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O papel (essencial) das abelhas na Segurança Alimentar e Nutricional

Ouça esse texto na voz de Ana Maria

O alimento é nossa fonte essencial de vida.

É dele que obtemos os nutrientes necessários para nos mantermos saudáveis.

É através dele que nos relacionamos com outras pessoas, que alimentamos e mantemos nossa cultura viva, que criamos memórias.

E é através dele também que podemos influenciar nossa biodiversidade, que irá ditar a variedade de alimentos que temos acesso. 

Mas a biodiversidade não se limita a isso.

Ela engloba uma grande diversidade de organismos vivos de todas as origens, passando pelas diferentes espécies:

  • vegetais,
  • animais,
  • fungos,
  • microrganismos

e as relações que eles estabelecem em um determinado ecossistema.

Estas complexas interações dentro dos ecossistemas nos fornecem benefícios importantes, e, muitas vezes, essenciais, como água  e alimentos. 

Enfim, a biodiversidade é a nossa garantia de equilíbrio ecossistêmico.

Mas deixa a gente te contar uma coisa. 

Você sabia que a produção de grande parte dos alimentos que nós consumimos diariamente depende, parcial ou totalmente, de um serviço ecossistêmico essencial?

A produção de alimentos só ocorre devido ao processo de polinização. Já ouviu falar?

A polinização é a transferência de grãos de pólen das anteras (órgãos masculinos de uma flor) para o estigma (parte do aparelho reprodutor feminino) da mesma ou de outra flor. 

Embrapa

Esse processo pode acontecer através das ações do vento, da água, de aves, mas em sua maioria, quem faz esse trabalho tão importante para a manutenção da biodiversidade são as abelhas.

Nesse momento, a imagem que provavelmente veio a sua cabeça foi a daquela abelha com listras amarelas que tem uma ferroada ardida e que nos fornece mel, não é mesmo?

Mas deixa a gente te contar outra coisa:

Essa abelha, chamada Apis Mellifera, (ou abelha “africanizada”), como o nome diz, não é nativa da nossa região e sim de origem europeia, e faz parte de uma das 20.000 espécies de abelhas que existem no mundo.

Sim, além da Apis Mellífera estão sobrevoando por aí muitas outras espécies de abelhas de diferentes tamanhos, cores, formatos e comportamentos.

Aqui no Brasil, inclusive, temos centenas de abelhas nativas dos biomas nacionais e que possuem características bem diferentes em relação à abelha africanizada – como a ausência de ferrão.

São as chamadas abelhas sem ferrão, você conhece?

Essa imagem por exemplo, é da entrada de colônia da espécie de abelha sem ferrão Jataí, uma das mais conhecidas espécies de abelhas sem ferrão.

Foto de Julia Ciscato

Assim como diversas abelhas da tribo Meliponini também produzem mel, em menor quantidade do que a abelha Apis Mellifera, porém com sabores bastante específicos e com alto valor nutritivo.

Além dos produtos como méis, própolis e cera que as abelhas produzem, voltemos para o serviço que elas prestam que garante a comida em nossos pratos: a polinização.

Agora que vocês sabem que a abelha de listras amarela é apenas uma de milhares de abelhas espalhadas pelo mundo, vamos te contar outra coisa:

  • 76% das plantas utilizadas na alimentação dependem de polinizadores para sua produção.
  • E 66% das espécies polinizadoras são, adivinhem, as Abelhas.

Isso significa que, sem abelhas, a variedade de plantas diminuiria drasticamente, ou seja, a agrobiodiversidade seria fortemente impactada e com certeza nossos pratos sofreriam grandes consequências.

Quer alguns exemplos de alimentos que já teríamos que esquecer?

além de frutas nativas que fazem parte da nossa alimentação, como

Sem contar:

dentre tantas outras que teriam sua qualidade prejudicada pela falta de polinização.

Uau! Que tamanho serviço essas pequeninas prestam, não é mesmo?

Deveríamos realmente tratá-las como verdadeiras rainhas, mas, infelizmente, não é com esse respeito que estamos lidando com as abelhas.

É contraditório dizer, mas, a própria produção de alimentos é realizada, muitas vezes, de forma extremamente prejudicial para essas espécies.

Alguns exemplos do porquê são:

  •  a monocultura restringe a variedade de alimentos para as abelhas;
  • os agrotóxicos utilizados são extremamente tóxicos e tem efeitos letais;
  • o desmatamento diminui a disponibilidade de água, de alimento, de locais para construção de ninhos, além de interferir no clima impactando diretamente a vida das abelhas;

Ou seja, ao mesmo tempo em que a polinização e as abelhas são indispensáveis à produção de alimentos, as práticas utilizadas nos sistemas alimentares atuais só contribuem para a diminuição da população desses importantes polinizadores.

Sem abelhas nossa alimentação será significativamente impactada.

Por isso, é importante reconhecermos a importância destes animais e adotarmos práticas para sua conservação.

Mas como?

  • Diminuindo o consumo de carnes;
  • Comendo frutas, legumes e verduras especialmente os da estação e da sua região;
  • Consumindo alimentos produzidos em sistemas agroecológicos;
  • Aumentando a diversidade de sua alimentação;
  • Plantando espécies vegetais atrativas para as abelhas na sua horta/jardim;
  • Inclusive, você pode ir além e até ter caixas de abelhas sem ferrão no seu quintal.

Mas não se engane achando que só poderá fazer grande parte dessas ações se morar no campo.

As ações de criação e de proteção das abelhas nas cidades têm ganhado força nos últimos tempos, junto com as discussões sobre agricultura urbana, poluição, entre outros. 

Oficina de caixas racionais de criação de algumas espécies que ocorrem em São Paulo na oficina realizada pela empresa de educação ambiental Melipobee’s na Horta Comunitária da FSP/USP. Foto de Samantha Marques/Horta FSP
Viu como a temática das abelhas é rica e se relaciona com o nosso cotidiano? 

Se você ficou curiosa(o) em saber mais sobre a importância das abelhas, fique ligada(o) nas nossas redes sociais, estamos preparando um livro que tem as abelhas como protagonistas!

Esse texto foi feito à quatro mãos por:

Ana Maria Bertolini, mentora do Sustentarea, nutricionista e pesquisadora em Saúde Global e Sustentabilidade.

A riqueza da biodiversidade brasileira  está presente em suas pesquisas e ações em prol da segurança alimentar e da construção de sistemas alimentares mais sustentáveis.

