a farinha de milho, o óleo, o leite, o milho e o açúcar e bata novamente;

3. Adicione a pitada de sal e o fermento e bata por alguns minutos até que fique homogêneo;

4. Despeje a mistura na forma untada e enfarinhada; 

5. Coloque a erva-doce e leve ao forno pré-aquecido 180ºC por aprox. 40 minutos.

 

Dicas:

• Utilize uma forma com furo no centro, untada com óleo e farinha de milho.

 

Fonte: Melissa Tarrão

Instagram: @meltarrao

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, com apoio da pró-reitoria de cultura e extensão Universitária da USP

 

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Danielle Freitas 

O Sustentarea é coordenado por Aline Martins de Carvalho e Dirce Marchioni, professoras do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Edição

José Vieira dos Santos Júnior

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Materiais de divulgação

Larissa Leal, Valentina Moreira e Gabriele Bernardoni