“Conhecer e proteger a biodiversidade que nos cerca é essencial para nossa saúde, alimentação e bem estar”.

Ana Garbin, membra do Sustentarea, Engenheira de Alimentos, que já foi apicultura e hoje inclui as abelhas (TODAS elas) em seu trabalho de educação alimentar e socioambiental.

“Acredito que conhecer como o alimento chega no nosso prato é um instrumento poderoso de transformação.”

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Receita: Caponata com coração de bananeira

Caponata com coração de bananeira ❤️🍌

Confira aqui a receita que foi um sucesso no nosso Encontro 10 anos Sustentarea!

Ingredientes:

    • 3 xícaras de coração de bananeira (aproximadamente 1 coração inteiro grande) já picado, aferventado e lavado > veja Reels no nosso Instagram em que explicamos passo a passo (https://www.instagram.com/p/CdedJaKACJR/)
    • 1 xícara de cebola
    • 2 dentes de alho
    • ½ xícara de pimentão vermelho
    • ½ xícara de pimentão amarelo
    • ½ xícara de tomate
    • 1/3 xícara de uva-passa
    • 1 colher de sopa de orégano freso
    • 1/3 xícara de manjericão fresco
    • ½ xícara de azeite
    • 3 colheres de chá de sal
    • pimenta-do-reino à gosto

Como fazer:

    1. A partir do coração de bananeira já preparado, pique a cebola, o alho, os pimentões e o tomate. Reserve.
    2. Em uma panela, coloque 3 colheres de sopa de azeite, acrescente a cebola e 1 colher de chá de sal. Refogue.
    3. Quando ela estiver dourada, acrescente os pimentões e refogue também. Coloque mais uma colher de sopa de azeite e o alho. Mexa sempre. Quando o alho estiver dourado, acrescente o tomate.
    4. Com o tomate já refogado, acrescente o coração de bananeira, o restante do azeite e do sal e a pimenta-do-reino. Junte o manjericão e o orégano.
    5. Você pode desligar o fogo, acrescentar as uvas-passas e tampar a panela por 3 minutos. Passado esse tempo, retire da panela e sirva quente ou leve à geladeira e consuma gelado!

A caponata vai bem em pasteis, quiches e tortas, mas também como entrada junto com uma torradinha.

Que tal fazê-la no próximo almoço de domingo? 🤩

Bom Apetite!

 

3

Como os ODS podem contribuir para um sistema alimentar mais justo e sustentável?

Clique para ouvir esse post.

Você já parou para pensar de onde vêm os alimentos que comemos todos os dias?

Já imaginou que as nossas escolhas alimentares podem impactar o meio ambiente e, assim, afetar a vida de todos?

Isso acontece devido ao modo como os alimentos são produzidos e chegam às nossas mesas.

O Brasil é um grande produtor de alimentos e a agropecuária é uma das principais atividades econômicas do nosso país.

Mas quais são esses alimentos e o modo como são produzidos não é nada sustentável.

Vamos considerar a carne vermelha, por exemplo. Você já se perguntou como ela é normalmente produzida?

Normalmente, há a queimada e o desmatamento de uma grande quantidade de terra que irá virar pasto.

Só aí já podemos ter uma noção de que isso prejudica, e muito, o meio ambiente, afinal há a perda da fauna e flora da região que foi desmatada.

As queimadas e o desmatamento são feitos para dar lugar ao pasto. Atualmente, o principal bioma brasileiro que sofre com as queimadas é a Amazônia.

Isso sem contar que essa queimada libera gases de efeito estufa na atmosfera.

E não para por aí!

A própria digestão desses ruminantes (vacas e bois) libera metano, um gás também causador do efeito estufa.

E a nossa agricultura? É mais sustentável?

Em geral, a forma como estamos praticando não é!

Isso porque no Brasil há predomínio das monoculturas, que também utilizam grande quantidade de solo e de água e, em grande parte das vezes, agrotóxicos.

Boa parte desse alimento nem vai para a mesa das pessoas, pois vira alimento para o gado e outra parte é exportada.

Afinal, o que podemos fazer para melhorar esse panorama?

Uma forma de pensarmos em um sistema alimentar mais sustentável é por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, conhecidos como ODS.

Os ODS foram criados em 2015 e têm como meta o desenvolvimento de um mundo mais justo e sustentável para todas e todos.

Mas se engana quem pensa que essa discussão é recente. Na verdade, há pelo menos cinquenta anos discute-se a preservação do meio ambiente, e a forma como produzimos e comemos esses alimentos são peças fundamentais nessa luta.

Um dos ODS é especialmente dedicado à temática da alimentação e sustentabilidade, mas todos os ODS estão de certa forma relacionados entre si.

Vamos novamente pensar em como o nosso sistema alimentar atual é insustentável.

Isso afeta o cumprimento de vários ODS:

a saúde humana
a vida na água
a biodiversidade
contribui para as mudanças climáticas em curso

Por sua vez, isso impacta a vida de todos, direta ou indiretamente, contribuindo para

aumento da pobreza

e afetando principalmente minorias, como

como mulheres
pessoas em situação de vulnerabilidade social

E, se há pobreza e desigualdade, não pode haver um crescimento econômico pleno e justo

Deu para perceber que a forma como nos alimentamos impacta o mundo todo, não é mesmo?

Por isso é essencial refletirmos sobre as nossas escolhas, pois não seremos os únicos afetados por elas.

E isso só será alcançado por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e pela luta de um mundo mais justo e digno para todos os humanos, animais e seres que habitam o planeta Terra.

Quer fazer parte dessa mudança no sistema alimentar?

Convido você a participar do curso

Multiplica ODS – Conectando Sistemas Alimentares aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, organizado pelo Sustentarea.

Será uma oportunidade incrível para entender a conexão entre os ODS e a forma como produzimos e consumimos comida, além de entender como podemos implantar ações alinhadas com as metas da Agenda 2030 e sermos protagonistas nessa mudança tão necessária para nosso Sistema Alimentar.

Vem com a gente!

Esse post foi escrito por mim,

Alisson Machado, mentor do Sustentarea

nutricionista, mestre e doutorando em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Nefrologia da Faculdade de Medicina da USP.

Trabalho principalmente com os temas: nutrição, dieta, doença renal crônica, saúde pública e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

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ODS 7 | Energia limpa e acessível

Já está disponível o 7º episódio da segunda temporada do podcast Comida que Sustenta. 

Neste episódio conversamos sobre o ODS 7 – ENERGIA LIMPA E ACESSÍVEL

Aperta o play!

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Convidados

Joyce Mendez

Techno-xamanista, Mestranda em Sustentabilidade e Planejamento em Adaptação pelo Centro de tecnologias alternativas no Reino Unido, Co Fundadora do Observatório Educador Ambiental Moema Viezzer e do Observatório Latino-Americano de Geopolítica da Energia da UNILA.

Márcio Maia Vilela

Graduado em Física e Mestre em Física Nuclear Experimental, ambos pelo Instituto de Física da USP. Doutor em Energia pelo Instituto de Energia e Ambiente (USP). Atua como pesquisador de Pós-doutorado pelo Instituto de Estudos Avançados da (IEA-USP).

Anne-Sophie Bertrand

Doutora em Biologia e Ecologia das Alterações Globais, obtido em co-tutela entre a Universidade de Aveiro (Portugal) e o Instituto de Zoologia de Londres (Inglaterra). Também atua como Terapeuta Holística, Chefe de Cozinha em Alimentação Viva e no projeto Utero Foz (Foz do Iguaçu/PR).

Materiais

Clique e saiba mais sobre os tópicos abordados em cada quadro do episódio!

Neste episódio abordamos uma manchete que poderia ser uma notícia: 

“99,8% da população brasileira têm acesso à eletricidade”.

Para desvendar ponto a ponto, veja os indicadores correspondentes ao ODS 7 | odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=7

 

Saiba mais:

ODS Brasil | odsbrasil.gov.br/ 

IBGE  | ibge.gov.br/ 

Apagão no Amapá: um ano após energia restabelecida, distribuição passa à iniciativa privada | g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2021/11/24/apagao-no-amapa-um-ano-apos-energia-restabelecida-distribuicao-passa-a-iniciativa-privada.ghtml 

Quer saber mais sobre o ODS 07 – Energia limpa e acessível?

1. Publicação especial do Sustentarea sobre o ODS 7 | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/09/08/ods-7-consumo-de-energia/

2. ODS 7 – Projetos de energia limpa e redução do consumo | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/09/09/ods-7-projetos-de-energia-limpa/ 

3. Acompanhe as métricas no Brasil | odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=7

Outros materiais

• Observatório Educador Ambiental Moema Viezzer | www.obeamv.org/ 

• Observatório Latino-Americano da Geopolítica Energética | observatoriodaenergia.wordpress.com/

• Decoloniza! O podcast da Ocareté | ocarete.org.br/ 

• Climate Education | www.climaedu.org/

Saiba mais sobre o USP Sustentabilidade

• Site | sites.usp.br/sustentabilidade/ 

• Participação do Sustentarea no projeto | www.fsp.usp.br/sustentarea/usp-sustentabilidade/

Receita | SALADA DE LENTILHA GERMINADA

 

Ingredientes:

1 xícara (chá) de lentilha rosa germinada

1 coco seco germinado 15 dias numa bacia

½ cebola roxa picadinha (se possível orgânica) 

1 cebolinha verdes orgânica, picadinha

1 tomate grande ou 2 tomates pequenos orgânicos cortados em cubos

 

Molho:

2 colheres (sopa) de azeite extravirgem

2 colheres (sopa) de molho shoyu (se possível sem glutamato monossódico)

1 colher (chá) de melado orgânico

 

Modo de Preparo da Lentilha:

1. Lave e deixe de molho a lentilha rosa em sua melhor água durante 8 horas

2. Hidrate e germine o coco seco em sua melhor água, numa bacia ou balde, durante 15 dias, trocando diariamente a água

3. Pique a cebola, a cebolinha e o tomate

4. Corte o coco em cubinhos

5. Escorra a lentilha, lave-a e coloque num vasilhame todos os ingredientes, misture bem.

 

Modo de Preparo do Molho:

1. Misture todos os ingredientes

2. Jogue por cima das lentilhas e misture novamente

3. Pronto!

 

Dicas:

• Você pode utilizar outros grãos como semente de trigo e  outros tipos de lentilhas

 

Fonte: Anne Sophie Bertrand

Instagram: @annesophiebertrandbrasil

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, com apoio da pró-reitoria de cultura e extensão Universitária da USP

 

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Nadine Marques, Mariana Hase Ueta e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Danielle Freitas 

O Sustentarea é coordenado por Aline Martins de Carvalho e Dirce Marchioni, professoras do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Edição

José Vieira dos Santos Júnior

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Identidade visual

Larissa Leal e Valentina Moreira

Abertura das Inscrições_Curso Multiplica ODS (Post para Facebook)

Inscrições Abertas | Curso Multiplica ODS

E ATENÇÃO: As inscrições para o curso Multiplica ODS – conectando sistemas alimentares aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável já estão abertas!! 

Não perca o nosso novo curso sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável voltado a universitários de todo o país!

Nossa proposta é aproximar alunos de graduação e de pós-graduação da temática da sustentabilidade, pelo olhar dos sistemas alimentares. Trata-se de curso gratuito online interdisciplinar, aberto a universitários de todo o país.

A intenção é incentivar os estudantes a participar e/ou organizar projetos que trabalhem com a questão da sustentabilidade nas comunidades onde estão inseridos, seja a comunidade universitária ou de outros territórios com os quais o aluno possui alguma conexão. Para isso, além do conteúdo teórico, serão feitos estudos de caso mostrando ações locais que relacionam sustentabilidade com os sistemas alimentares.

O curso terá duração de dois meses, no período de junho a agosto de 2022. Seu conteúdo estará disponível pela plataforma Moodle Extensão USP. É promovido em parceria com a Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP) e o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP (PRCEU-USP).

As inscrições podem ser feitas de 06 a 22 de maio, pelo site do Sistema Apolo da USP e nas redes sociais do Sustentarea. Serão disponibilizadas 300 vagas. Caso este número seja ultrapassado, haverá um sorteio para a seleção dos participantes, por meio do Sistema Apolo USP, no dia 23 de maio.

5 anos de revista

5 anos da Revista Sustentarea

Você sabia que a Revista Sustentarea está completando 5 anos em 2022? 🎉🎉

A Revista Sustentarea é um periódico eletrônico lançado trimestralmente pelo Sustentarea, e sua linha editorial é a temática “Alimentação e Sustentabilidade”.

Ela tem como propósito informar a população sobre essa temática e tudo que a engloba, com o objetivo de empoderar as pessoas para que possam fazer melhores escolhas alimentares para si e para o planeta!

A revista também é um projeto didático e pedagógico que proporciona aos alunos do curso de Nutrição, pós-graduandos e outros profissionais integrantes da nossa equipe, uma vivência integrada de Comunicação em Saúde e Promoção da Saúde.

O 1º número da Revista Sustentarea foi lançado em 2017 e contou um pouco sobre a história do projeto, seus pilares, objetivos e missão. Apresentou a nova identidade visual adotada em 2016 e divulgou as principais atividades realizadas pelo Sustentarea no ano anterior

A partir de então, o Sustentarea publicou mais 11 números da revista, trabalhando temáticas centrais que nortearam os conteúdos, tais como: ações sustentáveis, sustentabilidade e tradições alimentares, sistemas alimentares, educação em sustentabilidade, alimentação como ato político, ecofeminismo e Sindemia Global.

O 13º número da Revista Sustentarea será o primeiro de 2022 e especialmente dedicado aos 10 anos do Sustentarea, contando com matérias publicadas ao longo dos últimos anos.

 

 

 


 Fique atenta e atento às nossas redes sociais, pois este número já está para sair!
Confira todos os números da Revista Sustentarea em nosso site e compartilhe com os amigos!

Depois conta para a gente aqui nos comentários qual seu número favorito e quais outros temas você quer ver na revista! 

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O Sistema Alimentar e sua Complexidade

Você já achou, ou ainda acha, que a comida é algo muito simples e linear como:

ALERTA de ilusão.

Abra-te Sésamo para um mundo muito mais complexo do que essa linha reta e simplista.

O alimento advém de um sistema amplo, repleto de elementos interconectados.

Bem resumidamente:

Para produzir é preciso:

  • pessoas,
  • solo,
  • água,
  • insetos,
  • sementes,
  • clima,
  • biodiversidade,
  • indústria,
  • incentivos fiscais.
  • ….

Na hora de transportar é preciso:

  • sistemas de transporte,
  • leis,
  • economia,
  • combustíveis
  • …..

Sua comercialização inclui:

  • redes de distribuição,
  • marketing,
  • leis,
  • fatores econômicos,
  • embalagens,
  • rótulos

O consumo está relacionado com:

  • genética,
  • propagandas,
  • interações sociais,
  • sistema de saúde,
  • preferências de Consumo,
  • educação,
  • cultura,
  • ….

Isso sem contar o Descarte

Para onde vai esse alimento, qual e quanto lixo é gerado e no que isso implica?

Ufa… Daria pra essa lista ir muito longe.

Cada um desses elementos interagem entre si determinando as particularidades desse grande sistema que tem como principal objetivo levar comida para a mesa das pessoas.

Essas interações são tão dinâmicas e não lineares a ponto de gerar interdependências entre os elementos. 

E assim é o Sistema Alimentar:

Complexo 

por conta desses elementos heterogêneos interligados e interdependentes.

Adaptativo 

por conta da sua capacidade de aprender com essas interações e assim mudar ao longo da história

Assim como são as cidades, sistemas solares, nosso corpo dentre tantos outros sistemas.

Global Food System Map 3. Source: ShiftN, 2009

Que tal essa imagem do sistema alimentar, seus elementos e interações?

Bastante diferente da linearidade mostrada lá na primeira imagem desse post não acha?

Diante de tamanha complexidade, concorda que seria custoso e nada efetivo pensarmos em soluções para Insegurança alimentar e nutricional, por exemplo, olhando apenas para um dos elementos desse complexo sistema alimentar?

Vamos pensar no elemento comportamento alimentar de uma pessoa.

Tal indivíduo faz parte de uma família com vários outros indivíduos e diferentes comportamentos que interagem entre si nesse micro sistema.

Tirando a lupa do indivíduo e olhando o todo é possível ver que essas pessoas influenciam e são influenciadas por propagandas, pelas suas condições econômicas, pela distância que estão de alimentos saudáveis, pela sua genética, pelas políticas públicas, dentre tantos outros fatores.

Imagem extraída da formação: Sistemas de Pensamento, Sistemas complexos e Sistemas Alimentares em 19/04/2022 - Aline Martins de Carvalho - Sustentarea

E cada um desses elementos são ainda influenciados e influenciam tantos outros elementos tornando a análise do consumo alimentar muito mais complexa do que olhar simplesmente para as escolhas de uma pessoa.

Implantar uma estratégia eficiente de mudança de hábito demandaria uma análise mais profunda e sistêmica, entendendo questões macro como políticas públicas, aspectos da comunidade onde esse indivíduo está inserido, suas relações e assim seus comportamentos.

Essa visão do todo (holística) é uma forma de pensamento relativamente nova na Ciência da Nutrição.

Foi apenas lá por volta de 1970, entrando na chamada era da Sustentabilidade dos Sistemas Alimentares que começamos a viver uma mudança de paradigma com relação à forma como olhávamos para obesidade e doenças crônicas.

Um pensamento focado apenas nas partes desse problema, o chamado pensamento reducionista, não seria suficiente para resolvê-lo.

Era preciso olhar para o todo, de forma mais holística a fim de enxergar questões ainda não vistas.

Essa mudança de paradigma foi abordada durante uma Formação ministrada pela Mentora Nadine Marques para o Grupo Sustentarea. 

Dá só uma olhadinha no resumo que a Membra Ana Lúcia Z. Romito fez:

Uma análise sistêmica se torna ainda mais potente quando atores com diferentes pontos de vista se juntam na construção de  um mapa de laços causais e conseguem enxergar de forma holística cada variável, a natureza das suas inter-relações e sempre fazendo perguntas do tipo:

  • E SE….?
  • Como redesenho esse sistema de forma criativa e com coragem de enfrentar os imprevistos?

E é com esse pensamento que o grupo do Sustentarea apoia suas ações.

Estamos sempre refletindo sobre: 

O que é uma alimentação sustentável no contexto brasileiro?

Segundo a FAO, 2012, Dietas sustentáveis são:

Dietas que devem proteger e respeitar a biodiversidade e os ecossistemas, culturalmente aceitável e acessível, economicamente justa; nutricionalmente adequada, segura e saudável; além de otimizar os recursos naturais e humanos.

Só aí já vemos fatores como:

  • Meio ambiente
  • Cultura
  • Economia
  • Nutrição
  • Recursos Humanos

Mas como definir o peso de cada um desses fatores?

Existe um mais importante que o outro?

Entendemos que essa análise depende do ponto de vista.

Analisem com a gente esse gráfico que traz um ponto de vista socioeconômico da Dieta recomendada pela EAT Lancet.

Segundo esse estudo, comer essa dieta considerada sustentável na África Subsaariana custaria em torno de 80% da renda desse povo.

Então, será que lá na África Subsaariana essa dieta é realmente sustentável?

Outro exemplo que nos chama muita atenção é a recomendação para redução do consumo de Mandioca nessa dieta da Eat Lancet.

Como você pode ver com detalhes nesse post que fizemos aqui no Blog, essa raiz tem uma representação cultural significativa no nosso país.

Será que reduzir seu consumo, para nós brasileiros, seria realmente sustentável?  

Não existe uma equação única que responda tudo. 

Mas como bem traz Meadows, 2019:

O jeito sistêmico de enxergar as coisas não é melhor do que o jeito reducionista, é apenas complementar e revelador.

Cada uma dessas formas de ver permite que nosso conhecimento do mundo em que vivemos se torne um pouco mais completo.

E essa foi a semente que a Aline Martins de Carvalho, coordenadora do Sustentarea, plantou no grupo no dia 19 de Abril de 2022 durante a formação Sistemas de Pensamento, Sistemas Complexos e Sistemas Alimentares.

Aline é nutricionista e professora da FSP/USP.

Vem estudando sistemas alimentares e sistemas complexos desde 2018 e é entusiasta de usar transdisciplinaridade para promover alimentação saudável e sustentável para população brasileira.

Esse texto foi escrito por Ana Garbin, Engenheira de Alimentos apaixonada por nutrição e que acredita na educação, na cooperação entre as áreas e na visão sistêmica como ingredientes essenciais para que o Sistema Alimentar consiga cumprir seu  objetivo de alimentar e nutrir as pessoas.

Ana é membra do Sustentarea desde início de 2021

 

Divulgação e-book - Receitas 2022

Lançamento | Livro de Receitas 2022

Baixe agora o Livro de Receitas Sustentarea 2022!

No dia 23/04 foi celebrado o Dia Mundial do Livro e para comemorar essa data é com muita alegria que anunciamos o lançamento do nosso Livro de Receitas Sustentarea – 2022.

Nós reunimos nesse e-book todas as receitas que publicamos no ano que passou, uma curadoria de receitas autorais, testadas e ajustadas uma a uma, diretamente da nossa cozinha para a sua mesa!

Tem receitas diversas com PANC, arroz e feijão, leguminosas, sementes e castanhas e muitos outros ingredientes incríveis! Esperamos que goste! Ah e quando fizer conta pra gente se ficou boa, vamos amar saber.

Baixe gratuitamente!
Aproveite o conteúdo e compartilhe com os amigos e familiares.

Imagem de Ale Nahra

22 de abril, uma comemoração à Mandioca: a raiz que nos fez nação

Não seria muito simbólico termos um dia para saudar a mandioca, raiz genuinamente brasileira?

Diversos povos indígenas da região do baixo Amazônia foram capazes de transformar a partir de técnicas de domesticação, uma raiz nativa, potencialmente venenosa, em alimento básico da sua dieta, que hoje também faz parte da alimentação de brasileiras e brasileiros em todo o território.

Há historiadores que afirmam que sem a mandioca o tempo de desbravamento e ocupação das terras brasileiras teria sido muito maior e mais difícil.

Imagem de Ale Nahra

 No livro “Mandioca o pão do Brasil”, o autor Pinto de Aguiar diz: 

“A cultura da mandioca fixou o indígena nas áreas geográficas de sua produção, e possibilitou a colonização do Brasil pela adaptação estrangeira a essa alimentação”. 

Como aponta, por exemplo, os estudos de Rodrigues (2017) os saberes e as tradições indígena sobre a mandioca, e em especial, a produção de sua farinha, foram fundamentais ao longo da história desta nação que hoje chamamos Brasil.

Em tempos mais recentes, alguns autores chegam a descrevê-la como mais brasileira que a camisa verde e amarela. No recente livro lançado “Manihot Utilissima Pohl”, o arqueólogo Eduardo Góes Neves escreve:

Imagem de Jennifer Tanaka

 

 

“É seguro afirmar que, mais que a desgastada camisa amarela, da seleção canarinho, a mandioca seja talvez a maior unanimidade nacional”.  

Falar de mandioca é também falar de Brasil. Podemos ir além, e dizer que falar de mandioca é falar sobre:

  • história indígena,
  • formação do mundo colonial,
  • história da alimentação,
  • religiosidade,
  • ancestralidade,
  • estudos agrários,
  • comércio em escalas local e mundial,
  • cultura,
  • biodiversidade,
  • sustentabilidade e tantas outras coisas.

 

Dada tamanha importância deste alimento nativo, não é à toa que existe um projeto de lei que quer instaurar o dia 22 de abril como o dia nacional da mandioca. A escolha por comemorar seu dia no mesmo dia que se celebra a chegada dos portugueses no território que hoje chamamos Brasil tem como objetivo ampliar sua visibilidade e mostrar ao país e ao mundo a sua importância.

Importância tal que em 1823 quando foi escrito o projeto da primeira Constituição do Brasil ela tenha ficado conhecida como a Constituição da Mandioca. Porque estabelecia que somente brasileiros com renda anual similar a 150 alqueires* de mandioca poderiam votar. 

*Alqueire: é uma medida agrária utilizada para sólidos, como capacidade de armazenamento de cereais, ou para superfícies, como para medir a extensão de uma fazenda.
Imagem de Melissa Tarrão
Imagem de Melissa Tarrão
Imagem de Evelym Landim
Imagem de Evelym Landim
  • Mandioca,
  • macaxeira,
  • aipim,
  • maniva,
  • uaipi,
  • castelinha

na vastidão de um país continental onde muitos desenhos socioculturais coexistem não é de se estranhar tantos nomes diferentes para uma mesma espécie!

Como ela é conhecida aí onde você mora?

Na busca por reencontrar e compreender o Brasil pela comida, desde de 2020 o Núcleo de Apoio às Atividades de Cultura e Extensão Sustentarea da USP tem um grupo dedicado aos estudos e ao desenvolvimento de atividades tendo a mandioca como ponto central.

Em 2022, tais atividades estão sob organização do grupo “Alimentação Brasileira”. Percebemos que assim como a mandioca existem outros alimentos que constituem a estrutura alimentar do país, e que por diversas vertentes se encontram e se relacionam com nossa história e modo de vida. Por hora continuaremos a estudar, pesquisar e compartilhar informações sobre a mandioca, o alimento genuinamente brasileiro. 

Confira aqui alguns materiais que já temos organizados sobre a mandioca:

 

 

Livro digital, Memórias da Mandioca


Uma coleção de memórias de integrantes do Sustentarea USP com a mandioca. 

Clique para fazer download do livreto.

Manifesto pelo Reencontro do Brasil com a Mandioca

 Venha conhecer o porquê escolhemos estudar a raiz rainha do Brasil

O texto na íntegra está disponível no material Memórias da Mandioca.

Roda de conversa

“Mulheres, Mandioca e Memórias”

Evento realizado em setembro de 2021, no lançamento do livro, com participação das coordenadoras do Sustentarea Aline Carvalho e Dirce Marchioni; e as convidadas Mariana Martins, Thaiza Pedroso, Eulalia Oliveira e Rita Taraborelli. 

Em 2022, serão diversas as atividades e materiais para quem, como nós, o olho brilha quando o assunto é mandioca! 

É com imensa alegria que compartilhamos com vocês, que um dos projetos que está para sair do forno é a: Biblioteca Mandioca.

Estamos organizando uma coletânea com obras que são referências quando se trata de falar sobre mandioca e seus derivados. A lista ficará disponível no site do Sustentarea para que pessoas que desejam pesquisar e estudar a mandioca tenham um ponto de partida para começar.

Agora, você deve estar se perguntando como pode ajudar nesse movimento, não é mesmo?

Se você conhece alguma dica de livro que tem a mandioca como tema central, compartilhe com a gente através das nossas redes sociais ou por meio deste link.

Ele vai te direcionar para o formulário de inscrição da nossa Newsletter, que será um dos nossos canais de comunicação.

Através da nossa newsletter, a “Cartinha da Rainha”, contaremos sobre nossas descobertas, pesquisas e vivências com a mandioca.

Esse texto foi escrito com muito carinho por:

Foto: Evelym Landim

 

Evelym Landim.

Culinarista que tem se dedicado a pesquisar sobre mandioca, suas múltiplas formas de beneficiamento para fins culinários e relação com a história do Brasil. Deseja que como brasileiros reencontremos a mandioca como base dos nossos hábitos alimentares. Membra do sustentarea desde 2021.

Evelym teve a colaboração das membras do Grupo Alimentação Brasileira:

Jennifer Tanaka e Alice Medeiros

e da membra do Grupo Mídias e Site: Ana Garbin

Referências

receita vinagrete de cambuci

Receita: Vinagrete de cambuci

Você conhece o cambuci?

É uma fruta característica da Mata Atlântica que era abundante na natureza, mas a construção das grandes cidades e o consequente avanço sobre as áreas naturais deste bioma tiveram implicações diretas sobre essa cultura. Com isso, hoje é difícil encontrá-la em mercados e feiras livres.

Seu nome em tupi-guarani é kamu´si, que significa “pote d´água” , e se refere ao formato do fruto (que também lembra uma nave espacial 🛸). O sabor é semelhante ao das frutas cítricas, sendo um ingrediente perfeito para o preparo de sorvete, mousse, suco, geléia e molhos para salada.

Além de conquistar o paladar, o cambuci é símbolo de resistência na preservação da Mata Atlântica!

Conhecer, cultivar e consumir essa fruta faz parte da preservação da cultura, biodiversidade e respeito ao meio ambiente. Por isso, o Sustentarea preparou uma receita de vinagrete com o sabor refrescante do cambuci.

Ingredientes

  • 2 cambuci
  • 1 tomate maduro
  • 1/2 cebola
  • 4 ramos de salsinha
  • 1/2 xícara (chá) de azeite
  • 1/4 xícara (chá) de vinagre
  • 1 colher (café) de açúcar
  • 1 colher (café) de sal

Modo de preparo

  1. Corte o cambuci, o tomate e a cebola em brunoise (brunoise é a técnica de cortar em cubos pequenos);
  2. Corte a salsinha em fatias finas;
  3. Transfira os ingredientes para uma tigela média e tempere com azeite, vinagre e sal. Misture bem;
  4. Mantenha na geladeira por 30 min. antes de servir.

Rendimento: 4 porções.

Tempo de preparo: 15 minutos.

Por Larissa Lázari (@lalilazari) Ana Maria (@anabertolinii)

tecnica

Técnica culinária: cortes de legumes

Na culinária, existem técnicas de cortes de legumes para o preparo de receitas.
Além de contribuir para o visual do prato, estas técnicas auxiliam no cozimento uniforme dos alimentos!
Abaixo, apresentamos algumas dessas técnicas:

Brunoise

São cortes em cubos pequenos de 3 mm.

São muito usados no preparo de sopas, cebola refogada, vinagrete, maionese de legumes, recheios e caponata de berinjela.

Julienne

Esse corte pode ser usado no preparo de saladas, legumes refogado ou até em decoração de pratos.

 

São bastões finos, de 0,3 cm x 0,3 cm x 0,6 cm.

Chiffonade

Esse é o corte da couve refogada.

Para fazer, basta enrolar as folhas e cortes em tiras finas.

E você, já conhecia essas técnicas? Elas estão presentes no seu dia a dia? Conta para a gente!

ODS 6 - Facebook e Spotify (2)

ODS 6 | Água potável e saneamento

Já está disponível o 6º episódio da segunda temporada do podcast Comida que Sustenta. 

Neste episódio conversamos sobre o ODS 6 – ÁGUA POTÁVEL E SANEAMENTO

Aperta o play!

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Convidados

Angelo Lima

Biólogo, Mestre em Planejamento Ambiental, Doutor em Geografia e atualmente está como Secretário Executivo do Observatório da Governança das Águas

Diego Amorim

Secretário da pastoral da ecologia integral do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo), Doutorando em Ciências Sociais na UNICAMP

Márcia Brito Coutinho

Técnica em Nutrição e Dietética e Cozinheira. Atua como planejadora e desenvolvedora de receitas e refeições para eventos

Materiais

Clique e saiba mais sobre os tópicos abordados em cada quadro do episódio!

Neste episódio abordamos uma notícia:

“Exclusivo: Água da torneira foi contaminada com produtos químicos e radioativos em 763 cidades”

Ela foi produzida por Ana Aranha e Hélen Freitas para o Repórter Brasil/Agência Pública e publicada em 07 de março de 2022.

Para desvendar ponto a ponto, leia a notícia na íntegra | reporterbrasil.org.br/2022/03/exclusivo-agua-da-torneira-foi-contaminada-com-produtos-quimicos-e-radioativos-em-763-cidades/ 


Saiba mais:

• ViaCast – Podcast do Jornal da USP 

Episódio #17: Comunicação e Jornalismo Científico com Luiza Caires | jornal.usp.br/podcast/viacast-17-comunicacao-e-jornalismo-cientifico-luiza-caires/

 

• Para acompanhar eventos e conteúdos científicos, siga | www.instagram.com/via.saber

Quer saber mais sobre o ODS 06 – Água potável e saneamento?

1. Publicação especial do Sustentarea sobre o ODS 6 | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/09/05/ods-6-agua-e-saneamento-basico/

2. ODS 6 – Dicas para reduzir o consumo de águawww.fsp.usp.br/sustentarea/2020/09/06/reduzir-o-consumo-de-agua/

3. Acompanhe as métricas no Brasil | odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=6

 

Acompanhe o Observatório de Governança das Águas:

• Instagram | www.instagram.com/oga_brasil/ (@oga_brasil)

• Site | observatoriodasaguas.org/

Saiba mais sobre a Pastoral da Ecologia Integral do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo)

• Site | cnbbsul1.org.br/pastoral-da-ecologia-integral/

Receita | ÁGUAS SABORIZADAS

 

1. Água com limão, gengibre e canela

Ingredientes

1 limão cortado em rodelas

1 litro de água filtrada

3 rodelas de gengibre

3 canelas em pau

 

2. Água com limão com hortelã

500 ml de água filtrada

1 limão cortado em rodelas

1 ramo de hortelã

 

3. Água com canela

500 ml de água

6 canelas em pau

 

4. Água com morango e alecrim

8 morangos cortados em rodelas

500 ml de água

1 ramo de alecrim

 

Modo de Preparo:

Coloque as combinações em jarras ou garrafas de vidro, armazene refrigeradas ou em temperatura ambiente e vá tomando ao longo do dia.

 

Dicas:

• Use a criatividade! Utilize produtos disponíveis na horta (caso tenha) e na geladeira.

• Teste várias combinações e descubra a sua favorita: use frutas, ervas aromáticas (alecrim, hortelã, salsinha, tomilho, manjericão), especiarias (cravo, canela, gengibre) etc.

 

Receita | SUCOS NATURAIS

 

1. Melancia com capim santo

Ingredientes

500 ml de água filtrada

4 xícaras (chá) de melancia cortada em cubos

3 ramos de capim santo ou erva cidreira

 

2. Manga com goiaba

Ingredientes

500 ml de água filtrada

1 manga (com casca, bem higienizada) cortada em cubos

1 goiaba (com casca, bem higienizada) cortada em cubos

 

Modo de Preparo:

Bata todos os ingredientes no liquidificador. Se preferir, adicione gelo. Sirva em seguida. 

 

Dicas:

• Você pode utilizar qualquer fruta, não tenha medo de inovar! Aproveite para usar aquelas mais maduras que estão na geladeira, evitando assim o desperdício.

 

Fonte: Marcia Brito Coutinho 

Instagram: @marciabritocoutinho

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, com apoio da pró-reitoria de cultura e extensão Universitária da USP

 

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Mariana Hase Ueta, Nadine Marques e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Danielle Freitas 

O Sustentarea é coordenado por Aline Martins de Carvalho e Dirce Marchioni, professoras do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Edição

José Vieira dos Santos Júnior

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Identidade visual

Larissa Leal e Valentina Moreira

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Vídeo | Da escassez aos excessos

Da escassez aos excessos: contextos que moldaram a epidemiologia e a ciência da Nutrição

“Formações Sustentarea” é um projeto que tem como objetivo levar os principais conteúdos abordados pela equipe Sustentarea ao público, em uma série de vídeos disponibilizados no canal do YouTube.

Se você gosta do tema alimentação sustentável ou conhece alguém que se interesse, compartilhe este vídeo. Aproveita e inscreva-se em nosso canal 😉

“Da escassez aos excessos: contextos que moldaram a epidemiologia na ciência da Nutrição” foi um vídeo fruto da aula facilitada pela mentora Nadine Marques – Nutricionista, Mestre e Doutoranda em Saúde Pública pela USP – e que nos levou à reflexões necessárias à nosso tempo. 💚

Curta, compartilhe e comente aqui o que você achou.

Pesquisa e Áudio – Ana Lúcia Z Romito e Nadine Marques Edição – Ana Lúcia Z Romito Roteiro, produção e direção – Ana Lúcia Z Romito, Profª Dra. Aline Martins de Carvalho e Profª Dra. Dirce Marchioni

ODS 5 facebook e pagina

ODS 5 | Igualdade de Gênero

Já está disponível o 5º episódio da segunda temporada do podcast Comida que Sustenta. 

Neste episódio conversamos sobre o ODS 5 – IGUALDADE DE GÊNERO!

Aperta o play!

ODS 5 facebook e pagina (2)

Convidadas

Maria Sylvia Oliveira

Advogada, ativista de direitos humanos,, mestranda no PPG Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades - Diversitas (FFLCH/USP) e coordenadora de Políticas de Promoção de Igualdade de Gênero e Raça no GELEDÉS Instituto da Mulher Negra.

Luci Tavares

Artista quilombola, ativista de direitos humanos da população negra. Faz parte da liderança da Comunidade Quilombola Ana Laura e do Ateliê Quilombola “As Lalinhas” na cidade de Piracanjuba - Goiás.

Augusto Schmidt e Niklas Weins

Ambos doutorandos do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP, pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona na Espanha e na Universidade de Wageningen na Holanda, respectivamente.

Materiais

Clique e saiba mais sobre os tópicos abordados em cada quadro do episódio!

Neste episódio abordamos uma notícia:

“Seis em cada 10 pessoas LGBTQIA+ perderam renda ou emprego na pandemia. De acordo com pesquisa da plataforma #VoteLGBT com a Box18-24, 41,53% da população LGBTQIA+ está em situação de insegurança alimentar” 

Ela foi produzida por Giovanna Bronze, da CNN Brasil, e publicada no dia 02 de julho de 2021.

Para desvendar ponto a ponto, leia a notícia na íntegra | www.cnnbrasil.com.br/business/seis-em-cada-10-pessoas-lgbtqia-perderam-renda-ou-emprego-na-pandemia/

 

Saiba mais:

• Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA | antrabrasil.org/

• #VoteLGBT | votelgbt.org/ 

Conheça o Projeto Cozinha e Voz:

www.instagram.com/cozinhaevoz/

www.ilo.org/brasilia/noticias/WCMS_743495/lang–pt/index.htm

brasil.un.org/pt-br/108213-cozinhavoz-forma-170-pessoas-como-assistente-de-cozinha-em-2020

Quer saber mais sobre o ODS 5? 

1. Publicação especial do Sustentarea | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/08/22/ods-5-igualdade-de-genero/

2. ODS 5 e projetos gerenciados por mulheres | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/08/23/projetos-gerenciados-por-mulheres/

3. ODS 5 e as mulheres na agroecologia | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/08/24/mulheres-na-agroecologia/ 

4. ODS 5 – consumo de carne e masculinidade | www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/08/24/ods-5-consumo-de-carne-e-a-masculinidade/

5. Acompanhe as métricas no Brasil | odsbrasil.gov.br/objetivo/objetivo?n=5

 

Acompanhe o  GELEDÉS Instituto da Mulher Negra

• Instagram | www.instagram.com/projetogeledes

• Site | www.geledes.org.br/

Saiba mais sobre a Associação Quilombola Ana Laura de Piracanjuba e o Ateliê As Lalinhas:

• Descrição | agrocentro.agro.ufg.br/p/25077-comunidade-quilombola-ana-laura-de-piracanjuba

• Acompanhe no Facebook | www.facebook.com/atelieaslalinhas/

Receita | Yu Xiang Qie Zi (Berinjela Asiática)

 

Ingredientes

500 g de berinjela comum ou japonesa

150 g de carne de porco moída ou proteína de soja

2 colheres (sopa) de óleo vegetal

1 colher (sopa) de pimenta sichuan

2 colheres (sopa) de cebolinha

2 colheres (sopa) de alho picado

2 colheres (sopa) de gengibre picado/ralado

 

Molho:

1 colher (sopa) de douban jiang (pasta de feijão apimentado)

1 colher (sopa) de vinho Shaoxing (opcional)

1 colher (sopa) de molho de ostra/shoyu

1 colher (sopa) de vinagre

¼ colher (chá) de açúcar

½ colher (chá) de gergelim

1 colher (chá) de amido de milho

2 colheres (sopa) água

 

Modo de Preparo:

1. Corte as berinjelas em julienne (palitos do tamanho de um dedo indicador), coloque-as em uma bacia com água e sal e deixe-as de molho de 15 a 30 minutos. Escorra a água, seque as berinjelas com papel toalha e reserve;

2. Aqueça uma frigideira e frite as berinjelas aos poucos até que doure bem, retire-as da frigideira e coloque em papel absorvente, reserve;

3. Aqueça a mesma frigideira, coloque o óleo vegetal, o alho, o gengibre, a cebolinha, a pimenta e leve em fogo baixo;

4. Adicione a fonte de proteína (carne de porco ou proteína de soja texturizada hidratada) e refogue bem;

5. Adicione os temperos (pasta de feijão apimentada, vinho, molho de ostra/shoyu, açúcar) com exceção do vinagre e refogue;

6. Coloque as berinjelas no molho e frite em fogo médio até que elas fiquem bem macias;

7. Separadamente, em um recipiente, misture o amido de milho com a água e misture bem. Adicione ao molho e mexa;

8. Adicione o vinagre, o óleo de gergelim e misture bem.

 

Dicas: 

• A berinjela japonesa é melhor para utilizar na receita, porém se for mais acessível a berinjela comum, fique a vontade para utilizá-la. A receita será um sucesso da mesma forma;

• A carne de porco pode ser substituída por PTS (proteína de soja) hidratada;

• Na hora de refogar a carne, deixe que ela refogue por bastante tempo, até que ela crie uma crosta na panela e fique bem dourada, adicione água aos poucos e vai raspando com uma espátula. Isso trará mais sabor a receita;

• A pimenta Sichuan pode ser substituída por pimenta calabresa seca;

• A pasta de feijão apimentada pode ser substituída por missô (pasta de soja fermentada) que é mais acessível;

• O Shaoxing pode ser substituído por vinho tinto e é opcional;

• O molho de ostra pode ser substituído por molho shoyu;

• Para servir, coloque o preparado em um prato e jogue um pouco de cebolinha e pimenta por cima.



Fonte: Augusto Schmidt e Niklas Weins 

Twitter: @augusto_fjs | @niklasweins 

Ficha Técnica

O Comida que Sustenta é uma produção do Sustentarea, com apoio da pró-reitoria de cultura e extensão Universitária da USP

 

Coordenação

Nadine Marques

Apresentação

Pâmela di Christine

Apoio à pauta, roteiro e pesquisa

Mariana Hase Ueta, Nadine Marques e
Pâmela di Christine

Curadoria de receitas

Danielle Freitas 

O Sustentarea é coordenado por Aline Martins de Carvalho e Dirce Marchioni, professoras do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Edição

José Vieira dos Santos Júnior

Locução de vinhetas

Daniela Vianna

Trilhas sonoras

Daniela Vianna e Fernando Kuraiem

Identidade visual

Larissa Leal e Valentina Moreira

Video Manifesto - mandioca

Estreia do vídeo “Manifesto pelo reencontro do Brasil com a Mandioca”

Vem conferir o vídeo novo que lançamos no Youtube!

O vídeo “Manifesto Pelo Reencontro do Brasil com a Mandioca” é um convite para reencontrarmos a Rainha do Brasil do jeitinho que ela merece.

Acesse e assista através do link: https://youtu.be/4PIsjDbh1Bg

Também te convidamos a ler o manifesto e as histórias e memórias de diferentes pessoas com a raiz Rainha do Brasil.

É só baixar o livro digital “Memórias da Mandioca” gratuitamente através do link: https://www.fsp.usp.br/sustentarea/projetos/mandioca/